SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sábado, 27 de setembro de 2014

A COMUNHÃO - O MODO - A OBRIGAÇÃO - A COMUNHÃO ESPIRITUAL

O MODO DE COMUNGAR
   Quando vamos comungar, devemos ir recolhidos. Ajoelharmo-nos e levantar um pouco a cabeça; ter os olhos modestos e voltados para a Sagrada Hóstia. Abramos suficientemente a boca e estendamos um pouco a língua sobre o lábio inferior. Devemos estar de joelhos e de mãos postas.
   A patena que o ajudante segura sob o queixo é para receber a partícula ou algum fragmento que por acaso cair das mãos do Sacerdote.
   Deve-se procurar engolir a sagrada partícula o mais depressa possível e abster-se por algum tempo de cuspir.
   Se a partícula se pegar aos céu da boca, despregue-se reverentemente com a língua e nunca com o dedo.

OBRIGAÇÃO DA COMUNHÃO
   1) O terceiro Mandamento da Igreja nos obriga a COMUNGAR AO MENOS UMA VEZ NO ANO, PELA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO.  O tempo útil para cumprir o dever pascal é o próprio Tempo Pascal, isto é, desde a Quinta-feira Santa até a Festa de Pentecostes. Por justa causa, este preceito pode ser cumprido em outro tempo dentro do ano.
   Todos os cristãos que atingiram a idade do uso da razão estão obrigados a cumprir este preceito.
   Quem fizer comunhão sacrílega não cumprirá o preceito, porque a intenção da Igreja é que se receba o Sacramento para o fim por que foi instituído, isto é, para nossa santificação.

COMUNHÃO FREQÜENTE
   Quando a Santa Igreja nos obriga a comungar ao menos uma vez por ano, ela nos dá a conhecer que seu desejo é que comunguemos mais freqüentemente. A alma não tem menos necessidade de alimento espiritual, que o corpo de sustento material. Ora, alimentamos o corpo todos os dias. Será que nossa alma conservará a fortaleza contra as tentações e conseguirá o desenvolvimento da vida sobrenatural, com uma única comunhão no ano? Comunguemos freqüentemente. Ter, no entanto, o cuidado de comungar com reta intenção para não cair na rotina.
   Não se pode dar a todos uma norma determinada. Mas tenhamos por muito certa a norma de Santo Agostinho: "FAZE POR VIVER DE TAL MODO, QUE POSSAS COMUNGAR TODOS OS DIAS".

COMUNHÃO ESPIRITUAL
   Comunhão espiritual é um desejo ardente de receber Nosso Senhor presente na Eucaristia, sem que, todavia, se realize este desejo.
   Consta de três atos:
   a) Ato de fé na Presença Real.
   b) Recordação dos benefícios espirituais que Nosso Senhor nos conseguiu pela Sua Paixão e que nos concede na Sagrada Comunhão.
   c) Ato de caridade, unido à vontade de recebê-Lo na Comunhão Sacramental.
   Fórmula para a Comunhão Espiritual: "Ó meu Jesus, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. Adoro-Vos e Vos dou graças por todos os benefícios que me tendes concedido, especialmente porque Vos destes a mim neste Sacramento. Desejo possuir-Vos na minha alma. E como não posso nesta hora receber-Vos sacramentalmente, vinde ao menos espiritualmente ao íntimo do meu coração. Inflamai o meu coração de amor por Vós!"

