SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A CONFISSÃO - II - 44ª LIÇÃO

- QUE É PRECISO PARA SE FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
- PARA SE FAZER UMA BOA CONFISSÃO, SÃO NECESSÁRIAS CINCO COISAS:
         
          1º - PENSAR PARA LEMBRAR OS PECADOS. É o exame de consciência.
          2º - ARREPENDER-SE DE TER OFENDIDO A NOSSO SENHOR. É a dor da alma, a detestação dos pecados.
          3º - PROMETER NÃO PECAR MAIS. É o propósito firme e sincero.
          4º - DEPOIS CONTAR DIREITINHO OS PECADOS AO PADRE. É a confissão dos pecados.
          5º - REZAR AS ORAÇÕES QUE O PADRE MANDAR. É cumprir a penitência.
   Jesus contou a seguinte parábola, para nos ensinar como devemos estar arrependidos dos nossos pecados e assim receber o perdão na Confissão.
   Um pai tinha dois filhos. O filho mais moço disse a seu pai: "Pai, dai-me a minha parte da herança." O pai deu-lhe a parte que lhe pertencia. Poucos dias depois, aquele filho ingrato deixou a casa de seu pai e foi-se com seu dinheiro para um país estrangeiro. Ali vivia no luxo e em maus costumes e não se importava mais com o pai. Mas, quando tinha gasto tudo, começou uma fome naquela terra e ele principiou a passar necessidades. Fez-se criado dum fazendeiro e este o mandou guardar os porcos. E este filho de boa família quis comer a comida dos porcos; mas nem esta lhe davam. Enfim, começou a compreender a miserável condição em que se achava e pensou assim consigo: Quantos criados em casa de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui morro de fome... Levantar-me-ei e irei para meu pai e lhe direi: Meu pai, pequei contra o céu e contra vós, já não sou digno de ser chamado vosso filho: aceitai-me como um dos vossos criados. Levantou-se e partiu para a casa de seu pai. quando ainda estava longe, o pai o reconheceu, ficou tomado de compaixão, foi ao encontro dele, abraçou-o e o beijou. E o filho lhe disse: "Meu pai, pequei contra o céu e contra vós, já não sou digno de ser chamado vosso filho..." Então o pai mandou aos criados que lhe dessem roupa nova e preparassem um banquete.
   O pai, de que Jesus fala, é Deus. O filho é o pecador. Quem comete pecado mortal afasta-se do Pai do céu, que tudo lhe deu, e procura sua felicidade longe de seu Deus. O pecador deve imitar a conversão do filho pródigo e voltar para a casa paterna, que é a amizade de Deus.
   Na atitude do filho pródigo vemos exemplificados os atos necessários para uma boa confissão.
   1º - Ele, quando estava sozinho, na miserável condição de guardador de porcos, começou a refletir sobre a sua vida em casa e no estrangeiro. Quem quer fazer confissão bem feita deve examinar-se sobre os pecados cometidos. Antes da Confissão, ajoelhemo-nos na igreja e pedimos que Deus nos ajude a achar os nossos pecados. Para isto serve a oração antes da Confissão, que está no catecismo. Depois procuramos lembrar-nos dos pecados que cometemos depois da última Confissão. Quem sabe ler acha no catecismo ou num livro de piedade um exame de consciência. Quem não sabe ler passa na lembrança os dez mandamentos e os pecados contra cada um deles. Ou então, lembre-se dos lugares onde esteve, lembre-se das pessoas com quem esteve, como as tratou, como delas tem pensado e falado; lembre-se das suas más inclinações, como as tem vencido. Mas ninguém entrando na igreja, corra direto ao confessionário sem pensar e sem se lembrar dos pecados.
   2º - O filho pródigo arrependeu-se de sua vida pecaminosa. O pecador deve também arrepender-se de seus pecados. O arrependimento é uma dor da alma e um ódio dos pecados cometidos. Quem se confessa sem arrependimento, não recebe perdão dos seus pecados, ainda que os confesse todos.
   3º - O filho pródigo fez o firme próposito de mudar de vida: "Levantar-me-ei e irei para meu pai". O penitente deve também esforçar-se par emendar sua vida. O propósito é a vontade séria de não pecar mais. Se alguém tem vontade séria de não cometer mais alguns dos seus pecados mortais, porém quer cometer outros, nenhum pecado está perdoado.
   4º - O filho pródigo confessou suas culpas: "Pai, pequei contra o céu e contra vós." O penitente também deve confessar seus pecados ao confessor. Devemos declarar ao menos todos os pecados mortais e quantas vezes os cometemos. A boa confissão é humilde, sincera e completa.
   5º - O filho pródigo queria fazer-se criado para satisfazer assim a seu pai e reparar a falta cometida: "Aceitai-me como um dos vossos criados." O penitente deve igualmente dar a devida satisfação, cumprindo a penitência imposta pelo confessor.


