SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sexta-feira, 30 de março de 2018

A VIRGEM NO CALVÁRIO

Por D. Antônio de Almeida Morais Júnior.
(São apenas alguns excertos do Sermão)
   NB: D. Antônio de Almeida Morais Júnior foi Arcebispo de Niterói. Era grande amigo de D. Antônio de Castro Mayer. Foi o maior orador sacro do seu tempo. Foi um luminar da Santa Igreja e fez parte da Academia Mineira de Letras. Este sermão do qual apresento alguns trechos hoje, foi feito em 1964.

   Sobre o Gólgota , Maria está no posto de honra, de amor e de martírio: "Stabat Mater dolorosa". "Ó vos que passais, exclama o Profeta da antiga desolação, parai e vede se há dor semelhante à minha dor!" As agonias da Virgem são mais vastas que o Oceano: "velut mare contritio tua!" Rios de lágrimas correm ali. O raio lança, ali, clarões vermelhos como sangue; mas o oceano conserva, na imensidade de suas águas, espelho dos céus sem limite, o mistério de uma paz tão opulenta que a tempestade das cóleras divinas não lhe pode perturbar as silenciosas profundezas. O sofrimento dos homens lamenta-se: "que fiz eu para que Deus me ferisse assim?" Eis o eterno queixume, a fórmula de revolta, a blasfêmia sempre renascente da dor vulgar. Ela recrimina, ela se desanima, ela se cansa!
   "No Gólgota, a Virgem em lágrimas, ferida, conserva-se em pé, num silêncio adorável!" "Stabat Mater" - nesta atitude reconhecemos a nobreza e a sublimidade daquela dor. Ela vem de Deus, ela é para Deus, ela glorifica a Deus.
   "Stabat" - De pé, a nova Eva, a maravilha da criação. De pé, lírio mesto, ereto no seio dos espínhos, farol inabalável no seio das ondas em cólera, sob a demagogia das nuvens. De pé, como a prece e a esperança! De pé, a mulher forte, a rainha dos mártires, a correndentora na salvação das almas. De pé, na resignação augusta e santa da dor".
   "Jesus e Maria tinham sofrido juntos, os dois lírios tinham crescido no meio dos espinhos da tribulação; ao mesmo tempo transplantados de Belém para Nazaré, de Nazaré para o Calvário; as duas flores inundadas de um orvalho de lágrimas e de sangue entregavam aos ventos dos séculos seus perfumes purificadores, os germes de uma fecundidade que encheu o universo".
   "Stabat Mater". Ó fecundidade do maravilhoso coração da mulher traspassada por sete espadas! ...Esmagando o coração da Virgem, a prova a faz crescer diante do Senhor; seu triunfo se completa. A Imaculada, contemplada por São João, no exílio de Patmos, coroada de estrelas, revestida de sol, de pé sobre o crescente argentino das noites, encontra nas lágrimas que brilham nos seus olhos, nos gládios que traspassam sua alma, a suprema perfeição de sua glória.
   ...Os protestantes se escandalizam com os testemunhos de nossa piedade filial diante do altar da Virgem. Eles não compreendem a nossa veneração. Ah! se eles conhecessem o dom de Deus!
   A Santíssima Virgem é medianeira de todas as graças. É consoladora de nossas penas. É refúgio dos pecadores. Para ela se agitam todos os braços desesperados, para ela sobem os brados da fraqueza e os gritos dos infelizes.
   Ela aparece sempre ao lado de Jesus, de pé, sob a árvore da Redenção para ajudar-nos a colher o fruto do perdão, da salvação e da imortalidade. Maria é a razão de toda a nossa esperança.
   Ela oferece ao Pai a vítima que deverá salvar-nos. Ao Filho, o Pai não dá senão a grandeza e o triunfo de toda a eternidade. Maria dá-lhe a mortalidade, o poder de se imolar, no tempo, à glória de Deus, em colaboração com a Trindade augusta. Ela colabora ativamente na obra-prima da Encarnação e da Redenção. Ela nutre a vítima. Ela o prepara para o sacrifício.
   A majestade e a fecundidade da dor de Maria Santíssima tem sua fonte naquela profundeza do abismo: "Stabat Mater dolorosa!" Que eram os três dias da perda no Templo, os três anos de vida laboriosa, ao lado das três horas de agonia do Calvário?
   Mãe delicada e pura, indizivelmente amante, ela viu cravado no madeiro, o mais amável, o mais santo dos filhos, ao mesmo tempo, seu Filho e seu Deus".
   