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CATECISMO DO SANTO CURA D'ARS SOBRE A COMUNHÃO FRËQÜENTE

   Meus filhos, todos os seres da criação precisam alimentar-se para viver: foi por isso que Deus fez crescer as árvores e as plantas; é uma mesa bem servida, onde todos os animais vêm tomar cada um o alimento que lhe convém. Mas é preciso que a alma também se alimente. Onde está então o alimento dela? Meus filhos, quando Deus quis dar um alimento à nossa alma para sustentá-la na peregrinação da vida, passeou o olhar sobre a criação e não achou nada que fosse digno dela. Então dobrou-se sobre si mesmo e resolveu dar-se... Ó minha alma! como és grande, já que só Deus é que te pode contentar!... O alimento da alma é o corpo e o sangue de um Deus!. Ó belo alimento! A alma só pode alimentar-se de Deus! Só Deus lhe basta! Só Deus pode enchê-la! Só Deus pode matar a fome! É-lhe preciso absolutamente o seu Deus!... Que felizes são as almas puras que têm a dita de se unirem a Nosso Senhor pela comunhão! No céu, elas brilharão como belos diamantes, porque Deus se verá nelas. Há em todas as casas um lugar onde se conservam as provisões da família: é a copa. A igreja é a casa das almas; é a nossa casa, de nós que somos cristãos. Pois bem! Nessa casa há uma copa. Vedes o tabernáculo? Se se perguntasse às almas dos cristãos: Que é aquilo? Vossas almas responderiam: "É a copa".
   Não há nada tão grande, meus filhos, como a Eucaristia! Ponde todas as boas obras do mundo contra um comunhão bem feita; será como um grão de pó diante duma montanha. Fazei um pedido quando tiverdes a Deus no vosso coração; Deus nada vos poderá recusar se lhe oferecerdes seu Filho e os merecimentos de sua santa morte e paixão.
   Meus filhos, se se compreendesse o preço da sagrada comunhão, evitar-se-iam as menores faltas para ter a felicidade de fazê-la mais amiúde. Conservar-se-ia a própria alma sempre pura aos olhos de Deus. Reparai, meus filhos, supondo que vos tenhais confessado hoje; haveis de velar sobre vós mesmos; ficareis contentes com o pensamento de que amanhã tereis a ventura de receber o bom Deus no vosso coração... Amanhã, tão pouco, podereis ofender a Deus; vossa alma estará toda embalsamada do sangue precioso de Nosso Senhor... Ó bela vida!!!
   Ó meus filhos, como será bela na eternidade uma alma que tiver recebido freqüente e dignamente o bom Deus! O Corpo de Nosso Senhor brilhará através do nosso corpo, seu Sangue adorável através do nosso sangue; nossa alma ficará mais unida à alma de Nosso Senhor durante toda a eternidade... Será lá que ela gozará de uma felicidade pura e perfeita!...Meus filhos, quando uma alma que recebeu Nosso Senhor entra no paraíso, aumenta a alegria do céu. Os anjos e a Rainha dos anjos vêm ao encontro dela, porque reconhecem o Filho de Deus nessa alma. É então que ela se indeniza das penas e dos sacrifícios que tiver suportado durante a vida.
   Meus filhos, sabe-se quando uma alma recebeu dignamente o sacramento da Eucaristia. Ela fica tão mergulhada no amor, tão penetrada e mudada, que não a reconhecem mais nas suas ações, nas suas palavras... É humilde, é mansa, é mortificada, é caridosa, é modesta, harmoniza-se com todos. É uma alma capaz dos maiores sacrifícios; enfim não é mais reconhecível.
   Ide pois à comunhão, meus filhos, ide a Jesus com amor e confiança! Ide viver d'Ele, a fim de viver por Ele! Não digais que tendes demasiado que fazer. O Divino Salvador não disse: "Vinde a mim vós que trabalhais e estais sobrecarregados... vinde a mim, e eu vos aliviarei?" Poderíeis resistir a um convite tão cheio de ternura e amizade? - Não digais que não sois dignos. É verdade, não sois dignos, mas precisais d'Ele. Se Nosso Senhor tivesse tido em mira a nossa dignidade, nunca teria instituído o seu belo sacramento de amor; porque ninguém no mundo é digno d'Ele, nem os santos, nem os anjos, nem os arcanjos, nem a Santíssima Virgem... Mas Ele teve em mira as nossas necessidades, e nós todos precisamos d'Ele. - Não digais que sois pecadores, que tendes demasiadas misérias e que é por isto que não ousais aproximar-vos d'Ele. Eu gostaria outro tanto de vos ouvir dizer que estais demasiado doentes, e que é por isto que não quereis tomar remédio, nem chamar o médico...
   Todas as orações da Missa são uma preparação para a comunhão; e toda a vida de um cristão deve ser uma preparação para essa grande ação.
   Devemos trabalhar por merecer receber a Nosso Senhor todos os dias. Como deveríamos ficar humilhados quando vemos os outros irem à santa mesa, e nós ficarmos imóveis no nosso lugar! Como é feliz o anjo custódio que conduz uma bela alma à santa mesa! Na primitiva Igreja, comungava-se todos os dias.
  A comunhão espiritual faz à alma como um sopro de fole num fogo que começa a apagar-se, mas onde há ainda muita brasa: sopra-se, e o fogo se reanima. Depois da recepção dos sacramentos, quando sentimos o amor de Deus esmorecer, depressa a comunhão espiritual!... Quando não pudermos vir à igreja, volvamo-nos para a banda do tabernáculo. O bom Deus não tem parede que o detenha. Digamos cinco Pai-Nossos e cinco Ave-Marias para fazer a comunhão espiritual... Nós só podemos receber a Deus uma vez por dia; uma alma abrasada de amor supre a isso pelo desejo de recebê-lo a cada instante.
   Ó homem como és grande!... alimentado e abeberado do sangue de um Deus! Oh! que doce vida essa vida de união com Deus! é o paraíso na terra: não há mais cruzes! Quando tendes a ventura de receber o bom Deus, sentis durante algum tempo um gozo, um bálsamo no coração!.. As almas puras são sempre assim; por isto essa união lhes faz a força e a ventura.
   Meus filhos, as pessoas que recebem a sagrada comunhão no momento da morte são bem felizes! No juízo particular, que se faz imediatamente após a morte, Deus Pai vê Seu Filho nelas; não pode condená-las ao inferno. Oh! não... Vede, meus filhos, como é vantajoso receber os últimos sacramentos!