sábado, 11 de junho de 2016

A CONFISSÃO - I - 43ª LIÇÃO

- QUE É CONFISSÃO?
- É UM SACRAMENTO QUE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO FEZ PARA NOS PERDOAR OS PECADOS.



   Quem cometeu pecado mortal está condenado ao inferno e não merece perdão. Deus, porém, perdoa por sua misericórdia, não por algum direito do pecador. Portanto, Deus pode pôr as condições que quiser. Deus pode determinar o meio e o modo de conceder o perdão. O único meio de perdão que Deus oferece ao pecador é o sacramento da Confissão. É a condição indispensável para o perdão. A quem não quer confessar-se, Deus não quer perdoar.
   Sabemos isto pelas palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo. Era no dia em que Jesus ressurgira. Jesus apareceu no meio dos apóstolos. Jesus soprou sobre eles para lhes fazer ver que lhes comunicava o Espírito Santo, e disse: "Recebei o Espírito Santo. Serão perdoados os pecados a quem vós perdoardes, e a quem vós os retiverdes, serão retidos".
   Por isso os fiéis vieram confessar os seus pecados aos apóstolos, para dos apóstolos receberam o perdão. O poder de perdoar os pecados foi transmitido aos outros padres pelo sacramento da Ordem. Quem não quer confessar os seus pecados não recebe o perdão  pelos apóstolos ou pelos sacerdotes. A eles Deus também retém, isto é, não perdoa os pecados.
   Deus pode perdoar pecados sem confissão, mas não o quer, como Jesus disse claramente. Quem não quer se humilhar, e dizer os seus pecados ao sacerdote, Deus também não o quer exaltar e o receber de novo na sua graça.
   Um cristão que se confessa não se humilha mais do que um rei que inclina a cabeça, para nela receber a coroa.
   Havia um homem que tinha ofendido gravemente a seu rei, e por isso foi condenado à morte. Tudo já estava pronto para o supremo castigo, quando um ministro do rei veio dizer ao condenado que, em nome do rei, lhe perdoava o crime. Mas o condenado não quis aceitar o perdão pelo ministro, e exigiu que o rei mesmo viesse oferecer-lhe o perdão. Aquele pedido injusto e afrontoso não foi atendido e o homem sofreu o morte, e com razão.
   Na mesma condição se acham aqueles que querem o perdão de Deus, porém, sem Confissão. O Senhor lhes oferece o perdão pelo seu ministro que é o padre. Eles não aceitam: querem que o próprio Deus lhes dê o perdão, sem intermédio de outra pessoa. Exigir isso é ofender a Deus e tornar-se ainda mais indigno do perdão.
   Como Deus não tira o pecado original sem o batismo, também não tira os pecados sem a confissão. Por isso ninguém pode dizer: "Eu me confesso só a Deus". Pois Deus não ouve a confissão daquele que não quer confessar-se ao padre. O demônio ouve aquela confissão com muito prazer. Quem diz que se confessa só a Deus, de fato faz o que o demônio quer.
   Quando nos custa dizer algum pecado na confissão, devemos pensar: Prefiro confessar o pecado a um sacerdote em segredo a sofrer vergonha diante de todo mundo no dia do juízo.
   Quem mente na confissão engana-se a si mesmo , e não a Deus.

