SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

domingo, 27 de maio de 2018

O MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE



Evangelho de S. Mateus  XXVIII, 18-20

"Disse Jesus a seus discípulos: Todo poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todos os povos, e batizai-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos".


Dizendo Jesus: "Batizai-os EM NOME (e não no plural, NOS NOMES) estar a indicar 1 SÓ DEUS; ao dizer: DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO, estar afirmando claramente que são 3 Pessoas distintas. Mas estas três Pessoas divinas são iguais, ou seja, têm a mesma natureza, o mesmo poder, a mesma sabedoria. O "e" entre elas indica a distinção. São distintas (isto é, uma não é a outra);  o Pai é a primeira Pessoa, o Filho é a segunda Pessoa; o Espírito Santo é a Terceira Pessoa. Pois, o Pai tem a Paternidade, o Filho tem a Filiação; o Espírito Santo tem a Procedência do Pai e do Filho.  E estas três Pessoas são igualmente eternas: Desde toda a eternidade o Pai gera o Filho por via de inteligência, e, deste toda eternidade o Pai e o Filho se amam e deste amor procede o Espírito Santo. Deus é o único Ser que existe por si mesmo e É eterno, isto é, não teve princípio e nem terá fim; é o único ser que deve ser adorado (culto de LATRIA). 

"A festa de hoje leva-nos a louvar e a engrandecer a Santíssima Trindade, não só pelas imensas misericórdias que tem concedido aos homens, mas também e sobretudo em Si mesma e por Si mesma. Pelo Seu Ser supremo que jamais teve princípio e jamais terá fim; pelas Suas perfeições infinitas, pela Sua majestade, beleza e bondade essenciais; pela sublime fecundidade de vida, pela qual o Pai incessantemente gera o Filho e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo (todavia o Pai não é anterior nem superior ao Verbo, nem o Pai e o Verbo são anteriores ou superiores ao Espírito Santo, mas as três Pessoas divinas  são coeternas e iguais entre Si); pela Divindade e por todas as perfeições e atributos divinos que são únicos e idênticos no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O que pode dizer e compreender o homem em face de um tão sublime mistério? Nada! No entanto, aquilo que sabemos é certo, porque o mesmo Filho de Deus 'o Unigênito que está no seio do Pai, Ele mesmo é que o deu a conhecer' (Jo. 1, 18); mas o mistério é tão sublime e superior à nossa compreensão que não podemos senão inclinar a cabeça e adorar em silêncio'. 'Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus; quão incompreensíveis são os Seus juízos e imperscrutáveis os Seus caminhos!', exclama São Paulo na Epístola do dia (Rom. 11, 33-36), ele que 'tendo sido arrebatado ao terceiro céu' não soube nem pôde dizer outra coisa senão que ouviu 'palavras inefáveis que não é lícito a um homem proferir' (II Cor. 12, 2-4). Em presença do altíssimo mistério da Trindade, sente-se realmente que o mais belo louvor é o silêncio da alma que adora, reconhecendo-se incapaz de exprimir um louvor adequado à Majestade divina" (P. Gabriel de Sta M. Madalena, L. INTIMIDADE DIVINA).

 Há pagãos que pensam haver mais que um Deus. Adoram pedras, animais, ou os reis do país, como se fossem deuses. Assim, no tempo do profeta Daniel, o rei orgulhoso mandou que ninguém adorasse a outro Deus senão a ele mesmo. Daniel não quis adorar o rei, mas só o único e verdadeiro Deus, Criador do céu e da terra. O rei, então, mandou lançá-lo numa cova  profunda, onde havia leões. No outro dia o rei foi à cova e viu Daniel sossegado no meio dos leões. Imediatamente mandou que tirassem Daniel da cova e que todos adorassem o grande Deus, que tinha livrado Daniel das garras dos leões. O rei compreendeu o milagre e acreditou que HÁ UM SÓ DEUS. Pois Daniel quis adorar a um Deus só, e Deus o livrou dos leões para nos ensinar que há um só Deus.