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

CATECISMO DO SANTO CURA D'ARS SOBRE A COMUNHÃO

   Nosso Senhor disse:"Tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, Ele vos concederá". Jamais teríamos pensado em pedir a Deus seu próprio Filho. Mas aquilo que o homem não poderia imaginar, Deus o fez. Aquilo que o homem não pode dizer nem conceber, e que nunca se atreveria a desejar, Deus nos seu amor, disse-o, concebeu-o e executou-o. Ousaríamos nós jamais dizer a Deus que fizesse morrer seu Filho por nós, que nos desse sua carne a comer e seu sangue a beber? Se tudo isso não fosse verdadeiro, o homem poderia então imaginar coisas que Deus não pode fazer; teria ido mais longe que Deus nas invenções do amor?... Não é possível.
   Sem a divina Eucaristia, não haveria felicidade neste mundo, a vida não seria suportável. Quando recebemos a sagrada comunhão, recebemos a nossa alegria e a nossa felicidade.
   O bom Deus, querendo dar-se a nós no sacramento do seu amor, deu-nos um desejo vasto e grande que só Ele pode satisfazer... Ao lado deste belo sacramento nós somos como uma pessoa que morre de sede ao lado dum córrego; entretanto, teria só que curvar a cabeça!... Como uma pessoa que fica pobre ao lado dum tesouro; entretanto teria só que estender a mão!
   Aquele que comunga perde-se em Deus como uma gota d'água no Oceano. Não se pode mais separá-los. Se pensássemos bem nisto, haveria razão para nos perdermos pela eternidade nesse abismo de amor!...
   No dia do juízo ver-se-á brilhar a carne de Nosso Senhor, através do corpo glorificado daqueles que o tiverem recebido dignamente na terra, como se vê brilhar ouro em cobre ou prata em chumbo.
   Quando acabamos de comungar, se alguém nos dissesse: "Que é que levais convosco para casa?" poderíamos responder: "Levo o céu". Um santo dizia que nós éramos uns Porta-Deuses. É bem verdade, mas nós não temos bastante fé. Não compreendemos a nossa dignidade. Saindo da mesa santa, somos tão felizes quanto os magos, se pudessem ter levado consigo o Menino Jesus.
   Tomai um vaso cheio de licor e tampai-o bem: conservareis o licor enquanto quiserdes. Assim também, se conservásseis bem Nosso Senhor no recolhimento, depois da comunhão, sentiríeis por muito tempo esse fogo devorador que inspiraria ao vosso coração um pendor para o bem e uma repugnância para o mal.
   Quando temos a Deus em nosso coração, deve este ficar bem ardente. O coração dos discípulos de Emaús ardia só de ouvi-Lo. 
   Não gosto, quando alguém vem da mesa sagrada que se ponha imediatamente a ler. Oh! não; de que serve a palavra dos homens quando é Deus que fala? ... Deve-se fazer como alguém que é bem curioso e que escuta às portas. Deve-se escutar tudo o que o bom Deus diz à porta do nosso coração.
   Quando haveis recebido a Nosso Senhor, sentis vossa alma purificada, que se banha no amor de Deus.
   Quando se faz a sagrada comunhão, sente-se qualquer coisa de extraordinário, um bem-estar que percorre todo o corpo, e se espalha até às extremidades. Que é este bem-estar? É Nosso Senhor que se comunica a todas as partes do nosso corpo e as faz palpitar. Somos obrigados a dizer, como São João: "É o Senhor!" Os que não sentem completamente nada são bem para lastimar!...

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

SACRAMENTO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA: ALGUMAS QUESTÕES

   1ª - Se Nosso Senhor Jesus Cristo disse: "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós" - por que os fiéis só comungam a hóstia consagrada?
   R. - A hóstia antes da consagração é pão.
          Depois da consagração é o verdadeiro Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
          No cálice, antes da consagração, está o vinho.
          No cálice, depois da consagração, está o verdadeiro Sangue de Nossos Senhor Jesus Cristo.
   Mas Jesus Cristo está todo inteiro tanto na Hóstia como no Cálice porque na Eucaristia está vivo e imortal como no céu; por isso, onde está o seu Corpo, está também o Seu Sangue, Alma e Divindade; e onde está o Seu Sangue, aí está também o seu Corpo, Alma e Divindade. sendo tudo isto inseparável depois da Ressurreição.
   Portanto, o fiel que comunga apenas sob a espécie de pão, recebe Jesus todo inteiro, Corpo. Sangue, Alma e Divindade.
   A comunhão debaixo das duas espécies não é de preceito divino nem eclesiástico. O Concílio de Trento proibiu a comunhão sob a espécie de vinho por causa dos inconvenientes que ela apresentava, dentre os quais o perigo de derramar o Precioso Sangue. Atualmente, a Igreja permite a comunhão sob as duas espécies só em circunstâncias muito especiais.

   2ª - Como podem permanecer as espécies do pão e do vinho sem a substância própria?
          R. As espécies do pão e do vinho permanecem, após a consagração, pelo poder de Deus onipotente.

