SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mandamentos da Lei de Deus em geral

  DEFINIÇÃO: Os mandamentos da Lei de Deus ou Decálogo são as leis morais que Deus no Antigo Testamento deu a Moisés no monte Sinai, e que Jesus Cristo aperfeiçoou no Novo Testamento.

  EXPLICAÇÃO DOS TERMOS: !º. Os mandamentos da Lei de Deus têm ainda o nome de Decálogo. São dez leis, de onde precisamente o termo Decálogo, duma palavra grega que significa, como já vimos, dez palavras ou dez leis. 
                                                  2º. Mandamentos da Lei de Deus são as leis morais que Deus no Antigo Testamento deu a Moisés no monte Sinai. - a) Que é lei? Lei é uma ordem que o legítimo superior dá ao inferior acerca do que deve fazer ou evitar, e, por isso, é como que "uma norma, uma medida das ações, segundo a qual se é impelido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa". Deus, supremo Senhor, deu ao homem a lei pela qual deve regular as suas ações.  - b) E por que se denominam os mandamentos leis morais e não simplesmente leis? Prestai muita atenção para compreenderdes esta importantíssima verdade. Dizei-me: Há coisas más para todos, que de nenhum modo se devem fazer? Decerto. Poderiam os homens, embora pondo-se todos de acordo, fazer que certas ações (como, por exemplo roubar, matar, provocar aborto que é matar um inocente indefeso etc) não sejam más? Com certeza que não. E de quem pode vir esta regra, superior aos homens, a que todos devem sujeitar-se, que indica o que é bem e o que é mal? que deve fazer o que é bem, e evitar o que é mal? Só de Deus nos pode vir, o qual, na criação, a imprimiu na alma humana e, para que fosse mais fácil e claramente conhecida de todos, a deu por mão de Moisés no monte Sinai, com o nome de mandamentos. Estes mandamentos ou leis determinam claramente o que é bem e o que é mal e, por isso, se denominam morais. Substancialmente são a lei natural impressa por Deus na nossa alma, lei que é a regra da moralidade de todos os atos e leis humanas. - c) Deus deu os mandamentos a Moisés não porque fossem feitos exclusivamente para ele, mas para todos os homens e, especialmente, para os hebreus.
                                                             3. ... e que Jesus Cristo aperfeiçoou no Novo Testamento; Por meio de Moisés tinha Deus dado várias outras leis, que eram próprias dos hebreus (por exemplo, as que regulavam o culto religioso, chamadas cerimoniais, as que puniam certos delitos pela desobediência  às leis  cerimoniais, como por ex. a circuncisão, não comer carne de porco, etc; eram chamadas judiciais ou mosaicas), mas que cessaram com a vinda de Jesus Cristo, isto é, com a fundação da Igreja. As leis morais, pelo contrário, não só não cessaram, mas foram aperfeiçoadas por Jesus Cristo, que explicou melhor e aperfeiçoou as obrigações especiais que elas impunham. Assim, por exemplo, aperfeiçoou o dever do amor do próximo, declarando que ele se estendia mesmo aos inimigos. Igualmente as aperfeiçoou, ensinando que os mandamentos não só se não devem transgredir com as obras, mas nem sequer com os pensamentos; que é necessário observá-los e praticar o bem, não para se ser visto pelos homens, mas pelo Pai celeste; que, praticando a caridade, se não deve buscar o elogio dos homens, etc. 
   Eis as palavras do próprio Jesus Cristo: "Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas; não os vim destruir, mas sim os cumprir. Porque em verdade vos digo: antes passarão o céu e a terra, que passe da lei um só jota ou um só traço, sem que tudo seja cumprido" (S. Mat. V, 17 e 18); e nos versículos seguintes Nosso Senhor Jesus Cristo aperfeiçoa os mandamentos. 
   Vemos, na Bíblia Sagrada que Deus abençoa até materialmente a observância dos seus Mandamentos; como também castiga, as vezes já neste mundo, a desobediência às suas Leis. Que castigo merecerão aqueles que fazem leis contra a Lei de Deus! O nosso país poderá ser castigado por exemplo pela lei ímpia que legaliza o aborto em certos casos. Quando falarmos sobre o 5º mandamento da Lei de Deus, mostraremos, se Deus quiser, a enormidade destes pecados que bradam aos céus. Brada ainda mais alto a legalização dos mesmos. É uma afronta feita ao Onipotente. O STF não pode esquecer que um dia estará diante do Tribunal do Supremo e Eterno Juiz, Nosso Senhor Jesus Cristo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