EXEMPLO
   O ímpio Voltaire falou e escreveu muito contra a Confissão. Para os inimigos atuais da Religião, ele é um grande sábio. Mas Voltaire ficou gravemente doente, julgava que ia morrer e pediu... o que? Voltaire pediu a Confissão! Ele sabia muito bem que as más palavras contra a Confissão eram mentiras. Por isso, na hora da morte, quis confessar-se. O padre veio e exigiu que se retratasse de tudo quanto tinha escrito contra a Religião. E Voltaire assinou, declarando que era mentira tudo quanto tinha dito contra a Religião. Voltaire ficou bom e outra vez virou as costas a Deus e principiou a falar contra a Confissão. Este ímpio dizia: "Menti, menti contra esta infame que é a Igreja Católica, e alguma coisa ficará. Quem quiser viver tranqüilo nos seus pecados, comungue sem se confessar; é preciso esmagar esta infame". Bom. Mas depois, caindo de novo gravemente doente, outra vez pediu a Confissão. Voltaire bem sabia que estava condenado ao inferno, e que só a Confissão o podia salvar. Por isso outra vez pediu a Confissão. Mas desta vez os seus amigos maus tinham tomado providências e demoraram em chamar o padre. Voltaire, gritando de desespero, morreu sem Confissão. "Como foi a vida, assim será a morte", diz Santo Agostinho. Quem vive sem Confissão, provavelmente morrerá sem Confissão.  



  

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO

Quadro catequético sobre o Sacramento do Matrimônio
   No meio deste quadro vemos representado o casamento de S. José com a Virgem Maria em presença do Sumo Sacerdote, no Templo de Jerusalém. O ramo de lírio florido que São José traz na mão lembra a maneira como ele foi escolhido para ser esposo da Santíssima Virgem. Quando Maria chegou à idade de casamento, o Sumo Sacerdote reuniu os jovens da família de Davi que desejavam se casar e deu a cada um deles um ramo bento, sem folhas e flor. Cada um deveria escrever neste ramo o seu nome; depois o Sumo Sacerdote depositou todos estes ramos sobre o altar, e pediu a Deus, Nosso Senhor que manifestasse a escolha que Ele mesmo fizesse. Quando o Sumo Sacerdote recolheu os ramos, o único que se tinha coberto de folhas e flores semelhantes ao lírio, foi o de São José. Com este milagre estava manifestada a escolha feita pelo próprio Deus. Vemos representado logo à direita um rapaz que, desolado por não ter sido  o escolhido, quebra ao joelho, o ramo que recebera do Sumo Sacerdote. 

    No alto, á esquerda, vemos representados o jovem Tobias e Sara, ambos em oração, preparando-se fervorosamente, para o casamento. Vemos representado o anjo São Rafael expulsar o demônio (Asmodeu) que havia matado os sete primeiros esposos de Sara. Sara era de uma extraordinária beleza. Todos os sete primeiros esposos casaram-se com ela, levados unicamente pela paixão (amoris concupiscentiae laetitia), como se fossem animais brutos. Justamente por causa de suas más disposições, Deus permitiu que este demônio, que a Bíblia chama de Asmodeu, os matasse no primeiro dia do casamento. Tobias, porém, era um jovem piedoso e temente a Deus. Tobias e Sara tomaram a resolução de se casarem para servir a Deus e terem filhos que também servissem a Deus. E para tanto passaram três dias em oração antes de seu casamento. Na cerimônia tradicional de casamento, o sacerdote, lembra na bênção que dá aos esposos, este exemplo belíssimo de Tobias e Sara, lembra este casamento realmente feito com a bênção de Deus (Dei amoris laetitia). 

   No alto, à direita, vemos representado Adão e, junto dele, Eva, que Deus formou de uma costela de Adão. Deus abençoa-os e diz-lhes: "Crescei e multiplicai-vos". Na oportunidade, quando Deus levou Eva a Adão, este exclamou: "Eis aqui agora, o osso de meus ossos e a carne da minha carne; ela se chamará Virago, porque do varão foi tomada. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher; e serão dois numa só carne" (Gênesis, I, 28 e II, 21- 24). 