   3ª - Quando se parte a hóstia consagrada, parte-se também o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo?
           R. Não; quando se parte a hóstia , não se parte o Corpo de Jesus Cristo, mas partem-se somente as espécies sacramentais.

   4ª - Em que parte da hóstia está o Corpo de Jesus Cristo?
         R. O Corpo de Jesus Cristo está todo inteiro em toda a hóstia e em toda e qualquer parte da hóstia.

   5ª - Por que motivo se conserva a Eucaristia, ou o Santíssimo Sacramento nas igrejas?
         R. O Santíssimo Sacramento se conserva nas igrejas, para ser visitado e adorado pelos fiéis e levado aos doentes, em caso de necessidade.

   Quando Jesus Cristo está na Hóstia, não deixa de estar no céu, mas acha-se ao mesmo tempo no céu e no Santíssimo Sacramento.

   Jesus Cristo está em todas as Hóstias consagradas no mundo.

   Jesus Cristo está em uma Hóstia grande tanto como em uma Hóstia pequena.

   O culto que prestamos ao Santíssimo Sacramento é um culto latrêutico, isto é, um culto absoluto de adoração, porque a Eucaristia contém realmente o próprio Jesus Cristo.

   6ª - Quem deu tanto poder às palavras da Consagração?
          R. Foi Jesus Cristo que deu tanto poder às palavras da Consagração, porque Ele é Deus onipotente, e foi quem primeiro as pronunciou na Última Ceia.

   7ª - Por que cremos que no Santíssimo Sacramento da Eucaristia está realmente Jesus Cristo?
         R. Cremos porque Ele mesmo o disse e assim o ensina a Santa Madre Igreja.

  

  

terça-feira, 9 de setembro de 2014

A SANTÍSSIMA EUCARISTIA: EFEITOS E MINISTRO

   Os principais efeitos que a Comunhão produz em nós são estes:
   1º - EFEITOS NA ALMA: a) Conserva e aumenta a vida da alma, que é a graça santificante. Dá-nos, portanto, a graça santificante segunda.
                                                 b) Transforma-nos em Jesus Cristo e faz-nos viver de Sua vida, levando-nos a proceder de conformidade com seus desejos. A Eucaristia é o pão da vida, o alimento da alma. Realiza na vida espiritual o que o alimento material realiza na vida corporal. Sustenta e desenvolve a vida da alma. Longe de transformar o alimento em nossa substância, o contrário é que se dá: somos por ele divinizados. A Eucaristia nos dá o fervor da caridade, pelo qual a alma se transforma em Jesus Cristo, na adesão cada vez maior a Ele, na generosidade em evitar o que Lhe desagrada e procurar sempre mais o que Lhe agrada. "Quem come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue, permanece em Mim e Eu nele". - Estreitam-se os laços da caridade cristã entre os que participam do mesmo banquete divino.
   Ainda mais. O alimento da Eucaristia dá novas forças à alma, faz com que o espírito se deixe atrair cada vez mais pelo gozo das coisas divinas. Com fundamento pode ser comparado ao  MANÁ, no qual se experimentava a suavidade de todos os sabores.
                                                 c) A Eucaristia apaga os pecados veniais. Sendo memorial da Paixão do Senhor, Ela nos aplica os frutos da Redenção. O pecado venial tira a pujança da graça. A Eucaristia reforça o fervor. Portanto, o que a alma perde com as pequenas faltas, a Eucaristia restitui destruindo os pecados veniais.
                                                 d) Preserva-nos do pecado mortal: porque nos torna capazes de lutar contra os ataques do demônio e das paixões até alcançarmos a vitória.

   2º - EFEITOS NO CORPO: a) Moderação da concupiscência. A Sagrada Comunhão refreia e modera a concupiscência da carne, aquela inclinação que temos para o pecado, proveniente das nossas faltas passadas. A Comunhão nos conduz ao domínio do espírito sobre a carne, da virtude sobre o pecado.
                                                b) Além de ser, para a alma, penhor de imortalidade gloriosa, a Eucaristia é, para o corpo, segurança da ressurreição futura. "O que come a Minha Carne e bebe o Meu Sangue - diz Nosso Senhor - tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei no último dia". A vida eterna não é senão a continuação e o remate da vida da graça. Ora, nenhum Sacramento é mais eficaz do que a Eucaristia, para conservar e desenvolver em nós a graça santificante. Logo, ela é, acima da todos, a garantia da nossa eterna salvação.

MINISTRO DA EUCARISTIA
   Devemos distinguir o MINISTRO QUE CONSAGRA no Santo Sacrifício da Missa, e o MINISTRO QUE DISTRIBUI A COMUNHÃO. Do primeiro, falaremos mais tarde. Trataremos aqui do que distribui a Eucaristia.
   A - O ministro ORDINÁRIO da Comunhão é só o padre.
   B - O ministro EXTRAORDINÁRIO  da Comunhão é o diácono, que pode distribuí-la desde que tenha licença do Bispo ou do vigário da Paróquia. (Estamos falando da Liturgia Tradicional, que é a que seguimos na Administração Apostólica, aprovada pelo Santo Padre).