   Há também pagãos que dizem que não há Deus nenhum. Dizem isto ou porque são maus ou porque nunca foram ao catecismo, e seus pais não lhes ensinaram a Religião. Um destes infelizes foi uma vez à casa de um grande sábio, chamado Atanásio. Atanásio tinha mandado fazer um lindo globo, com o mapa do mundo, onde se viam desenhados os mares, as terras, os rios e as cidades. O pagão perguntou quem tinha feito aquele globo tão bonito. O sábio Atanásio respondeu, sorrindo: "Ninguém fez este globo; este globo fez-se a si mesmo." O pagão não acreditou. Então o sábio disse: "O senhor tem razão em não acreditar. Pois, é impossível que este globo se tenha feito a si mesmo. Mas, como o senhor, então, pode pensar que este grande mundo veio assim por si mesmo, sem ser feito por um DEUS sábio e poderoso?" O pagão pensou algum tempo e começou a crer em DEUS.

Embora ímpio, eis o que disse com palavras semelhantes, Voltaire: "Como pode haver um relógio marcando exatamente as horas, os minutos e os segundos, e não haver alguém que o tenha feito?". O UNIVERSO é um relógio maravilhoso e imenso!!! Olhemos só o Sol. Se você penetra numa mata  e lá vê uma vela acesa, logo, mesmo sem ver ninguém, você conclui, alguém esteve aqui e acendeu esta vela. Quem acendeu e colocou nos espaços infindos o Sol diante do qual o Terra é um pontinho?! Quem terá criado estes milhões de estrelas que só agora depois de tantos séculos a ciência (NASA) está conseguindo ver?
  
"Ninguém jamais viu a Deus; o Unigênito que está no seio do Pai, ele mesmo é que o deu a conhecer" (S. João I, 18). Nada mais racional que sujeitarmos a nossa pequenina inteligência à fé, porque temos o testemunho do Filho Unigênito. Não podemos desejar mais para crer no maior mistério de nossa fé, no que há de mais inacessível ao entendimento humano. Devemos, sim, alegrarmo-nos de sacrificar a Deus a nossa razão, e de Lhe dizer: Creio, Senhor, tudo o que revelastes a respeito deste profundo mistério. Minha razão por si mesma se sente inteiramente impotente, mas sacrifico-a à Vossa glória. Sinto prazer em reconhecer a minha ignorância, para honrar a vossa suprema sabedoria, e digo com Jó: "Deus é grande e ultrapassa toda nossa ciência" (Jó XXXVI, 26).
"Perscrutar este mistério seria da minha parte uma temeridade; admiti-lo, confiando na vossa palavra, é um efeito da minha piedade; conhecê-lo plenamente, vê-lo às claras, será a minha eterna felicidade" (S. Bernardo). Caríssimos, devemos estar dispostos a dar a vida pela fé neste mistério. Assim como são três pessoas no Céu, o Pai, o Verbo e o Espírito Santo, assim também, aqui na terra, devemos desejar dar à Santíssima Trindade os três testemunhos: da minha fé, das minhas obras e do meu sangue.

Este mistério, que exige tanto sacrifício da parte do entendimento, na verdade, enche de consolações o coração. Encontramos nele as nossas delícias. Isto porque na Santíssima Trindade encontramos todos os benefícios divinos em seu princípio: a Criação, a Encarnação, a Igreja, os sacramentos, todos os favores pessoais que recebemos. Como não vibrar o coração de amor e de júbilo ao meditar nestas palavras divinas: "Eu amei-te [diz o Senhor] com amor eterno, por isso, compadecido de ti, te atraí a Mim" (Jeremias XXXI, 3). Não é pois sem razão, que a Igreja, na festa deste dia, primeiro domingo após o Pentecostes, nos conduz à fonte cujos arroios nos mostrou nas diferentes festas do ano; descobre-nos esse imenso mar, donde derivam todas as bênçãos que se derramam sobre nós. Quer que sejamos gratos a esta adorável Trindade, que achando em si toda a felicidade, cuida eternamente da nossa. Desde a criação do mundo que o Pai nos escolheu para seus filhos, o Filho para seus irmãos e o Espírito Santo para mostrar em nós as riquezas da sua graça: "A fim de mostrar aos séculos futuros as abundantes riquezas da sua graça, por meio da sua bondade para conosco em Jesus Cristo" (Efésios II, 7).

É por isso, caríssimos que a Santa Madre Igreja nos recorda continuamente a Santíssima Trindade. No começo, no decurso e no fim de seus ofícios, nas preces que faz,  nos sacramentos que administra, não cessa de exprimir a sua crença no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Não canta um Salmo, um hino sem os concluir glorificando a adorável  Trindade. A Igreja quer que seus ministros repitam muitas vezes no dia: "Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto".