   Em baixo do quadro, vemos representada a realização de um casamento cristão. O padre dando a bênção depois que os noivos realizaram o sacramento do matrimônio dando explicitamente e em voz clara o consentimento para o contrato matrimonial. São os próprios nubentes os ministros do Sacramento do Matrimônio.   

quarta-feira, 8 de junho de 2016

OS SACRAMENTOS - 42ª LIÇÃO

- QUANTOS SÃO OS SACRAMENTOS?
- SÃO SETE.
1º - Batismo
                         2º-  Confirmação ou Crisma
  3º - Eucaristia
                         4º - Penitência ou Confissão
                                                  5º - Extrema unção ou Unção dos enfermos
                    6º - Ordem ou Sacerdócio
                             - Matrimônio ou Casamento
   Sacramento é um sinal sensível, instituído por Jesus Cristo, para dar a graça.
   O Rei da França, Carlos Magno, desejava a dignidade e os direitos de imperador e pediu-os ao Papa. Numa grande igreja de Roma, o Papa pôs uma coroa de ouro na cabeça de Carlos. Assim o Papa dava a Carlos a dignidade e os direitos de imperador. A imposição da coroa podia-se ver. A dignidade e os direitos de imperador não se podiam ver. A imposição da coroa designava a colação da dignidade de imperador. Mas por esta coroação o Papa não só representava a dignidade imperial, mas também dava aquela dignidade invisível. A coroação era um sinal sensível que dava a dignidade imperial invisível
   Bem assim os sacramentos: um sacramento é um sinal sensível. Sensível é o que pode ser percebido, é o que nós podemos ver, ouvir, cheirar, segurar, perceber o gosto. Todos os sacramentos são sensíveis, porque os podemos ver e ouvir. Por exemplo, podemos ver o batismo, quando se derrama água na cabeça da criança. Todos os sacramentos designam uma coisa que não podemos perceber pelos sentidos. Lavar a cabeça no batismo representa, designa, manifesta: lavar a alma do pecado original.
   Todos os sacramentos significam alguma graça, e também todos os sacramentos dão aquela graça que significam. Assim como o Papa na coroação do rei, não só representava a dignidade imperial, mas também dava aquela dignidade.
   No batismo derramar água sobre a cabeça quer dizer lavar a alma do pecado original, e não só representa, mas também dá a limpeza do pecado original.
   Na crisma, a unção com o óleo representa a força da fé, mas também dá a força na fé. E assim todos os sacramentos, com uma cerimônia perceptível pelos sentidos, significam uma graça não perceptível pelos sentidos, e também dão aquela graça.
   Se os sacramentos podem dar esta graça, é porque Jesus os instituiu. Aquelas cerimônias, como derramar água sobre a cabeça, ungir, impor as mãos, nada poderiam dar, se Jesus não tivesse assim determinado.
   Um homem cego pediu a Jesus que o curasse. Nosso Senhor respondeu: Vai e lava-te na fonte de Siloé. O homem lavou-se e ficou curado. Lavar não é remédio contra a cegueira. Mas a vontade de Jesus comunicou àquele banho a força de curar. Assim o sinal sensível dos sacramentos não teria força alguma, sem a palavra todo-poderosa de Jesus, que os instituiu. O poder de Jesus está nas ações e nas palavras dos sacramentos.
   Queremos respeitar nos sacramentos a graça e o poder de Jesus e recebê-los sempre dignamente.
   Para receber dignamente o batismo, se alguém já tem o uso da razão, é preciso que se arrependa dos seus pecados e tenha fé.
   Para receber dignamente a confissão é preciso arrepender-se e dizer todos os pecados mortais. O batismo e a confissão chamam-se sacramentos dos mortos, porque podem ser recebidos com o pecado mortal na alma.
   Para receber dignamente os outros sacramentos, Crisma, Comunhão, Extrema-unção, Ordem e Matrimônio, é preciso estar limpo de pecado mortal. Por isto estes sacramentos se chamam sacramentos dos vivos, porque só os podemos receber com a graça santificante, a vida sobrenatural na alma. Quem se vai crismar ou casar deve considerar bem o estado de sua alma: se está limpa de pecado mortal. É prudente, neste caso, não só ter arrependimento perfeito, mas também fazer uma boa confissão.
   Para uma santa Comunhão não bastará ter arrependimento perfeito. É preciso confessar-se.
   As crianças de 7 anos para cima, que se vão crismar, devem primeiro ir durante algum tempo à doutrina para ficarem bem preparadas. Também os noivos, que se vão casar, ao menos, ouçam bem as práticas, para se instruírem ao receber tão grande sacramento. Quando na igreja há batismo, ou crisma, ou casamento, é muito feio alguém se apresentar de modo inconveniente ou conversar. Isto é desprezar o poder e a graça do Senhor, que se comunicam pelo sacramento.
   Todos os que assistem à administração de um sacramento guardem respeito e lembrem-se da grande obra, que Deus faz nas almas daqueles que recebem o sacramento.
   Quem recebe indignamente um sacramento comete pecado mortal. Este pecado chama-se sacrilégio. Sacrilégio é desonrar, profanar uma coisa santa.
   Um ateu gabou-se de ter recebido muitas vezes a santa Comunhão em pecado mortal. "Isto não me fez mal algum", dizia ele. Mal proferiu estas palavras, deu-lhe um ataque: ficou louco, e depois morreu miseravelmente. São Paulo fala claramente sobre estes castigos: "Examine-se, pois, a si mesmo o homem e assim coma deste pão e beba deste cálice, porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para si a condenação, não distinguindo o corpo do Senhor. É por isso que há entre vós muitos enfermos e sem forças e muitos morrem." ( 1 Cor. XI, 28-30).