OS DEZ MANDAMENTOS DA LEI DE DEUS OU DECÁLOGO

 DECÁLOGO significa "dez palavras" (Ex. 34,28). Essas palavras resumem a Lei dada por Deus ao povo de Israel no contexto da Aliança, mediante Moisés. Ao apresentar os mandamentos do amor de Deus (os primeiros três) e do próximo (os outros sete), traça para o povo eleito e para cada um de nós em particular o caminho de uma vida livre da escravidão do pecado.

Os Mandamentos de Deus encontram-se na Sagrada Escritura em dois livros: Êxodo no capítulo 20 e Deuteronômio no capítulo 5. Vamos ver como estão na Bíblia:

1. O PRIMEIRO MANDAMENTO: 
Êxodo, 20, 2-6
"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egito, da casa da escravidão. Não terás outros deuses além de mim. Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que existe em cima, nos céus, ou embaixo, na terra. Não te prostrarás diante dos ídolos, nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo a culpa dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, mas uso de misericórdia por mil gerações com aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.
Deuteronômio 5, 6- 10
"Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses além de mim... (Como no Êxodo).
Este primeiro mandamento da Lei de Deus assim expresso na Bíblia é sintetizado pela Santa Igreja nesta fórmula catequética:  Amar a Deus sobre todas as coisas. 

2. O SEGUNDO MANDAMENTO;
Êxodo 20, 7.
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não deixará sem castigo quem pronunciar o seu nome em vão."
Deuteronômio 5, 11.
"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão...
Este segundo mandamento da Lei de Deus assim expresso na Bíblia é sintetizado pela Santa Igreja nesta fórmula catequética: Não tomar seu santo nome em vão.

3. O TERCEIRO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 8-11.
"Lembra-te de santificar o dia o sábado. Trabalharás durante seis dias e farás todos os trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado, descanso dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas cidades. Porque o Senhor fez em seis dias o céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm; mas no sétimo dia descansou. Por isso o Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou".
Deuteronômio 5, 12-15.
"Guardarás o dia de sábado, para o santificar ... 
Este terceiro Mandamento da Lei de Deus assim expresso na Bíblia é sintetizado pela Santa Igreja nesta fórmula catequética: Guardar domingos e festas de guarda. 

4. O QUARTO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 12.
"Honra teu pai e tua mãe, para que vivas longos anos na terra que o Senhor teu Deus te dará".
Deuteronômio 5, 16.
"Honra teu pai e tua mãe...
 Fórmula catequética: Honrar pai e mãe.

5. O QUINTO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 13.
"Não matarás".
Deuteronômio 5, 17.
"Não matarás".
Fórmula catequética: Não matar.

6. O SEXTO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 14.
"Não cometerás adultério".
Deuteronômio 5, 18.
"Não cometerás adultério".
Fórmula catequética: Não pecar contra a castidade.

7. O SÉTIMO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 15.
"Não furtarás".
Deuteronômio 5, 19.
"Não furtarás".
Fórmula catequética: Não furtar.

8. O OITAVO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 16.
"Não darás falso testemunho contra o teu próximo".
Deuteronômio 5, 20.
"Não dirás falso testemunho contra o teu próximo".
Fórmula catequética: Não levantar falso testemunho.

9. O NONO MANDAMENTO:
Êxodo 20, 17.
"Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, nem coisa alguma do que lhe pertença".
Deuteronômio 5, 21.
"Não desejarás a mulher do próximo"...
Fórmula catequética: Não desejar a mulher do próximo.

10. O DÉCIMO MANDAMENTO: 
Êxodo 20, 17.
"Não cobiçarás a casa de teu próximo (...) nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu jumento, nem coisa alguma do que lhe pertence".
Deuteronômio 5, 21. 
"Não cobiçarás (...), nem a sua casa, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença". 
Fórmula catequética: Não cobiçar as coisas alheias. 

