15 de março
O PATROCÍNIO DE SÃO JOSÉ
O senhor o fez dono da sua casa e príncipe de suas possessões: É assim que nos referimos a São José nas orações litúrgicas. José é verdadeiramente o senhor de tudo quanto pertence a Jesus e Maria. Tem, pois, o direito de posse sobre a Igreja, obra grandiosa e admirável do Redentor. Jesus é o Fundador e Cabeça da Igreja. São José não foi chamado Pai, não foi o protetor e o sustentáculo de Jesus na terra? Ao direito de posse segue o poder de São José. É incontestavelmente o poder do Santo Patriarca no céu e na terra. E a aclamação popular também confere a São José o direito de Protetor da Igreja Universal. Esta aclamação começou no século XII, foi crescendo de século em século até àquela súplica de todo o orbe católico a Roma pedindo fervorosamente a proclamação solene do Santo Patriarca como PADROEIRO DE TODA A IGREJA. E o Papa Pio IX em 08 de dezembro de 1870 fez a solene Declaração.
Em todas as basílicas de Roma os sinos anunciaram a glória de São José naquele momento soleníssimo. E em todo orbe católico uma onda de alegria invadiu os corações dos devotos de São José. Desde então a Igreja nunca deixou de recorrer ao seu Pai e Protetor em todas as horas mais difíceis que atravessou e atravessa nestes tristes dias.
EXEMPLO
São José e o fundador das Escolas Cristãs
São João Batista de La Salle, o fundador dos Irmãos das Escolas Cristãs, se distinguiu por uma grande devoção a São José. Recomendava encarecidamente aos seus filhos espirituais que nunca deixassem de homenagear a São José, cada dia em todas as casas do Instituto por ele fundado. Haviam de recitar quotidianamente, com fervor, as ladainhas de São José. Na última enfermidade o santo fundador, preso ao leito de dores, sentia uma grande tristeza por ver que se aproximava a festa do seu Santo Patrono e não poderia celebrar a santa missa. Desejava tanto esta graça, mas não ousava pedi-la, com receio de faltar à perfeita conformidade com a vontade de Deus na doença. Todavia no dia 18 de março, pelas dez horas da noite, sentiu de repente que lhe voltavam as forças. Imaginou ser uma ilusão, um sonho, e não o disse a ninguém. No dia seguinte, grande festa do Santo Patriarca, sentiu as mesmas boas disposições da véspera. Experimentou levantar-se, e o fez com facilidade e rapidez. No auge da alegria preparou-se com todo fervor para a santa missa e a celebrou com um recolhimento e uma piedade impressionantes. Julgaram todos os Irmãos que São José lhe havia restituído a completa saúde. Depois de haver celebrado o santo sacrifício como um homem robusto e sadio, e dado fervorosa ação de graças, sentiu-se desfalecer.
Todos os sintomas da moléstia reapareceram. A graça estava alcançada. A última santa missa celebrada fora no dia 19 de março. Pouco dias depois o santo expirou, juntando piedosamente as mãos e lançando um olhar cheio de amor e de confiança à imagem de São José.
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