   QUE É COMUNGAR?
   R. Comungar é receber Nosso Senhor Jesus Cristo no Sacramento da Eucaristia.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O SACRAMENTO DA CRISMA

   I - NOÇÃO.
                         O homem é regenerado pelo Batismo. Adquire uma nova vida na água e no Espírito Santo". Que lhe falta? O mesmo que falta a uma criança recém-nascida: o crescimento. O sacramento do crescimento cristão, da plenitude espiritual é a Crisma.
  
   A CRISMA É UM SACRAMENTO QUE NOS DÁ O ESPÍRITO SANTO, IMPRIME EM NOSSA ALMA O CARÁTER DE SOLDADOS DE JESUS CRISTO E NOS FAZ PERFEITOS CRISTÃOS.

   II - EFEITOS.
                          1º) A Crisma é sacramento de vivos; por isso não dá a graça primeira, porém aumenta, aperfeiçoa a graça recebida no Batismo ou recuperada na Penitência.
                          2º) A graça sacramental própria é uma graça de fortalecimento que nos dá auxílios permanentes para sermos corajosas testemunhas de Jesus Cristo. Por isso a Crisma é também chamada CONFIRMAÇÃO.
                          3º) A Crisma robustece em nós as virtudes infusas que recebemos no Batismo. Além disso, confere maior abundância de dons do Espírito Santo, de modo especial o dom da Fortaleza que vem aprimorar a virtude cardeal da fortaleza cristã.
                                Embora já tenhamos recebido no Batismo, o Divino Espírito Santo e seus sete Dons, a Crisma chama-O a vir habitar em nós de modo mais íntimo e eficaz. O Batismo é geração sobrenatural; a Crisma confere a virilidade cristã.
                         4º) Enfim, a Confirmação imprime na alma o caráter indelével de soldado de Jesus Cristo. Daí não poder ser repetido, reiterado. O caráter da Crisma nos consagra interiormente como templos do Espírito Santo e nos dá o poder de testemunhar Jesus Cristo e sua Igreja, pela profissão pública de nossa fé pelo fervor e bom exemplo de nossa vida pessoal, pela prática das virtudes, pela demonstração de nossas convicções religiosas, se necessário for, até o martírio.

   III - MATÉRIA E FORMA.
                            a) A matéria remota do Sacramento da Crisma é o ÓLEO DO CRISMA, mistura de azeite de oliveira e bálsamo oriental, que o Bispo consagra na Quinta-feira Santa. A matéria próxima é, além da imposição das mãos, a unção, em forma de cruz, que o Bispo faz com o Santo Crisma na fronte da pessoa que recebe o Sacramento.
                            b) A forma do Sacramento da Crisma é esta: "EU TE ASSINALO COM O SINAL DA  CRUZ, E TE CONFIRMO COM O CRISMA DA SALVAÇÃO, EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO."

   IV - MINISTRO.
                              O ministro ordinário da Crisma é o Bispo.
Por delegação do Papa, o padre pode ser ministro extraordinário. No Brasil, por exemplo, os párocos, no impedimento do Bispo, podem conferir a Crisma a seus paroquianos gravemente enfermos.

   V - NECESSIDADE.
                               A Crisma não é necessária por necessidade de meio, já que o Batismo perdoa todos os pecados e dá a vida sobrenatural. Mas não se deve descuidar de recebê-lo, quando possível. Seria até pecado recusar-se a recebê-la: seria privar-se deste acréscimo de vida sobrenatural e contrariar abertamente a vontade de Nosso Senhor e da Santa Igreja.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A INSTITUIÇÃO DA CRISMA

   I - QUANDO FOI INSTITUÍDA?  Não sabemos ao certo quando Jesus instituiu a Crisma. Alguns colocam a instituição deste Sacramento também no dia do Batismo de Jesus no Jordão. Jesus Cristo foi ungido pelo Espírito Santo, desde a Encarnação. No Jordão houve, entretanto, nova unção do Espírito Santo, para manifestar publicamente a tríplice missão de Jesus: como Sacerdote, como Rei e como Profeta. É possível que nesse momento tenha Jesus instituído o Sacramento da Confirmação, como complemento do Batismo.
   Outros preferem a opinião de que a instituição teria sido quando Nosso Senhor prometeu o Espírito Santo. (S. Luc. XXIV, 49 - S. Jo. XIV, 15-17).
   Em qualquer hipótese, a IGREJA, guiada pelo Espírito Santo, desde o princípio, pelo Seu ensinamento e Sua prática, nos assegura e atesta a instituição divina deste Sacramento.