Observação: Verificamos que Êxodo 20, 17 e Deuteronômio 5, 21 incluem o nono e o décimo Mandamentos. O nono mandamento fica ligado ao sexto; e o décimo fica ligado ao sétimo. Depois daremos a explicação de cada um em particular. 



quinta-feira, 9 de agosto de 2012

EXTREMA-UNÇÃO

   I - EFEITOS:
   A Extrema-unção produz duas espécies de efeitos: na alma e no corpo.
   1º) Efeitos na alma: A) Como sacramento de vivos, a Extrema-unção aumenta a graça santificante.
                            B) Perdoa os pecados: a) com certeza, os pecados veniais; b) acidentalmente, os pecados mortais, quando o doente está impossibilitado de receber o sacramento da Penitência. Nesse caso, é sacramento de mortos.  -  A Extrema-unção não foi instituída com a finalidade principal de apagar os pecados graves. Este sacramento só confere a graça primeira quando não é possível a confissão, desde que haja contrição e o desejo de se confessar. Melhorando e recuperando o uso dos sentidos, o doente terá obrigação de confessar os pecados mortais que lhe foram perdoados pela Extrema-unção.  - c) Remite, além disso, na medida das disposições do enfermo, a pena temporal devida pelos pecados já perdoados.
                                    C) A graça sacramental própria da Extrema-unção é graça de conforto que fortalece a alma do enfermo contra as tentações supremas e os ataques do demônio e infunde-lhe paciência e santa resignação com a vontade de Deus.

   2º) Efeitos no corpo: A Extrema-unção pode restituir a saúde corporal, quando Deus o julgue de proveito para sua glória e salvação da alma do enfermo. Se na época atual muitos doentes não recupera a saúde, não é por defeito do sacramento; devemos antes admitir que não há na maior parte bastante fé daqueles que recebem ou administram a Extrema-unção. Todavia, não obstante o que suceder quanto à saúde corporal, cumpre que os fiéis tenham a firme esperança da alcançar a saúde espiritual, e de sentir em si, ao sobrevir a morte, os salutares efeitos da palavra da Escritura: "Bem-aventurados os mortos que morrem no Senhor". (Apoc. !$, 13).

   II - DISPOSIÇÕES PARA BEM RECEBER:
   A principal disposição é receber a Extrema-unção na graça de Deus; e, por isso, deve o enfermo confessar-se antes, sempre que puder; ter verdadeira dor dos pecados e excitar-se a fazer atos de fé viva, de firme esperança, de perfeita caridade e de resignação à vontade de Deus.
    Os enfermos deverão se revestir da mesma fé com que os primeiros cristãos se apresentavam para serem curados pelos Apóstolos.
    Em primeiro lugar, devemos pedir a salvação da alma, depois a saúde do corpo, mas com a ressalva: "Se for útil para a glória eterna".
    Para os fiéis, não pode haver a menor dúvida de que Deus atende às santas e solenes orações recitadas pelo sacerdote, não em próprio nome, mas em nome da Igreja e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
    A razão decisiva para exortar os enfermos a que peçam, com fé e piedade, a administração desta salutar unção sacramental, é que a luta então aumenta quando as forças da alma e do corpo começam a desfalecer.

   III - CERIMÔNIAS:
    No quarto do enfermo, colocam-se sobre uma mesinha forrada de toalha branca, um crucifixo entre duas velas acesas, um pires com algodão e água benta. Se o sacerdote for administrar também o viático, prepara-se um copo com água coberto com uma toalhinha.
    Entrando, o sacerdote diz: "A paz esteja nesta casa e em todos os seus habitantes!" E com água benta asperge o enfermo e os circunstantes. Depois recita duas orações. O enfermo, ou os circunstantes, rezem o "Eu pecador". O sacerdote reza: "Misereatur",  o "Indulgentiam" e logo depois faz as unções em forma de cruz nos olhos, nos ouvidos, na nariz, na boca, nas mãos e nos pés, pronunciando as palavras da fórmula.
    Finalmente, o padre diz três orações, nas quais recorda as promessas de Nosso Senhor referidas por São Tiago, e pede a Deus para o doente a saúde da alma e do corpo. 