terça-feira, 7 de junho de 2016

O CÉU - III - 41ª LIÇÃO

- QUE GOZAREMOS NO CÉU?
- VEREMOS A DEUS E O AMAREMOS.

   No céu amaremos a Deus, porque veremos as suas boas qualidades. Quanta felicidade traz à família o amor entre pai, mãe e filhos! Como dói, quando um filho, por muito tempo, deve estar longe do pai ou da mãe, ou quando o pai ou a mãe morre! É impulso irresistível da nossa alma, este que nos faz amar o pai e a mãe. Mas um impulso muito mais forte atrai o nosso coração para Deus. No céu estaremos com Deus e seremos felizes em poder estar sempre com Ele. A felicidade no céu jamais se acaba. O céu é um lugar de felicidade eterna.
   Se alguém vai mudar para outro lugar, vende os terrenos e casas do lugar donde vai sair, e compra bens no lugar para onde se transfere. Nós, pela morte vamos sair deste mundo para o outro.
   Convêm arranjar alguns bens naquele outro mundo, mesmo à custa dos bens que temos aqui.
   Quem vai à Missa sempre que pode, ajunta tesouros no céu. Quem reza todos os dias o Terço, ajunta tesouros no céu. Quem recebe a santa comunhão o mais frequentemente possível, ajunta tesouros no céu. Quem perdoa aos seus inimigos, ajunta tesouros no céu. Quem trabalha para bem compreender a doutrina, ajunta tesouros no céu.
   Deus recompensa com uma liberalidade infinita a todos os que morrem sem pecado mortal. Mas Deus dá a cada um segundo os seus méritos. Todos os santos são perfeitamente felizes. Maria Santíssima, porém, é mais feliz que os outros santos, porque mereceu mais. Deus é justo. Quem semeia menos, colhe menos. quem semeia mais, colhe mais. Suponhamos dois meninos que ganham o céu. Um vai sempre ao catecismo desde pequeno, recebe muitas vezes os santos sacramentos da confissão e comunhão, vai à Missa sempre que pode, obedece a seus pais. Depois, quando crescido, jamais comete um pecado mortal e confessa com grande arrependimento os seus pequenos pecados. Enfim, adoece e vê que vai morrer, pede logo a Confissão e, depois de receber com grande devoção os sacramentos, morre e vai para o céu.
   Outro menino às vezes vai ao catecismo, outras não, segundo os seus caprichos; quase sempre falta à Missa do domingo, à confissão, à comunhão, responde mal ao pai e à mãe; ainda é pequeno, mas vem-lhe uma tentação e comete um pecado mortal, mas não o confessa. Depois, quando grande, não se importa mais com a religião. Enfim, vem a doença e vê que vai morrer mas nem então quer confessar-se. Mas a família chama o padre; este lhe fala dos castigos terríveis do pecado; o homem fica atemorizado com os castigos de Deus; arrepende-se, confessa-se e morre. Este também vai para o céu. Ambos vão para o céu. Deus, porém, é justo, e a um dá maior felicidade do que ao outro.