quinta-feira, 22 de março de 2018

OS DOGMAS SÃO IMUTÁVEIS

Há homens de coração reto que têm sede de uma luz infinita. E esta sede do infinito, só Deus pode saciá-la. E Deus se fez Homem para lhes dar a segurança dizendo: Eu sou a Verdade. E o grande foco da luz divina é a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Divino Mestre cingiu a fronte de sua Esposa mística com o diadema visível de Rainha da Verdade. A unidade, a indefectibilidade, a santidade e a infalibilidade refulgem na coroa da Igreja, quais gemas preciosas, prendas que são deste Divino Esposo e que distinguirão a Igreja das rugas das adulterações humanas e das manchas das sociedades heréticas ou cismáticas. Dado o orgulho humano, estas últimas infelizmente sempre existirão. Daí as exortações do Apóstolo  ao seu discípulo e bispo Timóteo, exortações estas sobre as quais vamos ora refletir.

São Paulo, num tom pleno de solene gravidade, conjura o seu discípulo caríssimo, o Bispo Timóteo, a ser fiel à sua missão de pregar a doutrina imutável de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, portanto, deverá insistir, quer agrade quer desagrade, e repreender aqueles que dela se afastarem. O Apóstolo dos Gentios, exorta o seu discípulo a ter sempre firmeza em defender a verdade, a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo que não muda, e, ao mesmo tempo, mostra que é mister fazê-lo sempre com bondade e paciência, isto é, sem discussões e altercações.

Não há a mínima dúvida de que São Paulo faz aqui uma profecia: "virá tempo" afirma ele. Já na primeira carta ao mesmo Bispo Timóteo, o Apóstolo São Paulo já alertava: "O Espírito (Santo) diz claramente que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvido a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios..." (I Tim., IV, 1). E ao terminar esta mesma carta, faz esta exortação: "Ó Timóteo, guarda o depósito (da fé), evitando as novidades profanas de palavras e as contradições de uma ciência de falso nome, professando a qual, alguns se desviaram da fé" (I Tim. VI, 20 e 21).

A lídima Palavra de Deus da qual os bons têm sede, causa náuseas aos orgulhos. Não suportam ouvir a sã doutrina. Almejam uma multidão de pregadores que adulem suas paixões. Por isso São Paulo já na primeira epístola, havia dito a Timóteo: "Se alguém ensina, de modo diferente e não abraça as sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e aquela doutrina que é conforme à piedade, é um soberbo..." (I Tim., VI, 3 e 4). Não suportam ouvir sempre a mesma coisa; desejam ardentemente ouvir novidades. Em lugar do Evangelho, da verdade confirmada com tantos milagres, e assim tornada a mais evidente e incontestável, abraçarão fabulosas, estranhas e inacreditáveis doutrinas. Assim agiram os gnósticos, maniqueus e outros hereges.