   II - PRÁTICA DA IGREJA. -  Os Atos dos Apóstolos nos referem a existência de um rito sagrado que confere o Espírito Santo, distinto do Batismo. "Descendo à cidade de Samaria, Filipe pregava-lhes a respeito de Cristo. As multidões ficavam atentas ao que Filipe lhes dizia, escutando-o em união de sentimentos e presenciando os milagres que realizava. (...) Quando acreditaram em Filipe, que lhes anunciava o reino de Deus  e o nome de Jesus Cristo, homens e mulheres receberam o batismo. (...) Quando os Apóstolos, que estavam em Jerusalém, souberam que a Samaria tinha recebido a palavra de Deus, enviaram para lá PEDRO E JOÃO. Estes desceram e rezaram por eles, PARA QUE RECEBESSEM O ESPÍRITO SANTO, pois ainda não descera sobre nenhum deles. Tinham somente sido BATIZADOS em nome do Senhor Jesus. IMPUNHAM-LHES AS MÃOS E ELES RECEBIAM O ESPÍRITO SANTO." (Atos, VIII, 5-17).
   Nestes versículos encontramos uma demonstração clara da existência do Sacramento da Confirmação, independente do Sacramento do Batismo. O Batismo fora administrado pelo diácono Filipe. A imposição das mãos, para receberem o Espírito Santo, foi feita pelos Apóstolos Pedro e João.

   Outro trecho dos Atos: "Paulo chegou a Éfeso. Encontrou ali alguns discípulos e perguntou-lhes: Recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé? Responderam: Mas nem sequer ouvimos dizer que existe Espírito Santo. Perguntou-lhes: Qual foi, então, o batismo que recebestes? O batismo de João, responderam. E Paulo explicou-lhes: João batizou com o batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isto, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando PAULO LHES IMPÔS AS MÃOS , veio sobre eles o ESPÍRITO SANTO: falavam em diversas línguas e profetizavam". (Atos, XIX, 1-6).
   Mais uma vez, notamos a distinção dos dois sacramentos: o batismo e a crisma. No primeiro como no segundo trecho ficou claro também que a administração da Crisma é privilégio dos Apóstolos, isto é, dos Bispos.

   III - TRADIÇÃO. Seguindo a doutrina e a prática dos Apóstolos, os Padres da Igreja sempre ensinaram e administraram, sendo Bispos, este Sacramento. Eis o testemunho de São Cipriano: "Dois sacramentos presidem ao perfeito nascimento cristão, um regenerando o homem  - é o Batismo - o outro comunicando-lhe o Espírito Santo". (Ep. 72,1) "Os que foram batizados na Igreja, devem ser apresentados aos pastores da Igreja, a fim de que, por nosso oração e a imposição das mãos, eles recebam o Espírito Santo e sejam consumados pelo selo do Senhor". 
   Santo Urbano: "Todos os fiéis devem, depois do Batismo, receber o Espírito Santo pela imposição das mãos, a fim de se tornarem cristãos perfeitos".  

                    

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Catequese sobre os SACRAMENTOS: ( I ) - GRAÇA SACRAMENTAL E GRAÇA ATUAL.

GRAÇA SACRAMENTAL
   No outro blog (" ZELUS ZELATUS SUM") já falamos sobre a GRAÇA SANTIFICANTE. Aqui, falaremos somente da GRAÇA SACRAMENTAL E DA GRAÇA ATUAL antes de começarmos a Catequese sobre cada sacramento. 

   Todos os sacramentos, além da graça santificante, produzem também uma graça especial chamada graça sacramental, própria de cada sacramento. Já que as nossas precisões variam com a idade e as circunstâncias, os Sacramentos, instituídos de propósito para amparar a nossa fraqueza, deverão trazer a graça que corresponda à situação de nossa alma. A graça sacramental é a mesma graça santificante comum, robustecida de energias especiais, para os fins próprios de cada Sacramento.
   Portanto: GRAÇA SACRAMENTAL é o direito que se adquire de receber, em tempo oportuno, as graças atuais necessárias para cumprir as obrigações de derivam do Sacramento recebido. Assim, quando fomos batizados, adquirimos o direito de ter as graças atuais para viver cristãmente e conservar a inocência batismal.

