SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

domingo, 20 de novembro de 2011

A CRISMA PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO

QUADRO CATEQUÉTICO Nº 21 SOBRE O SACRAMENTO DA CRISMA
   Este quadro catequético nº 21 represnta o Sacramento da Confirmação ou Crisma.
   No alto deste quadro, à esquerda, vemos um soldado que combate contra um dragão de sete cabeças. Quer mostrar com isto que nós recebemos na Confirmação, a fortaleza necessária para vencermos os sete vícios capitais.
   À direita, vemos representada uma criança, fiel às lições de sua mãe, se declarar cristã na presença de um juiz pagão que a queria fazer renunciar à fé em Jesus Cristo. Com isto a representação do quadro quer mostrar que a Confirmação nos dá a força de permanecermos fiéis a Jesus Cristo no meio das perseguições.
   No centro, vemos o objeto principal deste quadro: representa São Pedro e São João dando a Confirmação aos fiéis de Samaria. Eles lhes impõem as mãos e rogam por eles a fim de que recebam o Espírito Santo. À direita de São Pedro vemos um homem que traz na mão uma sacola: é Simão Mago, que vem pedir ao Apóstolo para lhe vender o poder de dar o Espírito Santo. São Pedro o repreende severamente por ele querer comprar o dom de Deus com dinheiro. Por isto este tipo de pecado chama-se simonia.
   O Espírito Santo é representado neste quadro pairando em forma de pomba sobre aqueles que são confirmados, e lhes distribuindo os seus sete dons.
   Em baixo do quadro, vê-se um bispo que administra a Confirmação às crianças da primeira comunhão. É precedido do pároco que lhe diz os nomes daqueles que devem ser crismados a medida que vão se apresentando; é seguido de um outro padre que segura uma bandeja sobre a qual se encontra o depósito do santo óleo do crisma. Um terceiro padre, com sobrepeliz e estola, limpa com um pouco de algodão a testa daqueles que acabam de ser crismados.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CRISMA (continuação)

   I - SUJEITO E DISPOSIÇÕES.
   Qualquer pessoa BATIZADA, e ainda NÃO CRISMADA,  seja qual for sua idade, com uso da razão ou sem ele, pode receber o Sacramento da Confirmação. (O adulto precisa ter intenção).
   De acordo com a legislação atual da Igreja, a Crisma deve ser conferida na idade de 7 anos mais ou menos, de preferência antes da Primeira Comunhão, após uma instrução catequética conveniente (pelo menos: o conhecimento dos principais mistérios da nossa fé.)
   Além disso, para que o Sacramento produza frutos abundantes, é preciso: ACHAR-SE EM ESTADO DE GRAÇA ( por isso, se exige a confissão para os crismandos de mais de 7 anos) e APRESENTAR-SE ao BISPO com RESPEITO E DEVOÇÃO.
   NOTA: No Brasil, dada a extensão territorial, a Igreja permite a administração da Crisma às crianças antes de chegarem ao uso da razão.

   II - PADRINHOS. Na Crisma exige-se um padrinho ou madrinha que, com a palavra e com o exemplo, dirija o afilhado ou afilhada pelo caminho da salvação e o ajude nas lutas espirituais.
   O padrinho deve:
                    a) ter 14 anos de idade.
                    b) ser do mesmo sexo que o afilhado;
                    c) não ser o mesmo do Batismo;
                    d) ser crismado, católico, de bons costumes e instruído nas coisas mais necessárias da religião.
                    e) tocar no afilhado na hora da Crisma.