Caríssimos, duas coisas adoramos neste mistério: a unidade de natureza, e a trindade de pessoas. Quem é espiritual esforça-se por imitar uma e outra: a unidade pela união, amando sinceramente todos os homens, a trindade pela comunicação, fazendo-lhes todo o bem que puder. S. Paulo desejava ver esta união em todos os cristãos: "Com toda humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros por caridade, solícitos em conservar a unidade do espírito pelo vínculo da paz" (Efésios IV, 2 e 3).

Assim como em Deus a Trindade só subsiste por inefáveis comunicações, derramando o Pai todos os tesouros da sua essência no seio de seu Filho, dando o Pai e o Filho ao Espírito Santo toda a sua divindade; assim também devemos tornar perfeita a nossa união, fecundando-a com as obras de caridade. Ouçamos o Salvador: "Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso" (S. Lucas VI, 36).

Deus é o Ser infinitamente amável, infinitamente amante, infinitamente amado. Deus é o Ser infinitamente feliz: "Ó meu Deus, Pai sem princípio, Filho unigênito do Pai, Espírito Consolador, Trindade santa e uma, com todo o fervor de nosso coração, com toda a força de nossa voz, nós vos confessamos, nós vos louvamos, nós vos bendizemos: glória a Vós em todos os séculos". Amém! (Ofício da SS. Trindade).                                                                        

SANTÍSSIMA TRINDADE - 8ª LIÇÃO

C -    COMO SE CHAMA O MISTÉRIO DE UM DEUS EM TRÊS PESSOAS?
CHAMA- SE MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE.

   O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO NÃO SÃO TRÊS DEUSES; MAS UM SÓ E MESMO DEUS. NÃO SÃO três deuses, mas são três pessoas distintas num só Deus.
   Jesus estava com os Apóstolos na última ceia. E Felipe pediu: "Senhor, mostra-nos o Pai, e ficaremos contentes." Jesus respondeu: "Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis? Felipe, quem me vê, vê também a meu Pai. Eu estou no Pai e o Pai está em mim."
   Jesus quer dizer que o Pai e o Filho são um e o mesmo Deus. Quem vê o Filho vê a Deus, este mesmo Deus, que é também o Pai.
   Depois, em palavras mais difíceis, disse Jesus o mesmo do Espírito Santo. Jesus nos ensinou que o Pai e o Espírito Santo são um e mesmo Deus.
   O Pai Eterno não recebeu a natureza divina de ninguém. O Pai Eterno, desde toda a eternidade, tem de si mesmo a natureza divina. O Pai Eterno dá a sua própria natureza ao Filho. O Pai dá ao Filho a sua sabedoria, o seu poder, a sua santidade e tudo quanto Deus é. O Pai não dá outro poder, dá o seu próprio poder e todas as suas boas qualidades. O Pai dá ao Filho a sua natureza divina. Mas o Pai Eterno fica também com a mesma natureza divina. Por isso dizemos: o Pai comunica a sua natureza divina ao Filho. O Pai gera o Filho desde toda eternidade.
   O Pai é sábio. O Filho é sábio. O Espirito Santo é sábio. Mas há uma só sabedoria, que é das três Pessoas.
   O Pai é santo. O Filho é santo. O Espírito Santo é santo. Mas há uma só infinita santidade, que é do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
   O Pai é todo-poderoso. O Filho é todo-poderoso. O Espírito Santo é todo-poderoso. Mas há um só infinito poder, que é do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
   Assim há uma só infinita bondade. Por esta bondade o Pai é bondoso, o Filho é bondoso, e o Espírito Santo é bondoso.
   Há uma só infinita justiça. Por esta justiça o Pai é justo, o Filho é justo, o Espírito Santo é justo. Há uma só natureza divina, uma só divindade. Por esta divindade o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus.

   Há uma pedra preciosa que brilha em três cores diferentes. De um lado se vê uma cor, do outro lado outra cor, do terceiro lado mais outra cor. Mas a pedra é uma só. Assim em Deus há três pessoas distintas, porém um só Deus. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são um e mesmo Deus. É claro que toda comparação não bate em todos os pontos, mas serve para ajudar a gente entender. Assim também a gente compara a Santíssima Trindade a um triângulo de três lados iguais. São três lados iguais, mas formam uma só figura: o triângulo. Por isso, no quadro catequético, a Santíssima Trindade está dentro de um triângulo.
   Outra comparação: O sol é fogo, é luz , é calor. Mas é um sol só.    Esta doutrina de um Deus em três pessoas, chama-se o mistério da Santíssima Trindade. A palavra TRINDADE vem de três.