Em verdade, esta profecia de São Paulo vem se realizando desde os primeiros séculos; mas, com certeza se realizará plenamente nos últimos tempos, na época do Anti-Cristo. Mas não resta a mínima dúvida de que ela se cumpre ao pé da letra em relação aos modernistas. São Pio X dizia que o Modernismo é a reunião de todas as heresias, e a sua origem está no orgulho humano que procura novidades que agradam. Agravando-se o espírito de contestação contra a Tradição e os dogmas, compreende-se que os modernistas não suportem mais ouvir a verdade. Daí vem a apostasia da fé, e passam a pregar abertamente doutrinas diabólicas. Os modernistas são pessoas ávidas de popularidade, que lançam a divisão na Igreja e nas famílias. Organizam conciliábulos e preparam os cismas dentro da Igreja. Procuram ensinar outras coisas diferentes e rejeitam a linguagem escolástica tradicional. Cabe aqui perfeitamente seguirmos a mesma exortação que S. Paulo fez a Tito: "Foge do homem herege, depois da primeira e da segunda correção, sabendo que tal homem está pervertido e peca, como quem é condenado pelo seu próprio juízo" (Tito, III, 10 e 11).

Seguindo o conselho de São Paulo, devemos fugir, portanto, de Hans-Kung que quer eliminar o dogma da Infalibilidade Pontifícia. Eis trecho de sua carta ao Papa Francisco: Imploro Papa Francisco, que sempre me respondeu de uma forma fraternal: receba essa extensa documentação e consinta em nossa Igreja uma discussão livre, aberta e sem preconceitos sobre todas as questões pendentes e removidas relacionadas com o dogma. Não se trata de um relativismo banal que mina os fundamentos éticos da Igreja e da sociedade. E nem mesmo de um dogmatismo rígido e tolo amarrado a uma interpretação literal. Está em jogo o bem da Igreja e do ecumenismo”.

Caríssimos, um só é o código que liga nossas almas aos destinos eternos: o Evangelho genuíno sem alterações e acomodações humanas. Guardemo-lo com toda fidelidade e amor.  A graça de Deus seja com todos vós. Amém!

domingo, 11 de março de 2018

EUCARISTIA: Se cabe só aos sacerdotes a dispensação deste sacramento

   Questão esta tratada por Santo Tomás de Aquino na "Suma Teológica, Parte 3ª,  q. LXXXII, a. III.

   "Videtur quod non": Parece que não cabe só aos sacerdotes a dispensação deste sacramento. (O santo Doutor apresenta três objeções; vamos transcrever apenas a segunda), que assim reza:

   2. Os sacerdotes são constituídos ministros dos sacramentos. Ora, este sacramento se consuma na consagração da matéria, e não no uso, que é o objeto da dispensação. Logo, parece que não cabe ao sacerdote dispensar o corpo do Senhor. 

   "Sed contra": Mas, em contrário, dispõe um cânone (De Consecr. dist. II): Chegou ao nosso conhecimento que certos presbíteros entregam o corpo do Senhor a um leigo ou a uma mulher, para o levarem aos enfermos. Por isso o Sínodo interdiz que não se ouse mais proceder assim para o futuro; mas o próprio presbítero é quem deve, por mãos próprias, dar a comunhão aos doentes.


 "RESPONDEO" - SOLUÇÃO: Ao sacerdote pertence a dispensação do corpo de Cristo, por três razões. - Primeiro, porque, como dissemos, ele consagra em nome de Cristo (In persona Christi= Na pessoa de Cristo). Ora, o próprio Cristo, assim como consagrou o seu corpo na Ceia, assim o deu a tomar aos outros. Por onde, assim como ao sacerdote pertence a consagração do corpo de Cristo, assim também lhe cabe dispensá-lo. - Segundo, porque o sacerdote é constituído mediatário (medius) entre Deus e o povo. Portanto, assim como lhe cabe oferecer a Deus os dons do povo, assim também lhe pertence dispensar ao povo os dons santificados por Deus. - Terceiro - porque a reverência devida a este sacramento requer que não seja tocado senão pelo que é consagrado; por isso é consagrado o corporal e o cálice e consagradas são as mãos do sacerdote, para tocá-lo. E ninguém o pode tocar senão em caso de necessidade; por exemplo, se caísse no chão ou em algum outro caso de necessidade. 

   "Ad secundum ergo": RESPOSTA a esta SEGUNDA objeção: - Ao mesmo que pertence dispensar este sacramento pertence também consagrá-lo, pela razão aduzida acima.