                 EXEMPLO
    Na "HISTÓRIA DE UMA ALMA", Santa Teresinha do Menino Jesus conta que, quando pequenina, estranhava não dar Deus Nosso Senhor, no céu, glória igual a todos os eleitos: receava que todos não fossem felizes. Pediu então explicação a sua irmã Paulina, que lhe mandou buscar o copo grande do pai e colocá-lo ao lado do dedalzinho de Teresinha.
   Enchendo-os de água, perguntou-lhe qual deles estava mais cheio. Teresinha respondeu que tão cheio estava um quanto o outro, e não podia já em nenhum deles caber mais água.
   A irmã valeu-se deste exemplo para fazer-lhe compreender como, no céu, o último dos eleitos não pode invejar a felicidade do primeiro.
    Já no Carmelo, perguntaram a Santa Terezinha mais ou menos a mesma coisa: Como podem as almas que no céu têm menos glória, serem inteiramente felizes? Aí, Santa Terezinha se valeu do mesmo exemplo. Mas, para entenderem melhor ainda, deu o mesmo exemplo mas com várias coisas de capacidades diversas: deu o exemplo de uma talha, uma moringa, um copo e um dedal. No céu há vários graus de glória como na terra são vários os graus de graça. Mas no céu todos são inteiramente felizes porque todos recebem toda a felicidade de acordo com sua capacidade.
   Aqui na terra, quem pode ganhar mais, nunca   deixa de o fazer,  se contentando em ganhar menos. Infelizmente, quando se trata de ganhar mais glória por toda a eternidade, às vezes, somos tão negligentes!!! Que pena!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O CÉU - II - 40ª LIÇÃO

- QUE GOZAREMOS NO CÉU?
- VEREMOS A DEUS E O AMAREMOS.

   O céu é um lugar de felicidade eterna, onde veremos a Deus. Os anjos e santos no céu vêem a Deus como nós vemos os homens e o sol. No céu nós também veremos a Deus.
   Vamos pensar um pouco na felicidade do céu. No céu não teremos nada que sofrer, nada nos faltará. Aqui nesta vida sempre temos alguma coisa que sofrer: pobreza, fome, sede, doenças, a morte de parentes ou amigos, o ódio e as tentações do demônio. Tudo isso nos faz sofrer muito. Também os mais ricos sempre têm de sofrer alguma coisa, e muitas vezes os ricos sofrem mais do que os pobres.
   Aqui na terra todos temos que sofrer, todos choramos. Mas no céu isto se acaba. No céu não há fome, nem sede, nem dores, nem doenças, nem morte, nem coisa alguma que nos possa afligir. O demônio já não nos pode tentar; nossas inclinações só são para o bem e não para o mal, ninguém nos odeia, ninguém nos persegue: todos são bons para nós. No céu nada nos falta. No céu Deus nos fará completamente felizes. Tudo quanto quisermos, logo teremos. Todos os nossos desejos serão imediatamente satisfeitos. Deus fez o nosso corpo e a nossa alma. Deus é todo-poderoso e, com este infinito poder, trabalhará para dar a este corpo e a esta alma os gozos mais perfeitos e a mais doce alegria. Oh! como estaremos contentes, quando Deus todo-poderoso nos fizer felizes! Os nossos olhos verão as coisas mais belas; veremos na luz brilhante do céu os anjos, os santos e Maria Santíssima, e poderemos conversar com eles. Nossos ouvidos ouvirão os cânticos dos anjos e dos santos. Todo o nosso corpo sentirá um bem estar como um doente que de repente fica bom, depois de muitos anos de doença.