   III - CERIMÔNIAS.  Para administrar o Sacramento da Crisma, o Bispo: 1º - estende as mãos sobre os que se vão crismar, indicando assim que o Espírito Santo quer tomar posse deles e arrebatá-los do poder do demônio. Ao mesmo tempo, faz uma oração em que pede para eles os sete dons do Espírito Santo. 2º- Em seguida, com o Santo Crisma, o Bispo faz uma unção em forma de cruz, na testa de cada um, para significar que o católico jamais se deve envergonhar da Cruz de N. S, Jesus Cristo. É, então, que o Bispo pronuncia as palavras do rito sacramental.
   No Antigo Testamento, eram ungidos: a) os sacerdotes; assim como Moisés ungiu Aarão; b) os reis; assim como Samuel ungiu Saul; c) e os profetas, assim como Elias ungiu Eliseu. CRISTO é a tradução grega da palavra hebraica MESSIAS, e significa UNGIDO, designando antes de tudo a junção sacerdotal, real e profética do Senhor. A unção, nos Sacramentos, exprime também a dignidade do cristão.
   O crisma, como já dissemos, é uma mistura de azeite e bálsamo. O azeite significa a abundância da graça que se difunde na alma do cristão, fortificando-o e confirmando-o na fé; o bálsamo, pela sua fragrância e virtude de preservar os corpos da corrupção, significa que o cristão, fortalecido por essa graça, se torna capaz de espalhar o odor e a fragrância das virtudes cristãs e de se preservar da corrupção dos vícios. 3º - Logo após a unção, o Bispo bate de leve na face do crismado, enquanto diz: "A paz esteja contigo!" Significa que ele deve estar preparado para sofrer qualquer afronta e trabalho pela fé cristã. A recompensa desta sua coragem será a paz. 4º - Por fim, o Bispo dá a bênção a todos os crismandos e a cerimônia termina com a recitação do CREDO, do PAI-NOSSO e da AVE-MARIA.
   A cerimônia se realiza com as portas da igreja trancadas - não só para que ninguém se retire antes da bênção final, mas para recordar o Primeiro PENTECOSTES, no Cenáculo de Jerusalém. Assim como o Mistério da Paixão é revivido no Batismo da cada cristão, assim o mistério de Pentecostes é revivido no dia em que recebemos o sacramento da CONFIRMAÇÃO.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O LIMBO DAS CRIANÇAS

   Introdução: Como recebi algumas dúvidas a respeito da sorte eterna das crianças que morrem sem o batismo, achei por bem, antes de passar a falar sobre o Sacramento da Confirmação, dizer alguma coisa sobre o Limbo das crianças que, antes do uso da razão, morrem sem o Batismo.
   Primeiramente, é necessário lembrar duas coisas: 1) A existência do Limbo das crianças, embora até ao presente, não tenha sido definido como dogma, também não foi definido que não exista. A Santa Madre Igreja inclusive continua a exortar aos pais que batizem seus filhos e o façam quanto antes. 2) O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA apresentado em 1992 pela CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA "FIDEI DEPOSITUM" do Papa João Paulo II, parece inclinar-se mais para uma direção inversa daquela que até então, durante séculos a Santa Igreja defendeu.
   Vejamos, então, o que a Santa Igreja ensinou (sem definir como dogma) a este respeito, até 1992: O Papa Inocêncio III (+ 1216): "A pena devida ao pecado original é a privação da visão beatífica; a que se deve ao pecado atual (mortal) é o tormento da geena perpétua". (Cf. Denz. 410). O Papa Pio VI em 1794, condenando os jansenistas de Pistóia, disse o seguinte: "É falsa, temerária e injuriosa às escolas católicas a doutrina que rejeita, como se fosse fábula pelagiana, o lugar inferior (pelos fiéis geralmente chamado Limbo das crianças), onde as almas dos que morrem apenas com o pecado original são punidas pela pena do detrimento sem algum tormento do fogo". (Constituição "Auctorem fidei"; Denz. 1526). "Pena do detrimento" é a privação da visão beatífica de Deus. Todos os catecismos até o de 1992 sempre falam da existência do Limbo das crianças.
   Mas, o que diz o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA? No nº 1261 assim se expressa: "Quanto às crianças mortas sem Batismo, a Igreja só pode confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito das exéquias por elas. Com efeito, a grande misericórdia de Deus, "que quer que todos os homens se salvem" (1Tim, 2,4), e a ternura de Jesus para com as crianças, que O levou a dizer: "Deixai as crianças virem a mim, não as impeçais" (Mc 10,14), nos permitem esperar que haja um caminho de salvação para as crianças mortas sem Batismo". No nº 1257 diz: "Deus vinculou a salvação ao sacramento do Batismo, mas ele mesmo não está vinculado a seus sacramentos". No nº 1250, no entanto, diz: "A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tornar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento".
    A conclusão que tiramos é: A Igreja até ao presente não definiu como dogma nem a existência nem a não existência do Limbo. Portanto devemos aguardar a definição da Igreja. A outra conclusão é que, enquanto não houver a definição infalível da Igreja, os teólogos têm a liberdade de expor suas opiniões, não porém o direito de impô-las. Cabe somente à Igreja dar a última palavra.
   Assim sendo vejamos as várias opiniões pró ou contra a existência do Limbo das crianças.