   Observação final: Os padres da Administração Apostólica receberam da Santa Sé a permissão para continuarem a administrar a Extrema-unção como também os demais sacramentos, segundo o Ritual Tradicional. Por isso, nas minhas exposições catequéticas, falo somente das cerimônias e fórmulas tradicionais. 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O SACRAMENTO DA EXTREMA-UNÇÃO PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO

EXPLICAÇÃO DO QUADRO
SACRAMENTO DA EXTREMA-UNÇÃO - Quadro catequético nº 23

   Vemos representado neste quadro um doente ao qual um apóstolo administra o Sacramento da Extrema-Unção. 
   No alto, vemos um anjo tendo nas mãos uma faixa onde lemos aquelas  palavras que São Tiago escreveu aos primeiros fiéis: "Há algum doente entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobe ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé o salvará e o Senhor o aliviará; e se estiver em pecados, se-lhe-ão perdoados".
   Um outro anjo mostra o céu com uma mão, e, a outra segura uma coroa. 


A EXTREMA -UNÇÃO ou UNÇÃO DOS ENFERMOS

   I - DEFINIÇÃO: 
   A extrema-unção ou unção dos enfermos é um sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para alívio espiritual e até corporal dos enfermos.

   II - INSTITUIÇÃO: 
   A extrema-unção é um verdadeiro sacramento da Nova Lei, instituído por Jesus Cristo e promulgado pelo Apóstolo São Tiago. Este artigo de fé foi definido pelo Concílio de Trento.
   Não se sabe ao certo quando Jesus instituiu este sacramento. Segundo a opinião de alguns teólogos, foi quando Jesus enviou os Apóstolos a pregar pela primeira vez na Galileia. E aduzem o texto de São Marcos VI, 13: "Expulsavam muitos demônios e curavam inúmeros enfermos, ungindo-os com o óleo". Na opinião de outros, o sacramento só foi instituído depois da Ressurreição. 
   Na Epístola de São Tiago V, 14-15, vem descrito o rito da Extrema-Unção nos seguintes termos: "Está alguém enfermo entre vós? Chame os sacerdotes da Igreja para que rezem sobre ele, ungindo-o com o óleo, em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o aliviará; e se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados".
   
   III- MATÉRIA E FORMA:
   A matéria remota é o azeite de oliveira bento pelo Bispo na Quinta-feira Santa. A matéria próxima é a unção que o padre faz, com o óleo dos enfermos, nos cinco sentidos do doente 
   O Concílio de Trento nos fala do simbolismo do óleo. O óleo suaviza as dores, alimenta a chama que alumia, cura as feridas; assim também a Extrema-unção  conforta os doentes, ameniza a dor da alma, restitui a alegria espiritual e cura a alma e até os corpos.
   A forma consiste nas palavras que o sacerdote pronuncia, enquanto faz a unção em cada órgão dos sentidos: "Por esta santa unção e pela piíssima Misericórdia de Deus, Ele te perdoe todos os pecados que cometeste com a vista (com o ouvido, com o olfato, com a boca, com as mãos, com os pés)".

   IV - NECESSIDADE deste Sacramento:
   A condição para a salvação eterna é o estado de graça. Quem o perdeu, pode recuperá-lo pelo Sacramento da Confissão. A Extrema-unção só é necessária, portanto, quando o enfermo se ache em pecado mortal e não possa receber o sacramento da Confissão.

   V - MINISTRO:
   Qualquer padre, e só o padre administra validamente a Extrema-unção.