   A nossa maior felicidade, no céu, é ver a Deus. Esta felicidade é muito mais difícil de se compreender, principalmente para quem pouco pensa em Deus.
   Se os cavalos pudessem pensar, de certo não compreenderiam facilmente que os homens gostem de carne e peixe, em vez de capim. Assim, um homem acostumado a pensar nos gozos da terra só a custo compreende o gozo mais sublime do céu: a visão de Deus. 
A nossa alma é  feita para uma felicidade tão grande, que todas as criaturas não  lhe podem dar. Só em Deus podemos achar a nossa felicidade. No céu a nossa alma descansará em Deus. Veremos a grande Beleza de Deus, seu Poder infinito, sua Santidade perfeita, sua Bondade sem limites.
  É uma satisfação ver uma coisa bela. Deus, porém, é infinitamente mais belo que todas as outras coisas.
  É uma satisfação ouvir contar ou ensinar coisas que não sabemos ainda. Deus, porém, sabe muito mais do que todos os sábios, e nos fará compreender sempre novas verdades.

EXEMPLO
   Santo Agosinho perguntou, numa carta, a São Jerônimo, o que pensava da felicidade dos santos e das alegrias do céu. São Jerônimo morreu antes de receber aquela carta, mas apareceu a Santo Agostinho e lhe disse: "Podes contar as estrelas do firmamento ou os grãozinhos de areia na praia? E, contudo, isso seria mais fácil do que dizer quão grande é a beleza do céu e a alegria dos santos. Se eu não tivesse visto e alguém só me tivesse contado aquela beleza, nunca teria acreditado que fosse tamanha a felicidade do céu".
   Outro exemplo: Certa manhã em 1860, D. Bosco entrava no Santuário da Consolata, em Turim, para rezar, quando, na porta do templo, teve uma visão de sua mãe que havia falecido anos antes. Travou-se então um diálogo entre mãe e filho.
   Quando Dom Bosco perguntou: "Podeis dizer-me algo das alegrias da outra vida?" Sua mãe respondeu: "Impossível".
   Dom Bosco implorou-lhe: "Ao menos , dai-me uma ideia, por pequena que seja, de vossa felicidade". Então a visão transformou-se: as faces da humilde mulher resplandeceram. Suas roupas adquiriram um brilho maravilhoso. Todo seu aspecto revestiu-se de uma majestade sem igual.  Ao seu derredor um ruflar de asas de legiões de anjos. Entreabre os lábios e deixa escapar um canto melodioso que arrebata o filho que a escuta.
   Dom Bosco permanece ali, fora de si, mudo, absorto. Por fim, dos lábios da mãe saem estas últimas palavras: "Espero-te, porque tu e eu somos inseparáveis".  E a visão desaparece.
   Imaginemos, se for possível, a felicidade que Dom Bosco sentiu com esta simples visão? E trocaria ele esta felicidade por qualquer outra do mundo?!!!

sábado, 4 de junho de 2016

O CÉU - I - 39ª LIÇÃO

- PARA ONDE VAI A PESSOA QUE MORRE SEM PECADO?
- VAI PARA O CÉU.




