6 de março
Leitura espiritual - SÃO JOSÉ EM BELÉM
Qual não foi a amargura de São José ao ver sua castíssima Esposa dar à luz ao Filho Unigênito de Deus, numa estrebaria! Porém, ó que doce consolação! Veio ao mundo o Salvador e as profecias se cumpriram. José foi testemunha do mistério adorável. Nasceu Jesus miraculosamente. Os primeiros adoradores do Verbo Encarnado foram Maria e José. Os primeiros atos de amor e de devoção ao Menino Jesus partiram dos corações e dos lábios da Virgem Pura e de seu Castíssimo Esposo. Imaginemos a alegria de São José! Com que ternura recebeu nos braços a Criança Divina e A beijou respeitoso, humilde e cheio de ternura!
Nasceu Jesus! Nasceu de Maria e foi entregue a São José. Ali, no presépio, o Pai Eterno confiou a outro Pai seu Filho Unigênito.
Oito dias depois do nascimento ordenava, a Lei Mosaica, fosse apresentado todo menino para a dolorosa cerimônia da circuncisão. São Lucas não diz explicitamente quem foi o ministro da circuncisão de Jesus, mas a opinião comum crê que foi São José, guiando-se por uma tradição antiga que atribuía esse direito aos pais de família. Deveria ser doloroso a São José cumprir esta lei, que importava em efusão do sangue do Redentor.
O mesmo que se faz hoje no batismo, na circuncisão se dava o nome à criança. A São José coube a honra de dar o nome Santíssimo ao Divino Redentor. O Anjo disse ao Santo Patriarca: Maria dará à luz um filho e lhe darás o nome de Jesus. E acrescenta São Mateus: Fez José como o anjo lhe havia encarregado e... lhe pôs o nome de Jesus. (Mat. I, 21; I, 24 e 25).
EXEMPLO
Uma bela morte
Numa paróquia da Diocese de Lyon, na França, ficou sempre lembrado o exemplo edificante de um grande devoto de São José. Na idade de 86 anos, em 1859 faleceu este bom velhinho, como um predestinado. Devotíssimo de São José. Todos os dias pedia ao santo uma graça: a de uma santa morte. Recitava, nessa intenção, fervorosas orações de manhã e à noite. Todas as quartas-feiras jejuava e dava esmolas aos pobres em honra de São José, para alcançar a graça da perseverança final. A festa de 19 de março, cada ano, era o seu encanto. Com que piedade a celebrava! Durante cinquenta anos, jamais deixou um só dia de pedir a São José a graça de uma boa morte.
Em 15 de março de 1959 caiu gravemente enfermo. Pediu e recebeu, com muita fé, os últimos sacramentos. Comoveu a toda família a piedade do bom velhinho. Disse então: "Na festa de São José, dia 19, mandem celebrar uma missa por minha intenção e quero que rezem aqui as orações dos agonizantes, enquanto se celebrar a missa na matriz".
À hora da consagração os sinos deram o sinal na torre e o velho levantou os olhos para o alto, cruzou os braços sobre o peito, em forma de cruz, e pronunciou distintamente: Jesus! Maria! Meu São José! E expirou docemente, sem uma contração da face, como se dormisse. Morria no instante do "Memento" dos mortos.
Era a recompensa dos cinquenta anos de oração perseverante a São José, pedindo uma boa morte.
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