A) OPINIÕES QUE DEFENDEM A EXISTÊNCIA DO LIMBO DAS CRIANÇAS

   Os teólogos que defendem a existência do Limbo das crianças se baseiam não só no ensinamento comum da Igreja, principalmente nas declarações de Inocêncio III e Pio VI; mas também nos catecismos.No século XX são muitos os teólogos que tentam provar a existência do Limbo. São teólogos célebres e abalizados como Journet, Diekamp, La Branc, Amann, Bellamy e outros. Todos se baseiam nas palavras do próprio Divino Mestre: "Se alguém não renascer da água e do Espirito Santo, não pode entrar no reino de Deus". (S. Jo. III, 5). A tradição cristã, baseando-se principalmente no conceito da justiça perfeitíssima de Deus, chegou aos poucos a formular a noção do Limbo. Na verdade não há nenhuma passagem na Bíblia que fale do Limbo das crianças. Jesus Cristo em S. Lucas, XVI, 22 fala do seio de Abraão. Trata-se do lugar onde as almas justas do Antigo Testamento esperaram a vinda do Redentor. É chamado também Limbo, mas para se distinguir do Limbo das crianças, é denominado "Limbo dos Pais". Este, a partir da Ascensão de Jesus, deixou de existir.

B) OPINIÃO DOS QUE NÃO ADMITEM A EXISTÊNCIA DO LIMBO

   No século passado e mesmo antes, são muitos os teólogos que não admitem a existência do Limbo. É claro que até a publicação do novo CATECISMO DA DOUTRINA CATÓLICA, procuravam falar com prudência, e expondo suas teses como simples hipóteses e submetendo-se sempre ao que a Igreja definir. Entre estes o mais famoso é o Cardeal Caetano que morreu em 1534. Na verdade o Cardeal Caetano evitava afirmar categoricamente que não existia Limbo das crianças; mas sua tese diminuia consideravelmente o número de seus habitantes. Propunha uma tese que sempre encontrou fautores, e hoje em dia, sobretudo. Eis o que dizia: "Em caso de necessidade, para assegurar a salvação das crianças, parece suficiente o Batismo expresso pelo desejo dos progenitores apenas, principalmente se a este desejo se acrescenta algum sinal exterior".
   A argumentação deste grande teólogo realmente impressiona. Senão vejamos: A razão principal que ele alegava: "No Antigo Testamento os pequeninos recebiam a remissão do pecado original primariamente mediante a fé de seus pais, que ofereciam os filhinnhos a Deus. Para a prole masculina era, sim, necessário que, oito dias depois de nascida, se lhe administrasse o rito da circuncisão; mas, na opinião mais provável, mesmo os meninos que morressem antes do oitavo dia, salvavam-se mediante a fé de seus pais. Ora, não se pode admitir que, após a vinda do Redentor, os meios de salvação se tenham tornado mais exíguos e menos acessíveis aos homens. Logo, a Fé continua a desempenhar um papel primordial na recepção dos sacramentos de Cristo, meios de salvação do Novo Testamento. No caso do Batismo das crianças é mesmo a fé da Igreja e (quando esta existe) a dos pais cristãos (não, porém, a fé do sujeito batizado) que possibilita o efeito do sacramento. Pergunta-se, então: será que a fé cristã na revelação consumada, messiânica, tem menos valor salvífico do que a fé nos tipos e nas figuras do Antigo Testamento? Parece conveniente que a Misericórdia Divina, em nossos tempos, lhe atribua ao menos a mesma eficácia que antigamente. Ora, se sob a Lei Mosaica a fé dos pais de uma criancinha podia salvar por si só, na impossibilidade de se administrar o rito exterior da circuncisão, será que hoje não pode salvar a uma criancinha a fé de pais cristãos que a ofereçam a Deus, impossibilitados de lhe proporcionar o sacramento? O Batismo de desejo concebido pelos pais não poderia suprir o desejo inconcebível por parte da criancinha?
   Como já foi dito, vários grandes teólogos seguiram esta opinião do Cardeal Caetano. E alguns deles até ampliaram cada vez mais as possibilidades de salvação das crianças que morrem sem o batismo. Dentre eles avulta o teólogo Gumpel, professor de Teologia em Roma. E ele enumera nada menos do que 48 teólogos ou institutos de Teologia que não só defendem a tese de Caetano mas a ampliam sempre mais. A Santa Igreja não só não se pronunciou contra esta tendência mas no Catecismo de 1992, fomenta-a, embora  não haja nada ainda definido como dogma. O Santo Padre, gloriosamente reinante Bento XVI declarou que não se pode ainda resolver esta questão às pressas. É preciso ainda muito estudo.