   Deus é justo. No momento da nossa morte, Jesus Cristo vem para nos pedir contas. Se neste momento tivermos feito tudo o que Deus manda Jesus nos encontra com a graça santificante e nos deixa entrar no céu. Mas, se não temos feito o que Deus mandou, se tivermos cometido pecado mortal, então não temos a graça santificante, e Jesus nos fecha o  céu.
   Há dois caminhos para o céu: o caminho da inocência e o caminho da penitência. O caminho da inocência é o melhor,  o mais belo e o mais fácil. Inocente é aquele que jamais comete pecado mortal. Quem jamais comete pecado mortal vai para o céu.
   Por este caminho da inocência chegaram ao céu Maria Santíssima, São João, São Luiz de Gonzaga, Santa Terezinha do Menino Jesus e muitos outros.
   Quem perdeu o caminho da inocência pelo pecado mortal, pode ainda entrar no céu pelo caminho da penitência. Pelo arrependimento e pela confissão. Pelo caminho da penitência chegaram ao céu São Pedro, Santa Maria Madalena, Santo Agostinho e outros.
   Três homens estavam doentes. Todos três tinham uma grande ferida. Todos três diziam que queriam alcançar a saúde.
   O primeiro doente não quis que se chamasse o médico, nem quis tomar remédio, nem fazer coisa alguma para ficar bom. Este homem dizia que queria ficar bom: mas isto não é querer. Assim muitos dizem que querem ser felizes no céu, mas não querem fazer nada para ganhar o céu. Querem ir para o céu, mas não querem confessar seus pecados, não querem ir à Missa, não querem crer em toda a doutrina da Igreja Católica, nem mesmo se esforçam para aprender o catecismo. Dizem que querem ganhar o céu. Mas isto não é querer. Nenhum destes entra no céu.
   O segundo doente pediu para que lhe chamassem o médico e solicitou-lhe um remédio, mas que não fosse muito amargo. Muito menos consentiu que o médico fizesse uma operação. Isto também não é querer.
   Assim muitos dizem que querem ir para o céu. Fazem alguma coisa para ganhar o céu: dizem-se católicos, não matam, não roubam, pois tudo isto é fácil. Até vão à Missa nos domingos, quando não custa. Qualquer dia alguém os ofende. É preciso perdoar; mas isto custa, isto não querem. Estão casados só civilmente. Ouvem na pregação que isto é pecado mortal. Devem casar-se na Igreja ou separar-se. Mas há uma dificuldade: isto custa. Por isso não querem! Querem ir à Missa, mas alguém zomba da sua roupa. Por isso não vão à Missa! Querem confessar-se, mas ficam zangados com o padre. Por isso não vão mais à confissão. Querem ir ao catecismo, mas não ganharam um santinho. Por isso ficam fora! Infelizmente muitos não ganham o céu, porque não o quiseram com toda força da sua vontade. São como um terreno pedregoso, sem profundidade, sem umidade. Vão bem até certo ponto, mas voltam atrás por causa das dificuldades.
   O terceiro doente mandou chamar o médico e pediu o melhor remédio, embora bem amargo, e, sendo preciso, estava pronto a sofrer uma operação. O médico tomou o bisturi, abriu a ferida, e o homem ficou curado. Isto sim é querer!
   Felizmente há pessoas que assim querem ganhar o céu. Não há Missa na sua igreja que eles não aproveitem. Outros zombam deles. Isso dói um pouco. Mas eles querem ir para o céu e continuam a ir à Missa. Alguém os ofendeu muito. Mas eles são bons para o inimigo, com se este nada lhes tivesse feito. Pois querem ganhar o céu. E quem quer assim, será um dia feliz na glória eterna e muito contente de ter feito tantos sacrifícios para chegar a essa glória.


   EXEMPLO
    Santa Felicidade tinha sete filhos e ensinava-lhes bem a santa religião católica. O governador pagão mandou prendê-los a todos. Santa Felicidade só tinha medo de que algum de seus filhos renegasse a fé. Aquela santa mãe disse: "Meus filhos. olhai para o céu! Ali nos esperam Jesus Cristo e seus santos. Combatei pela salvação de vossas almas. Permanecei fiéis ao amor de Jesus Cristo".
   Santa Felicidade viu morrer seus filhos, um depois do outro, e sofreu muito. Mas o sofrimento durou pouco e a alegria é eterna. Depois dos filhos mataram também a mãe, e agora Santa Felicidade já está no céu há muitos séculos, feliz com seus filhos.