RESUMINDO: DEUS É   UNO    PORQUE É UMA NATUREZA SÓ .
                         DEUS É TRINO  PORQUE SÃO TRÊS PESSOAS

SANTÍSSIMA TRINDADE - 7ª LIÇÃO

 B -      QUANTAS PESSOAS HÁ EM DEUS?
EM DEUS HÁ TRÊS PESSOAS: PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO.

   Quem nos ensinou que há três pessoas divinas foi o próprio Deus. Vamos aprender como DEUS ensinou isto.
   Quando Jesus tinha trinta anos, saiu da casa de sua Mãe, Maria, e foi para o rio Jordão. São João Batista estava batizando ali, e Jesus aproximou-se dele para ser batizado. Neste momento abriu-se o céu, e o Espírito Santo desceu sobre Jesus e o PAI eterno falou do céu: "ESTE É MEU FILHO AMADO, OUVI-O!
   Aqui vemos bem claro que HÁ TRÊS PESSOAS EM DEUS: o PAI eterno fala do céu; e o Espírito Santo desceu do céu sobre Jesus. Aí temos as TRÊS PESSOAS. O PAI é a PRIMEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE. O FILHO é OUTRA PESSOA. O FILHO não é o PAI. O PAI não é o FILHO; pois o PAI disse: "Este é meu FILHO amado." O FILHO é a SEGUNDA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE. O ESPÍRITO SANTO é a OUTRA PESSOA. Ele não é o PAI, nem é o FILHO. O ESPÍRITO SANTO é a TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE.
   Todas estas três pessoas são DEUS. O PAI é DEUS. Jesus disse muitas vezes que seu Pai do céu é Deus. Nosso Senhor Jesus Cristo disse muitas vezes que ELE MESMO é DEUS. Jesus disse que sabe tudo o que o PAI sabe, que faz tudo o que o Pai faz. Jesus disse: "Quem me vê, também vê o Pai." Portanto, o FILHO é DEUS. Jesus disse também que o ESPÍRITO SANTO É DEUS.
   Há pessoas que querem saber tudo melhor. Não crêem em tudo o que Deus ensina pela Santa Igreja Católica. Elas querem saber mais que os padres. Os padres são enviados por Deus para ensinar a Religião. Estas pessoas falam contra o ensino do sacerdote. Elas deveriam pensar um pouco no MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE e perguntar-se a si mesmas: Como é que três pessoas podem ser UM Deus? Então compreenderiam que não sabem bastante para fazer uma religião, e que devem aprender com docilidade o que Jesus Cristo nos ensina por seus ministros , os sacerdotes.
   Nossa inteligência é muito pequena e por isso não compreendemos os mistérios de Deus. Jesus vê a Deus e Jesus nos revela os mistérios e no-los ensina pela Igreja Católica. Dela devemos aprender.

EXEMPLO
   Santo Agostinho era um bispo muito sábio. Certo dia, Santo Agostinho tinha estudado o mistério da Santíssima Trindade. Já cansado, foi passear à beira-mar. Sempre ia pensando: "Como é que três pessoas podem ser um Deus? Continuando a passear, o Santo viu um menino. O pequeno tinha feito na praia um buraquinho, e com uma concha ia carregando água do mar para este buraquinho. O bispo olhou para o menino e perguntou: "Menino, que estás fazendo aí?" O menino respondeu: "Eu vou trazer todo o mar para dentro deste buraquinho." Santo Agostinho sorriu e disse: "Ora, menino, este grande mar não cabe aí." A criança respondeu: "Assim também o mistério da Santíssima Trindade não cabe na vossa pequena cabeça." E o menino desapareceu. Era um anjo que Deus enviara para instruir Santo Agostinho.
   De fato, Santo Agostinho entendeu que ninguém pode compreender o grande mistério de UM DEUS EM TRÊS PESSOAS. Devemos CRER, mas não podemos COMPREENDER.

QUANTAS PESSOAS HÁ EM DEUS?
EM DEUS HÁ TRÊS PESSOAS:
PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO.

SANTÍSSIMA TRINDADE - 6ª LIÇÃO

   A - HÁ UM SÓ DEUS E NÃO PODE HAVER MAIS DO QUE UM.