   VI - SUJEITO DO SACRAMENTO:
   Para receber validamente este sacramento, é preciso: a) ter sido batizado; b) ter ou ter tido o uso da razão; c) estar em perigo de morte, quer por doença, quer por velhice. Além do mais, para se receber com fruto é necessário: estar em estado de graça (o enfermo deve, se possível, confessar e comungar antes) e ter a vontade, expressa ou presumida, de receber o sacramento.
   Não se deve esperar que o enfermo chegue aos extremos para administrar-lhe a extrema-unção. Basta que a enfermidade seja grave e perigosa. Por isso a Igreja achou por bem empregar o outro nome que atiás também sempre existiu: UNÇÃO DOS ENFERMOS. Como já fui Capelão de Hospitais, a experiência mostrou-me que é preferível usar o termo UNÇÃO DOS ENFERMOS.
   A Extrema-unção pode ser reiterada:
   a) por ocasião de nova doença perigosa;
   b) na mesma doença, se é longa e houve convalescença, ao menos aparente e ocorre outra vez o perigo de morte. 

domingo, 5 de agosto de 2012

INDULGÊNCIAS

   I - NOÇÃO: As indulgências são a remissão da pena temporal devida aos nossos pecados já perdoados quanta a culpa, que a Igreja concede, fora do sacramento da Penitência, ao fiel bem disposto, em virtude dos méritos e satisfações de Nosso Senhor Jesus Cristo, de Maria Santíssima e dos Santos.

   II - DIVISÃO: a) Quanto aos efeitos, a indulgência é plenária ou parcial.
   Indulgência plenária é a que perdoa toda a pena temporal devida pelos pecados.
   Indulgência parcial   é a que perdoa somente uma parte da pena temporal. 
   A medida da indulgência parcial não se determina mais por anos ou dias; mas pela mesma obra indulgenciada, a saber: quando o fiel, com o coração contrito, executa uma obra indulgenciada, ele ganha duas remissões de pena temporal: uma, a que está inerente a própria obra; e outra, a que a Igreja lhe concede, e que é igual à obtida pela mesma obra.

   b) Quanto ao sujeito a quem é aplicada, a indulgência é concedida aos vivos, por via de absolvição; e aos  defuntos, por via de sufrágios, isto é, pela mediação e oração dos fiéis. 

   c) Quanto ao modo, a indulgência pode ser pessoal (quando é concedida diretamente a uma ou várias pessoas); local (quando ligada a um lugar, igreja, capela, cemitério etc.); e real (quando ligada a um objeto: crucifixo, terço, medalha etc.

   III - CONDIÇÕES. Para a pessoa lucrar indulgência plenária deve:
   1º ) Fazer a obra prescrita;
   2º ) confessar e comungar sacramentalmente;
   3º ) estar isenta de todo afeto ao pecado, mesmo venial;
   4º ) rezar nas intenções do Sumo Pontífice 1 Pai-Nosso e 1 Ave-Maria.

   IV - OBSERVAÇÕES:
   Na falta de uma das disposições e condições acima indicadas, o fiel lucra uma indulgência parcial.
   A confissão, a comunhão e a oração pelo Papa podem anteceder ou suceder de 8 dias a execução da obra determinada. Contudo, recomenda-se que a Comunhão e a oração pelo Papa sejam no mesmo dia em que se fez a obra prescrita. 
   Uma só Confissão serve para se lucrarem várias indulgências plenárias; quanto à Comunhão eucarística e a oração pelo Papa, é preciso que se repita para cada indulgência plenária.
   As indulgências plenárias só podem se lucradas uma vez por dia, excetuando-se em artigo de morte, que pode lucrar outra nessa ocasião. 
   Todas as indulgências podem ser aplicadas pelos defuntos, como sufrágio.

   V - LISTA DE ALGUMAS INDULGÊNCIAS:
   a ) Plenárias: Terço de Nossa Senhora, quando rezado na igreja, na capela ou em família; Visita de meia hora ao Santíssimo Sacramento; Novena do Natal, Pentecostes e Imaculada Conceição; Primeira Comunhão: para quem faz e para quem assiste piedosamente; Via Sacra; Leitura da Sagrada Escritura por meia hora; Adoração da Cruz na 6ª feira Santa; Renovação das promessas batismais no Sábado Santo e no dia do aniversário do Batismo; Visita a Igreja Paroquial no dia do Padroeiro, rezando-se 1 Pai-Nosso e 1 Credo; Visita a uma igreja no dia 2 de novembro (pelos defuntos); Visita ao Cemitério rezando pelas almas (do dia 1 a 8 de novembro). Retiro de 3 dias completos.etc.
   b ) Parciais: as seguintes orações: Salve Rainha, Atos de Fé, Esperança e Caridade, Contrição; Anjo do Senhor; A vós São José; Ofício da Imaculada; Alma de Cristo; Eis-me aqui; Ladainhas; Oração pelas vocações; Oração mental ou meditação; Sinal da Cruz. - Dar ou receber aulas de catecismo. Qualquer abstinência. Jaculatórias fazendo o oferecimento. etc. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CONFISSÃO - A ACUSAÇÃO DOS PECADOS