 Para terminar apresento as teorias de mais dois teólogos: E. Boudes e H. Schell. Em resumo Boudes diz o seguinte: as criancinhas sem o Batismo se salvam pela lei da solidariedade. Baseia-se em Rom. V, 12, 21: por nossa união com o primeiro Adão, prevaricador, fomos todos constituídos pecadores e réus de morte; e por nossa comunhão com Cristo fomos dotados de nova santidade e vida. Note-se, porém, que "onde abundou o delito, aí superabundou a graça" (v. 20); o primeiro Adão e nossa solidariedade com ele não eram senão tipo do segundo Adão e da nossa comunhão com Ele (cf. Rom. V, 18). O que quer dizer que a solidariedade com Cristo é muito mais benéfica para todos os homens do que maléfica foi a solidariedade com Adão. Ora, este princípio deve influir também na maneira de se apreciar a sorte eterna das criancinhas que morram sem batismo. Se as julgarmos relegadas para o Limbo, não deveremos confessar que a sua solidariedade com o primeiro Adão foi muito mais íntima do que a sua comunhão com Cristo? E assim o teólogo Boudes propõe a seguinte opinião: a solidariedade de tais almas com Cristo implica que o poder intercessor da Igreja, Corpo Místico, em que Cristo continua a obra da Redenção, valha a essas criancinhas a purificação e a entrada no céu. De fato, a Igreja, na sua liturgia, principalmente na celebração da Santa Missa, apresenta a Deus preces pela salvação de todos os homens, pela redenção do mundo inteiro (cf. as orações do ofertório da Missa, as do Ofício dos Pré-santificados na sexta-feira santa). Ora, uma tal universalidade de intenções não pode deixar de beneficiar também os pequeninos que faleçam sem Batismo. Por consequinte, conclui Boudes, é plausível admitir que a intercessão jamais interrompida da Igreja supra, em favor dessas criancinhas, os efeitos do Batismo, merecendo-lhes a visão beatífica. Esta teoria, ainda observa Boudes, não implica que a Redenção seja automaticamente aplicada às ditas almas, pois ela requer a intercessão da Igreja, a qual, consciente e livremente, estende os frutos da Cruz aos indivíduos.
   A teoria de H. Schell: Da nossa solidariedade com Cristo, Schell deduzia que o sofrimento e a morte das criancinhas não batizadas são, em virtude da paixão voluntária de Jesus, um "quase-sacramento" de reconciliação, um certo Batismo de penitência, que supre o Batismo de água. Ora, sendo este quase-sacramento a sorte comum dos mortais, segue-se que todas as crianças, mesmo impossibilitadas de receber o Batismo, são purificadas a admitidas à visão beatífica.
   Estes teólogos interpretam as palavras de Jesus em São João III, 5 como se referindo só aos adultos. E as palvras de Jesus: "Deixai vir a mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus" se referem, segundo eles, não só às crianças batizadas mas também às não batizadas.
   Uma coisa é certa: A Santa Madre Igreja sempre exorta os pais a batizar os filhos ainda crianças e o quanto antes. Isto porque, mesma na hípotese de as criancinhas mortas sem o Batismo poderem se salvar, é certo que neste caso, teriam eternamente menos glória do que aquela criança que tenha recebido o Santo Batismo.