   Na montanha do SINAI, Deus deu os dez mandamentos. Deus começou assim: "Eu sou o teu Deus, não terás outros deuses além de MIM."

   Há pagãos que pensam haver mais que um Deus. Adoram pedras, animais, ou os reis do país, como se fossem deuses. Assim, no tempo do profeta Daniel, o rei orgulhoso mandou que ninguém adorasse a outro Deus senão a ele mesmo. Daniel não quis adorar o rei, mas só o único e verdadeiro Deus, Criador do céu e da terra. O rei, então, mandou lançá-lo numa cova  profunda, onde havia leões. No outro dia o rei foi à cova e viu Daniel sossegado no meio dos leões. Imediatamente mandou que tirassem Daniel da cova e que todos adorassem o grande Deus, que tinha livrado Daniel das garras dos leões. O rei compreendeu o milagre e acreditou que HÁ UM SÓ DEUS. Pois Daniel quis adorar a um Deus só, e Deus o livrou dos leões para nos ensinar que há um só Deus.

   Há também pagãos que dizem que não há Deus nenhum. Dizem isto ou porque são maus ou porque nunca foram ao catecismo, e seus pais não lhes ensinaram a Religião. Um destes infelizes foi uma vez à casa de um grande sábio, chamado Atanásio. Atanásio tinha mandado fazer um lindo globo, com o mapa do mundo, onde se viam desenhados os mares, as terras, os rios e as cidades. O pagão perguntou quem tinha feito aquele globo tão bonito. O sábio Atanásio respondeu, sorrindo: "Ninguém fez este globo; este globo fez-se a si mesmo." O pagão não acreditou. Então o sábio disse: "O senhor tem razão em não acreditar. Pois, é impossível que este globo se tenha feito a si mesmo. Mas, como o senhor, então, pode pensar que este grande mundo veio assim por si mesmo, sem ser feito por um DEUS sábio e poderoso?" O pagão pensou algum tempo e começou a crer em DEUS.
  
   O nosso primeiro dever é CRER EM UM SÓ DEUS.

   Vemos as obras de Deus e por elas sabemos que alguém fez tudo isto. Quem vê um relógio, sabe que algum relojoeiro o fez. Nunca viu um tal relojoeiro, mas sabe que existe. O mundo é obra mais perfeita que um relógio. Quem vê o mundo, sabe que alguém fez este mundo. Não vê o CRIADOR  do mundo, mas sabe que existe. Há um só Deus.
   Algumas pessoas dizem que creem em Deus, mas agem sempre como se não houvesse Deus. Quase nunca pensam em Deus, não rezam, quase nunca vão à igreja, e até na igreja não se ajoelham, não adoram a Deus. Conversam na igreja. Mandam seus filhos a escolas sem Deus, onde não se ensina a Religião.

   Num lugar onde há uma escola verdadeiramente católica, os pais são obrigados a mandar os seus filhos a essa escola. O governo não tem direito de expulsar Deus das escolas. Isto é fazer como se não houvesse Deus. A maior parte dos criminosos saiu das escolas sem Deus. Quando o governo expulsa Deus das escolas, o povo deve sustentar escolas católicas, em que Deus seja repeitado. Os governos que fazem leis contra a LEI DE DEUS, atraem castigos sobre o país. Devemos rezar pelos nossos governantes para que não façam isto.

   Agradeçamos a Deus que não nos fez nascer de pais pagãos. Somos cristãos, pela graça de Deus, e sabemos que há um só Deus. Devemos também viver como cristãos, e não como pagãos. Procuremos conhecer cada vez melhor, respeitar e obedecer ao ÚNICO E VERDADEIRO DEUS.

QUANTOS deuses HÁ?
UM SÓ DEUS E NÃO PODE HAVER MAIS DO QUE UM.

