3 março
Leitura espiritual - PREDESTINAÇÃO DE SÃO JOSÉ
A predestinação, define-a Santo Tomás de Aquino, é a eterna preordenação de todas as coisas que com a graça de Deus devem acontecer no tempo.
É o que Deus desde toda a eternidade determina, o que há de acontecer em ordem à salvação eterna. Em outras palavras: é a razão que existe na mente divina de quantas disposições sejam necessárias para que a criatura racional consiga a vida eterna Entre tantos homens que hão de passar pela terra, Deus, desde toda a eternidade, predestinou um, escolheu-o com amor para uma nobilíssima e sublime missão: ser Esposo da Virgem que daria ao mundo o Salvador.
Escreve São Francisco de Sales: "Tendo Deus Nosso Senhor destinado desde toda eternidade que uma Virgem concebesse um Filho e este seria Deus e Homem, quis que esta Virgem fosse casada. São José não foi mais que a sombra sobre o mistério da Encarnação. Ó, como foi doce a união entre Nossa Senhora e São José! União que fazia com que aquele bem dos bens, que é Nosso Senhor, pertencesse a São José como pertencia a Maria. Não segundo a natureza, mas segundo a graça, que o tornara participante de todos os tesouros da sua casta Esposa".
Deus Pai deu a Divindade a seu Filho, a Santíssima Virgem deu-Lhe a Humanidade Santíssima, formando-a em seu ventre puríssimo e sustentando-a na infância com o leite materno. Esta Humanidade para crescer e chegar às forças da idade viril, para se imolar na cruz por nós, quem a sustentou com o suor do seu rosto e as fadigas do trabalho do pobre? Foi São José.
EXEMPLO
DOIS GRANDES DEVOTOS DE SÃO JOSÉ
O célebre Cardeal de Berulle, que tanto se distinguiu pela piedade e a ciência, era devoto fervoroso de São José. Sempre pedia ao grande santo uma graça: a de uma boa morte. Na última enfermidade, ao celebrar a Santa Missa caiu desfalecido nos degraus do altar. Os fiéis discípulos o acudiram, fizeram-no sentar diante do Tabernáculo, e lá, aos pés do altar de Jesus Sacramentado, recebeu os últimos sacramentos e se ofereceu como vítima a Nosso Senhor, repetindo os nomes benditos de Jesus, Maria e José. Expirou poucos instantes depois, cheio de gratidão para com seu protetor São José, por lhe ter dado não só a graça de uma boa morte, mas a de morrer junto ao alar, com Jesus e diante de Jesus Sacramentado.
O Beato Olier, fundador do célebre Seminário de São Sulpício, fora grande devoto do Santo Patriarca. Honrava a São José porque via no Pai Adotivo de Jesus um belo modelo de quem traz Jesus nas mãos no mistério eucarístico.
José, dizia ele, trouxe Jesus consigo, foi guia de Jesus. Eu também levo Jesus comigo. Quisera amar e servir a Nosso Senhor, como o fez São José!
Deixou como tradição, nos seminários, o culto do Santo Esposo de Maria.
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