- QUE É PRECISO PARA SE FAZER UMA BOA CONFISSÃO?
- PARA SE FAZER UMA BOA CONFISSÃO, SÃO NECESSÁRIAS CINCO COISAS:
1º - PENSAR PARA LEMBRAR OS PECADOS. É o exame de consciência.
2º - ARREPENDER-SE DE TER OFENDIDO A NOSSO SENHOR. É a dor da alma, a detestação dos pecados.
3º - PROMETER NÃO PECAR MAIS. É o propósito firme e sincero.
4º - DEPOIS CONTAR DIREITINHO OS PECADOS AO PADRE. É a confissão dos pecados.
5º - REZAR AS ORAÇÕES QUE O PADRE MANDAR. É cumprir a penitência.
Jesus contou a seguinte parábola, para nos ensinar como devemos estar arrependidos dos nossos pecados e assim receber o perdão na Confissão.
Um pai tinha dois filhos. O filho mais moço disse a seu pai: "Pai, dai-me a minha parte da herança." O pai deu-lhe a parte que lhe pertencia. Poucos dias depois, aquele filho ingrato deixou a casa de seu pai e foi-se com seu dinheiro para um país estrangeiro. Ali vivia no luxo e em maus costumes e não se importava mais com o pai. Mas, quando tinha gasto tudo, começou uma fome naquela terra e ele principiou a passar necessidades. Fez-se criado dum fazendeiro e este o mandou guardar os porcos. E este filho de boa família quis comer a comida dos porcos; mas nem esta lhe davam. Enfim, começou a compreender a miserável condição em que se achava e pensou assim consigo: Quantos criados em casa de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui morro de fome... Levantar-me-ei e irei para meu pai e lhe direi: Meu pai, pequei contra o céu e contra vós, já não sou digno de ser chamado vosso filho: aceitai-me como um dos vossos criados. Levantou-se e partiu para a casa de seu pai. quando ainda estava longe, o pai o reconheceu, ficou tomado de compaixão, foi ao encontro dele, abraçou-o e o beijou. E o filho lhe disse: "Meu pai, pequei contra o céu e contra vós, já não sou digno de ser chamado vosso filho..." Então o pai mandou aos criados que lhe dessem roupa nova e preparassem um banquete.
O pai, de que Jesus fala, é Deus. O filho é o pecador. Quem comete pecado mortal afasta-se do Pai do céu, que tudo lhe deu, e procura sua felicidade longe de seu Deus. O pecador deve imitar a conversão do filho pródigo e voltar para a casa paterna, que é a amizade de Deus.
Na atitude do filho pródigo vemos exemplificados os atos necessários para uma boa confissão.
1º - Ele, quando estava sozinho, na miserável condição de guardador de porcos, começou a refletir sobre a sua vida em casa e no estrangeiro. Quem quer fazer confissão bem feita deve examinar-se sobre os pecados cometidos. Antes da Confissão, ajoelhemo-nos na igreja e pedimos que Deus nos ajude a achar os nossos pecados. Para isto serve a oração antes da Confissão, que está no catecismo. Depois procuramos lembrar-nos dos pecados que cometemos depois da última Confissão. Quem sabe ler acha no catecismo ou num livro de piedade um exame de consciência. Quem não sabe ler passa na lembrança os dez mandamentos e os pecados contra cada um deles. Ou então, lembre-se dos lugares onde esteve, lembre-se das pessoas com quem esteve, como as tratou, como delas tem pensado e falado; lembre-se das suas más inclinações, como as tem vencido. Mas ninguém entrando na igreja, corra direto ao confessionário sem pensar e sem se lembrar dos pecados.
2º - O filho pródigo arrependeu-se de sua vida pecaminosa. O pecador deve também arrepender-se de seus pecados. O arrependimento é uma dor da alma e um ódio dos pecados cometidos. Quem se confessa sem arrependimento, não recebe perdão dos seus pecados, ainda que os confesse todos.
3º - O filho pródigo fez o firme próposito de mudar de vida: "Levantar-me-ei e irei para meu pai". O penitente deve também esforçar-se par emendar sua vida. O propósito é a vontade séria de não pecar mais. Se alguém tem vontade séria de não cometer mais alguns dos seus pecados mortais, porém quer cometer outros, nenhum pecado está perdoado.
4º - O filho pródigo confessou suas culpas: "Pai, pequei contra o céu e contra vós." O penitente também deve confessar seus pecados ao confessor. Devemos declarar ao menos todos os pecados mortais e quantas vezes os cometemos. A boa confissão é humilde, sincera e completa.
5º - O filho pródigo queria fazer-se criado para satisfazer assim a seu pai e reparar a falta cometida: "Aceitai-me como um dos vossos criados." O penitente deve igualmente dar a devida satisfação, cumprindo a penitência imposta pelo confessor.
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