      

SANTÍSSIMA TRINDADE - QUADRO CATEQUÉTICO COM EXPLICAÇÃO



    Neste quadro a SANTÍSSIMA TRINDADE é representada no centro por um grande triângulo no qual vemos Deus Pai sobre o globo do mundo, e sustentando os braços da cruz na qual está pregado Seu Filho Jesus. O Espírito Santo, sob o forma de uma pomba, brilha entre o Pai e o Filho para significar que procede do Pai e do Filho. No alto do quadro, à esquerda, vemos Jesus dando a seus apóstolos, antes de subir ao céu, a missão de ensinar a todos os povos e de os batizar em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. À direita, vemos o batismo de Jesus Cristo no qual as três pessoas divinas são manifestadas. Em baixo do quadro à esquerda, vemos Abraão recebendo a visita de três anjos. Abraão estava diante de três anjos e, no entanto, saúda um só: "Senhor, diz ele, se encontrei graça diante de vossos olhos, não passeis adiante da casa de vosso servo." E falando assim, Abraão honrava nos três anjos um só Deus em três pessoas. Em baixo à direita, vemos Santo Agostinho e o menino. Isto está explicado no exemplo dado no fim da 7ª LIÇÃO.

quarta-feira, 9 de maio de 2018

PAIXÕES E MAUS HÁBITOS


"O ímpio, depois de ter caído no abismo dos pecados, tudo despreza" (Provérbios XVIII, 3).

Nada mais perigoso na luta pela salvação eterna do que a nossa propensão ao pecado. Basta pensarmos nestas palavras do Espírito Santo pela boca do Apóstolo São Paulo: "Vejo nos meus membros outra lei que se opõe à lei do meu espírito, e que me faz escravo da lei do pecado, que está nos meus membros. Infeliz de mim! quem me livrará deste corpo de morte? somente a graça de Deus por Jesus Cristo nosso Senhor" (Rom. VII, 23 e 24). "Mas pela graça de Deus sou o que sou, e a sua graça, que está em mim, não foi vã. (1 Cor. XV, 10). É a terrível concupiscência, consequência do pecado original. Este é tirado da alma pelo santo Batismo, mas a concupiscência permanece, para termos campo de luta, pela qual devemos merecer o céu. O Apóstolo diz tudo: temos dentro de nós mesmos esta lei do pecado e é pela graça de Jesus Cristo que podemos vencê-la, mas é necessário que correspondamos a esta graça para que ela não fique estéril em nossa vida.

Caríssimos, justamente por não corresponder à graça de Deus, é que pode acontecer de o pecador adquirir uma atração para mal ainda maior, que é o hábito do pecado. Não correspondendo à graça, o pecador é levado pelas suas paixões, que além  de si mesmas já serem muito fortes, tornam-se dominantes pelo hábito dos pecados provocados por elas. E pior ainda, estas paixões podem se tornar verdadeiros ÍDOLOS.

Caríssimos, é evidente, que quem luta generosamente, pondo em Deus toda a esperança, alcança infalivelmente o triunfo. A luta poderá prolongar-se, tornar-se renhida, mas acabará por uma vitória. Quem cede, porém, sem se incomodar, aquele cuja vida é assinalada por capitulações contínuas, será finalmente derrotado e cairá na escravidão do pecado e de suas paixões. E, longe de gemer sob este terrível jugo, aceita-o, ama-o, e se recusa a fazer esforços para dele se libertar. Oh! estado terrível da alma que se torna assim escrava dos sentidos, prostrando-se até diante das criaturas e alienando sua liberdade para deixar o vício dominar-lhe o coração como senhor absoluto! É portanto, um idólatra. Dando o exemplo do vício capital da gula diz São Paulo: "Falo com lágrimas, muitos procedem como inimigos da cruz de Cristo: o fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre; e fazem consistir a sua glória na sua própria confusão, gostando somente das coisas terrenas" (Filipenses III, 18 e 19).

Os homens não adoram mais, é verdade, ídolos de madeira ou metal; não dobram os joelhos para adorar imagens inanimadas como se elas fossem deuses ou deusas. Os homens haviam de corar de tal loucura. Mas será menor a culpa de quem se entrega às paixões? Na verdade, quem se abandona ao pecado mortal, rejeita a soberania de Deus e adora a sua paixão. Deus Nosso Senhor não pode assim reinar em corações que prestam homenagem e adoração a falsas divindades.