GRAÇA  ATUAL

   GRAÇA ATUAL é um dom sobrenatural que nos ilumina a mente, move e conforta a vontade, para que façamos o bem e evitemos o mal.
   É um socorro transitório que Deus concede às faculdades da alma: inteligência e vontade. Opera sobre as nossas faculdades não para elevá-las à ordem sobrenatural, mas para fazê-las produzir atos sobrenaturais. Como a energia elétrica, a graça atual produz vários efeitos: É luz: ilumina a inteligência. É calor: aquece o sentimento. É energia: move a vontade.
   A GRAÇA ATUAL É ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIA A TODOS PARA CONQUISTAR A VIDA ETERNA. RECORDA-NOS JESUS: "SEM MIM NADA PODEIS FAZER". (S. Jo. XV, 5).
   Portanto, sem o auxílio da graça atual, o homem não pode fazer nada na ordem da salvação: nem converter-se, nem cumprir os mandamentos, nem vencer as tentações graves, nem perseverar por muito tempo nos estado de graça, nem evitar durante a vida todos os pecados, inclusive os veniais nem conseguir a perseverança final.
   ESPÉCIES DE GRAÇA ATUAL: 1) Quanto ao modo, a graça é: INTERIOR, quando Deus age diretamente na inteligência e na vontade: pensamentos bons, santos desejos, resoluções piedosas; EXTERIOR: quando atua diretamente sobre os sentidos e faculdades sensitivas e, indiretamente, atingem as faculdades espirituais: sermões, bons exemplos, boas leituras. Hoje podemos acrescentar: blogues  e sites católicos, etc.
   2) Considerando-se a hora em que aparece o socorro, a graça atual é: ANTECEDENTE: quando, antes que a vontade se resolva, já nos induz a escolhermos o bem; CONCOMITANTE: quando acompanha a obra e nos auxilia na realização do bem; SUBSEQÜENTE: quando segue o ato, para firmar e enraizar no bem nossa vontade.
   3) Considerando-se os efeitos:  a graça atual é SUFICIENTE - quando não foi correspondida, embora habilitasse perfeitamente para o bem.
  DEUS DÁ A TODOS OS HOMENS A GRAÇA SUFICIENTE PARA A SALVAÇÃO. O homem, abusando de sua liberdade, pode resistir a graça de Deus, porque esta não tira sua liberdade. Em outras palavras: Deus não força o homem, mas quer que ele ganhe o céu correspondendo livremente à graça.
   A graça atual quanto ao efeito é também: EFICAZ:  quando a alma a ela corresponde.

   De dois modos Deus nos comunica a GRAÇA: pela ORAÇÃO e pelos SACRAMENTOS.
   A oração, por meio da qual pedimos as graças a Deus é o meio impetratório. Os sacramentos que no-la conferem diretamente são meios produtivos da Graça.
   A oração é como a chave que nos abre a fonte da graça; os Sacramentos são os canais que a conduzem até nós.
   Caríssimos e amados fiéis, devemos ter muito cuidado para não resistirmos às graças de Deus. "Se ouvirdes  hoje a Sua (=de Deus) voz, não queirais endurecer os vossos corações" (Salmo XCIV, 8). Santo Agostinho dizia: "Temo a Jesus que passa e não volta mais". No domingo de Ramos Jesus passou pela última vez em Jerusalém e disse chorando: "Se pelo menos neste dia que lhe é dado,  este povo reconhecesse Aquele que lhe pode trazer a paz!". (S. Luc. XIX, 4).

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Catequese sobre os SACRAMENTOS: ( II ) - NOÇÃO E EXPLICAÇÃO DE SACRAMENTO.

INTRODUÇÃO

   Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, veio ao mundo para salvar os homens: livrá-los do pecado e restituir-lhes a graça. Consumou sua obra morrendo na Cruz, oferecendo ao Eterno Pai condigna satisfação e merecendo para os homens a salvação eterna. Para continuar sua obra redentora, para que os frutos de Sua Paixão fossem aplicados a cada homem, Jesus instituiu a IGREJA. A ela confiou o tríplice poder de ensinar, reger e santificar os homens. Os principais meios de santificação e salvação, instituidos por Jesus e confiados à Igreja são: OS SACRAMENTOS.
   A GRAÇA É UM DOM DE DEUS QUE JORRA DA FONTE DA CRUZ E É COMUNICADA PELA IGREJA AOS HOMENS ATRAVÉS DOS CANAIS DOS SACRAMENTOS.

NOÇÃO E EXPLICAÇÃO DE SACRAMENTO

   I - Sentido da palavra sacramento:
   Antigamente, a palavra sacramento era usada pelos escritores eclesiásticos para significar coisa sagrada que se conserva oculta, mistério. Depois, passou a ter o sentido específico designando os sinais sensíveis  que produzem a graça.

   II - NOÇÃO: SACRAMENTO É UM SINAL SENSÍVEL E EFICAZ DA GRAÇA, INSTITUÍDO POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO PARA SANTIFICAR NOSSAS ALMAS.
   Explicação desta definição: Sinal, segundo Santo Agostinho, é aquilo que, atuando sobre os nossos sentidos, nos leva ao conhecimento de outra coisa.
Há sinais naturais: a fumaça, por ex., é sinal do fogo; há sinais convencionais, inventados e instituídos pelos homens: por ex., a bandeira é símbolo da Pátria; o preto indica luto; os números, as palavras, a escrita, os gestos.
   Os sacramentos não são sinais naturais nem convencionais, mas simbólicos, escolhidos e instituídos por Jesus para significar a graça. São sinais sensíveis, isto é, que se percebem pelos sentidos; sinais visíveis, de uma graça invisível. São sinais eficazes: não só representam exteriormente, mas produzem, por vontade e poder de Deus, a graça que simbolizam.
   Em cada sacramento existe uma tríplice virtude de significar. Em primeiro lugar, cada qual recorda um fato passado: a Paixão de Cristo; depois, assinala e mostra um fato presente: a nossa santificação; por último, anuncia um fato futuro: a vida e felicidade eterna.
   Um exemplo esclarece melhor a explicação. No Batismo, o derramar a água na cabeça da criança e as palavras "Eu te batizo", isto é, te lavo, te purifico, são um sinal sensível da graça que dá o Batismo; daí a semelhança: assim como a água lava o corpo e o purifica, assim a graça conferida pelo Batismo purifica do pecado a alma.