   I - Confissão é a acusação dos pecados cometidos depois do batismo. Quando se diz CONFISSÃO  entendem-se duas coisas: o Sacramento da Confissão ou Penitência; e o ato de contar os pecados ao confessor. Aqui estamos falando neste último sentido. Portanto confissão neste sentido é a acusação dos pecados cometidos depois do Batismo, feita a um sacerdote aprovado para dele receber a absolvição. 

   II - QUALIDADES DE UMA BOA CONFISSÃO. 
   Para ser boa, a confissão deve ter 3 qualidades: 1ª - Humilde; 2ª - sincera; 3ª - inteira.
   1ª - HUMILDE:  quer dizer que o penitente deve colocar-se diante do seu confessor como um réu diante de seu juiz, com muita humildade e submissão.

   2ª -  SINCERA: quer dizer que é necessário declarar os pecados como eles são, sem os aumentar, nem diminuir, nem desculpar.
   Quem fosse tentado a faltar à sinceridade na confissão deveria considerar duas coisas: a) que os que se confessam sem sinceridade não recebem o perdão dos pecados e cometem um sacrilégio; b) que os pecados confessados ficarão sempre ocultos, debaixo do inviolável sigilo sacramental.

   3ª - INTEIRA: quer dizer que se devem acusar todos os pecados mortais cometidos: o número, a espécie e as circunstâncias que mudam a espécie de pecado. O penitente deve acusar os pecados exatamente como os conhece, dando como certos os que são certos, como duvidosos os que são duvidosos, e responder com franqueza as perguntas justas do confessor. 
   Para que a confissão seja inteira é preciso que atenda a certas condições. Vejamos o que o penitente deve declarar, o que pode declarar e o que não deve declarar na confissão.

   a) O que o penitente deve confessar (MATÉRIA NECESSÁRIA): todos os pecados mortais cometidos depois do Batismo e ainda não perdoados diretamente pela absolvição (espécie, número e circunstâncias graves ou que alteram a espécie do pecado). Também são matéria necessária os pecados mortais que, por esquecimento, foram omitidos em confissão anterior.

   b) O que o penitente pode confessar (MATÉRIA LIVRE): os pecados veniais e os pecados duvidosos.
   Embora não seja obrigatória a confissão das faltas veniais, é bom acusá-las também para afervorar a contrição e obter um perdão mais eficaz. É melhor e mais proveitoso para a alma, contanto que não seja escrupulosa, declarar os pecados duvidosos para sossego da consciência.

   c) O que o penitente não deve declarar na confissão: os pecados dos outros, circunstâncias inúteis ou pormenores ociosos, relatório das próprias qualidades, etc.
    Pelo que acima ficou explicado, podemos concluir:
   1) Se o penitente não tem pecado mortal na consciência, basta acusar os pecados veniais cometidos e ainda não confessados. Se nem estes houver, basta acusar algum pecado mortal ou venial JÁ PERDOADO, renovando a contrição. Isto é MATÉRIA SUFICIENTE. 

   2) Imperfeições e pecados duvidosos que se acusassem, fora de qualquer outra falta, constituiriam MATÉRIA INSUFICIENTE. Isto significa que o confessor nem pode dar a absolvição. 

   III - CONFISSÃO GERAL.
   Para assegurar a integridade da confissão, ou seja, para remediar os defeitos da confissões precedentes, é coisa muito útil fazer confissão geral.
   Confissão geral é a acusação dos pecados de toda a vida ou de um período de tempo considerável. 

   Iniciamos a confissão assim: "Padre, dai-me a vossa bênção porque pequei. Há (tantos dias, meses, anos) que não me confesso e os meus pecados são...
   No fim da acusação diz: Peço perdão também para os meus pecados esquecidos e os da vida passada.