Quando começamos a ceder a uma tendência culpável, somos inclinados a iludir-nos; julgamo-nos ainda livres. O demônio pode até fazer a pessoa se orgulhar como se estivesse dando provas de energia. E aí esta pobre alma por fim, não conseguirá mais resistir. É escrava do pecado e este é o seu deus! Coisa terrível!!! Quando uma melodia suave nos encanta os ouvidos, (estou ouvindo uma destas) estes sentimentos nos impressionam fortemente e caímos em uma espécie de êxtase, que nos faz esquecer todos os seres, que deixam, por assim dizer, de existir para nós (estava digitando sem pensar no que escrevia, tal o atrativo da música, e aí desliguei-a). Assim, caríssimos, também a alma que, atraída por um objeto criado, que lhe parece fascinante, não se obriga a afastá-lo, será seduzida sem demora e perderá a noção de tudo; sua vida então se concentrará na contemplação do objeto que lhe prende os pensamentos, como se fosse para ela o único necessário. Tal é o estado da alma idólatra. O que as almas santas sentem por Deus e pelas coisas de Deus, a alma idólatra sente pelas criaturas às quais se apegou como se fosse o seu fim último.

E Deus não castigará esta idolatria de muitos cristãos ou que se dizem tais? Claro que sim! Ouçamos o que diz Santo Afonso Maria de Ligório: "É difícil que tais pecadores se salvem, porque os maus hábitos cegam o espírito, endurecem o coração e ocasionam provavelmente a obstinação completa na hora da morte.

Primeiramente, o mau hábito nos CEGA. Qual o motivo que faziam os Santos implorar incessantemente a luz divina, temendo converter-se nos pecadores mais abomináveis do mundo? É porque sabiam que, se chegassem a perder a luz divina, poderiam cometer culpas horrendas. E como se explica que tantos cristãos vivem obstinadamente em pecados, até que irremediavelmente se condenam? Porque o pecado os cega, e por isso se perdem: "Assim pensaram, mas enganaram-se, porque a sua malícia os cegou" (Sabedoria II, 23). "O costume de pecar não deixa o pecador reconhecer o mal que pratica" diz Santo Agostinho.

Além disso, os maus hábitos ENDURECEM O CORAÇÃO, permitindo-o Deus justamente em castigo da resistência que se opõe a seu convites. Pode haver castigo maior?!... São Paulo diz que Nosso Senhor "tem misericórdia de quem quer, e endurece a quem quer" (Rom. IX, 18). Santo Agostinho explica este texto, dizendo que Deus não endurece de um modo imediato o coração daquele que peca habitualmente, mas que o priva da graça em castigo da ingratidão e obstinação com que repeliu a que antes lhe havia concedido; e em tal estado o coração do pecador se endurece como se fosse de pedra: "O seu coração é duro como a pedra, e apertado com a bigorna do ferreiro" (Jó XLI, 15).

Teme, pois, meu irmão caríssimo, que não te suceda esta desgraça. Se tens algum mau hábito, procura libertar-te agora que Deus te chama. Enquanto sentes remorso na consciência, regozija-te, porque é indício de que Deus ainda não te abandonou. Mas você pode garantir-te que Deus está longe de o fazer? Urge, pois, corrigir-te e sair o mais breve possível desse estado, doutra maneira gangrenar-se-á a ferida e te verás perdido. Eis o que é mais terrível! O que explicarei a seguir:

Os maus hábitos ocasionam provavelmente a obstinação completa na hora da morte. Só escrevo baseado que estou na incontestável autoridade de um Santo Afonso Maria de Ligório. Ouçamo-lo: "Privado da luz que nos guia e endurecido o coração, que admira que o pecador tenha mau fim e morra obstinado em suas culpas? "O coração duro será oprimido de males no fim; e aquele que ama o perigo perecerá nele" (Eclesiástico III, 27). Os justos andam sempre pelo caminho reto. "A senda do justo é direita" (Isaías XXVI, 7). Ao contrário, aqueles que pecam habitualmente caminham sempre em linhas tortuosas. Se deixam o pecado por algum tempo, voltam de novo a ele; pelo que São Bernardo os ameaça com a condenação no sermão sobre o Salmo 90. Talvez algum deles queira emendar-se antes que lhe chegue a morte. Mas é precisamente nisto que está a dificuldade: o pecador por hábito, ainda que chegue à velhice, não se emenda. "O homem, segundo o caminho que tomou sendo jovem, não se afastará dele, mesmo quando velho" (Provérbios XXII, 6). "Se um etíope pode mudar a sua pele, ou um leopardo as suas malhas, poderás vós também fazer o bem, vós que não aprendestes senão fazer o mal?" (Jeremias XIII, 23). "Bem-aventurado o homem que está sempre com temor; mas o de coração duro cairá no mal" (Provérbios XXVIII, 14).

