- PARA ONDE VAI A PESSOA QUE MORRE SEM PECADO?
Deus é justo. No momento da nossa morte, Jesus Cristo vem para nos pedir contas. Se neste momento tivermos feito tudo o que Deus manda Jesus nos encontra com a graça santificante e nos deixa entrar no céu. Mas, se não temos feito o que Deus mandou, se tivermos cometido pecado mortal, então não temos a graça santificante, e Jesus nos fecha o céu.
Há dois caminhos para o céu: o caminho da inocência e o caminho da penitência. O caminho da inocência é o melhor, o mais belo e o mais fácil. Inocente é aquele que jamais comete pecado mortal. Quem jamais comete pecado mortal vai para o céu.
Por este caminho da inocência chegaram ao céu Maria Santíssima, São João, São Luiz de Gonzaga, Santa Terezinha do Menino Jesus e muitos outros.
Quem perdeu o caminho da inocência pelo pecado mortal, pode ainda entrar no céu pelo caminho da penitência. Pelo arrependimento e pela confissão. Pelo caminho da penitência chegaram ao céu São Pedro, Santa Maria Madalena, Santo Agostinho e outros.
Três homens estavam doentes. Todos três tinham uma grande ferida. Todos três diziam que queriam alcançar a saúde.
O primeiro doente não quis que se chamasse o médico, nem quis tomar remédio, nem fazer coisa alguma para ficar bom. Este homem dizia que queria ficar bom: mas isto não é querer. Assim muitos dizem que querem ser felizes no céu, mas não querem fazer nada para ganhar o céu. Querem ir para o céu, mas não querem confessar seus pecados, não querem ir à Missa, não querem crer em toda a doutrina da Igreja Católica, nem mesmo se esforçam para aprender o catecismo. Dizem que querem ganhar o céu. Mas isto não é querer. Nenhum destes entra no céu.
O segundo doente pediu para que lhe chamassem o médico e solicitou-lhe um remédio, mas que não fosse muito amargo. Muito menos consentiu que o médico fizesse uma operação. Isto também não é querer.
Assim muitos dizem que querem ir para o céu. Fazem alguma coisa para ganhar o céu: dizem-se católicos, não matam, não roubam, pois tudo isto é fácil. Até vão à Missa nos domingos, quando não custa. Qualquer dia alguém os ofende. É preciso perdoar; mas isto custa, isto não querem. Estão casados só civilmente. Ouvem na pregação que isto é pecado mortal. Devem casar-se na Igreja ou separar-se. Mas há uma dificuldade: isto custa. Por isso não querem! Querem ir à Missa, mas alguém zomba da sua roupa. Por isso não vão à Missa! Querem confessar-se, mas ficam zangados com o padre. Por isso não vão mais à confissão. Querem ir ao catecismo, mas não ganharam um santinho. Por isso ficam fora! Infelizmente muitos não ganham o céu, porque não o quiseram com toda força da sua vontade. São como um terreno pedregoso, sem profundidade, sem umidade. Vão bem até certo ponto, mas voltam atrás por causa das dificuldades.
O terceiro doente mandou chamar o médico e pediu o melhor remédio, embora bem amargo, e, sendo preciso, estava pronto a sofrer uma operação. O médico tomou o bisturi, abriu a ferida, e o homem ficou curado. Isto sim é querer!
Felizmente há pessoas que assim querem ganhar o céu. Não há Missa na sua igreja que eles não aproveitem. Outros zombam deles. Isso dói um pouco. Mas eles querem ir para o céu e continuam a ir à Missa. Alguém os ofendeu muito. Mas eles são bons para o inimigo, com se este nada lhes tivesse feito. Pois querem ganhar o céu. E quem quer assim, será um dia feliz na glória eterna e muito contente de ter feito tantos sacrifícios para chegar a essa glória.
EXEMPLO
Santa Felicidade tinha sete filhos e ensinava-lhes bem a santa religião católica. O governador pagão mandou prendê-los a todos. Santa Felicidade só tinha medo de que algum de seus filhos renegasse a fé. Aquela santa mãe disse: "Meus filhos. olhai para o céu! Ali nos esperam Jesus Cristo e seus santos. Combatei pela salvação de vossas almas. Permanecei fiéis ao amor de Jesus Cristo".
Santa Felicidade viu morrer seus filhos, um depois do outro, e sofreu muito. Mas o sofrimento durou pouco e a alegria é eterna. Depois dos filhos mataram também a mãe, e agora Santa Felicidade já está no céu há muitos séculos, feliz com seus filhos.
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