REQUISITOS: MATÉRIA, FORMA E MINISTRO

   Para que haja um sacramento são necessárias três coisas:
1ª - MATÉRIA: que é o elemento sensível, que significa a graça divina de modo indeterminado, como a água no Batismo; ou então uma ação material e visível, como a imposição das mãos na Ordenação.
2ª - FORMA: é o elemento que determina a matéria a significar de modo distinto a graça que o Sacramento produz. É constituída pelas palavras que o ministro diz no ato de administrar o Sacramento.
3ª - MINISTRO: é a pessoa que confere o Sacramento, unindo a forma à matéria, com intenção de fazer o que faz a Igreja. Esta intenção é necessária para o valor do Sacramento.

NÚMERO
   SETE SÃO OS SACRAMENTOS DA IGREJA: 1º - BATISMO; 2º - CONFIRMAÇÃO OU CRISMA; 3º - EUCARISTIA; 4º - PENITÊNCIA OU CONFISSÃO; 5º - EXTREMA-UNÇÃO OU UNÇÃO DOS ENFERMOS; 6º - ORDEM; 7º - MATRIMÔNIO. 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O BATISMO DAS CRIANÇAS

   I - OBRIGAÇÃO DOS PAIS: Os pais e mães de família têm obrigação de levar seus filhos à igreja ou capela para serem batizados, quanto antes. A ausência de padrinhos não é justificativa para adiar por mais tempo o batismo.

   II - RAZÕES PORQUE SE BATIZAM AS CRIANÇAS:
   1º) Jesus Cristo prometeu sua assistência à Igreja até à consumação dos séculos. Assistida e iluminada pelo Espírito Santo, a Igreja sempre batizou as crianças. É impossível que se tenha enganado em matéria tão importante, como é a condição para a salvação eterna. "Quem ousaria dar testemunho contra tão grande Mãe?" pergunta Santo Agostinho.
   Quando Jesus fala a Nicodemos sobre a necessidade do Batismo e também quando manda aos Apóstolos que batizem todos os povos, não faz exclusão das criancinhas. Os Apóstolos assim entenderam, pois, como lemos no Novo Testamento, São Pedro fez batizar a família de Cornélio (Atos, X, 48); em Filipos, São Paulo batizou a tintureira Lídia e sua família (Atos, XVI, 33); e em Corinto, batizou a família de Estéfano (1 Cor. I, 16). Será que não haveria nenhuma criança entre essas famílias?
   Nos primeiros séculos da Igreja, nas catacumbas, encontram-se inscrições sobre túmulos de cristãos batizados em tenra idade.
   Do VI ao XVI séculos, todos eram batizados na primeira infância. Se o batismo das crianças não fosse válido, ter-se-ia apagado o cristianismo da Terra, durante estes mil anos.
   Diz o CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA: "A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando "casas" inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças.
   2º) A fé exigida por Cristo para o Batismo ("Quem crer e for batizado será salvo") refere-se aos adultos, porque a criança não é capaz de fazer um ato de fé. O ÚNICO MEIO DE SALVAÇÃO PARA AS CRIANÇAS É A ADMINISTRAÇÃO DO BATISMO. Privá-las deste único meio seria ir contra a vontade de Cristo, que quer a salvação de todos e que, em sua vida terrena, manisfestou especial carinho e amor para com elas.

   3º) A criança herda o pecado original sem o querer. A mancha do pecado não lhe pode ser apagada, sem esforço próprio? Pecador em Adão, sem culpa pessoal, só pelo fato de nascer, é salvo em Jesus Cristo, sem esforço pessoal, só pelo fato do renascimento sacramental.

   4º) Dá-se à criança, sem consultar sua vontade, a vida natural, que é um bem. Não se lhe pode dar também a vida sobrenatural, que é um bem muito maior?

   5º) Já que não podem fazer um ato pessoal de fé, as crianças são assistidas pela fé dos próprios pais, se forem cristãos, e pela fé da Santa Madre Igreja.

   NOMES CRISTÃOS.
   Às crianças deve-se dar um nome cristão, e não nome de entes fabulosos e de ímpios, e outros ridículos e fúteis colhidos em romances e novelas. Escolha-se o nome de um Santo que sirva de protetor celeste à criança e de modelo para viver cristãmente. Até  psicologicamente falando, o nome de santo pode ter influência benéfica na pessoa.