Estou, portanto, condenado e sem esperança?  -  perguntará, talvez, algum destes infelizes pecadores ... Não, se deveras quiseres emendar-te. Mas os males gravíssimos requerem remédios heroicos. Não deves esperar um milagre da graça. Impende evitar resolutamente as ocasiões perigosas, fugir das más companhias e resistir às tentações, recomendando-te a Deus. É preciso que te confesses a miúdo, que faças cada dia leitura espiritual e te entregues à devoção da Virgem Santíssima, pedindo-lhe continuamente que te alcance forças para não recair. É necessário que te domines e empregues violência. Se não aplicares agora o remédio, quando Deus te ilumina, mais tarde dificilmente poderás remediá-lo. Teme que não seja este o último apelo que Deus te faz. "Temo a Jesus que passa e não volta mais", dizia Santo Agostinho.
Ó Senhor, quero mudar de vida e entregar-me a Vós. Dizei-me o que devo fazer, pois quero pô-lo em prática. Sangue de Jesus Cristo, ajudai-me! Virgem Maria, advogada dos pecadores, socorrei-me! Amém!


quinta-feira, 3 de maio de 2018

O TRABALHO DIGNIFICADO

O TRABALHO DIGNIFICADO

                                                                                                                                          Dom Fernando Arêas Rifan*


            Hoje, dia 1º de maio, celebramos a festa de São José operário, patrono dos trabalhadores. Desejoso de ajudar os trabalhadores a santificar o seu dia, já mundialmente comemorado, o Papa Pio XII instituiu esta festa de São José, modelo do trabalhador. De origem nobre da Casa de Davi, ganhando a vida como simples carpinteiro, São José harmoniza bem a união de classes que deve existir em uma sociedade cristã.
         O trabalho é obra de Deus. Deus, ao criar o homem, colocou-o no jardim do Éden para nele trabalhar. O trabalho existe, portanto, antes do pecado. Depois deste, passou a ter a conotação de penitência, pois adquiriu uma nota de dificuldade e o necessário esforço para desempenhá-lo: “Comerás o pão com o suor do teu rosto” (Gn 3,19). 
          Assim, o trabalho tem o aspecto natural necessário para o nosso sustento e o aspecto adicional de penitência, pois ele contraria nossa tendência, exacerbada pelo pecado, à preguiça e ao relaxamento. O trabalho é algo muito digno e nobre, seja ele qual for, desde que seja honesto e nos encaminhe para Deus, seu autor. 
        O trabalho é também expressão do amor.  “A expressão quotidiana deste amor na vida da Família de Nazaré é o trabalho. O texto evangélico especifica o tipo de trabalho mediante o qual José procurava garantir a sustentação da Família: o trabalho de carpinteiro. Esta simples palavra envolve toda a extensão da vida de José. Para Jesus este período abrange os anos da vida oculta, de que fala o Evangelista, a seguir ao episódio que sucedeu no templo: “Depois, desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso” (Lc 2, 51). Esta submissão, ou seja, a obediência de Jesus na casa de Nazaré é entendida também como participação no trabalho de José. Aquele que era designado como o ‘filho do carpinteiro’, tinha aprendido o ofício de seu ‘pai’ adotivo. Se a Família de Nazaré, na ordem da salvação e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é-o analogamente também o trabalho de Jesus ao lado de José carpinteiro. Na nossa época, a Igreja pôs em realce isto mesmo, também com a memória de São José Operário, fixada no primeiro de maio. O trabalho humano, em particular o trabalho manual, tem no Evangelho uma acentuação especial. Juntamente com a humanidade do Filho de Deus, ele foi acolhido no mistério da Encarnação, como também foi redimido de maneira particular. Graças ao seu banco de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho humano do mistério da Redenção” (S. João Paulo II, Ex. Apost. Redemptoris Custos).  
        Para uma sadia economia, são necessários o trabalho e o capital, como ensina o Papa Leão XIII na sua clássica formulação: “Elas (as duas classes – a dos detentores do capital e a dos que oferecem a mão-de-obra) têm imperiosa necessidade uma da outra: não pode haver capital sem trabalho, nem trabalho sem capital” (Rerum Novarum 28). E fundamenta o “direito de propriedade mobiliária e imobiliária” (incluídos os bens de produção) no fato de ela, a propriedade, nada mais ser do que “o salário transformado” (Rerum Novarum 9).  
  
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
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