4 de março
Leitura espiritual -- SÃO JOSÉ, MAIOR QUE OS ANJOS
Dizem os melhores teólogos josefinos que o Santo Esposo de Maria foi predestinado numa ordem e grau mais sublimes que todos os espíritos angélicos.
Os anjos são ministros, servos de Deus. São José foi pai adotivo do Senhor, Verbo Encarnado. Os anjos são os servos, os executores das ordens divinas. São José teve sob o seu governo e tutela, e obediente a ele e Maria, o próprio Deus, durante trinta anos. Et erat subditus illis. E estava sujeito, obediente a eles. Os anjos obedecem a Deus. E Deus obedeceu a São José.
As afinidades de São José com Cristo são mais íntimas, mais profundas, especiais e diretas. Foi pai de criação de Jesus, Rei dos anjos e São José foi esposo de Maria, Rainha dos anjos.
Os anjos são simples mensageiros e guardas dos homens; São José foi aquele que do céu recebera o encargo de guarda de Jesus, cabeça do gênero humano.
Podemos dizer que São José, foi Anjo pela vida, Arcanjo pelo ofício, Príncipe pela vitória do Rei dos reis, Potestade pelas operações sobrenaturais, Virtude pela perfeição, Dominação, porque acima está das criaturas, Trono, porque recebeu nos seus braços o próprio Deus. Querubim, porque depois de Maria ninguém melhor e mais pôde amar a Deus nem no céu nem na terra. Digamos, pois: Ó São José! Ó santo acima dos anjos e dos santos, possamos imitar-vos na angélica pureza e servir a Maria, Rainha dos anjos, para melhor amarmos o Rei Eterno dos anjos!
EXEMPLO
São José e Santa Teresinha
Em suas poesias tão belas ao falar da Santa Família de Nazaré, com que ternura recorda a humildade, o amor e dedicação de São José! Zélia Guerin, a piedosa mãe da santinha, devotíssima do Santo Patriarca, a ele confiava todos os negócios e sofrimentos.
Deu aos filhinhos, os dois meninos que teve, o nome de São José: José Luís e José João Batista. Ambos voaram para o céu em tenra idade. A esperança de um filho missionário se desvaneceu. Todavia continuaram os piedosos esposos a rezar, e Nosso Senhor lhes deu mais que um simples missionário: a Padroeira de todos os missionários. Aos 2 de Janeiro de 1873 nasceu, em Alençon, Teresinha. Pouco depois do batismo, a menina definha e parece seguir o caminho dos anjinhos já partidos para o céu. O médico aconselha a procurar uma boa e sadia ama de leite, como última tentativa. Esta, ao chegar, encontra a criança em lastimoso estado e abana a cabeça: Pobrezinha! é tarde demais! Já não há mais recurso...
A pequenina, lívida, com sinais de agonia. Zélia subiu ao segundo andar e retirou-se ao quarto. Não se julgou vencida, e ao contemplar a imagem de São José, seu querido protetor de todas as horas, caiu de joelhos e exclamou, cheia de confiança: Meu querido São José, eu não me dou por vencida! Sois o padroeiro das causas desesperadas, valei-me.
Desce e encontra a filhinha um pouco melhor. Mas a felicidade foi momentânea, São José queria experimentar a confiança da sua serva. Teresinha cai desfalecida novamente. Nem um sopro de vida. Zélia, banhada em lágrimas, suspirou resignada: Seja feita a vossa vontade, meu Deus! Meu São José, eu vos agradeço a morte suave que permitistes ao meu anjinho!
De súbito, com geral estupefação, Teresinha abre os olhos, reanima-se e sorri para a mãe. A agonizante de poucos minutos estava salva! São José fez o milagre. Naquele mesmo dia a pequenina se amamentava e a levaram à casa da boa ama. São José salvara a vida preciosa da maior santa dos últimos tempos, no expressivo e profético dizer de São Pio X.
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