28 de março
A GLÓRIA DE SÃO JOSÉ NO CÉU
É impossível à língua humana traduzir a grandeza e a glória de São José. É o cúmulo e o ápice de todos os triunfos da criatura, depois de Maria.
O termo da predestinação é a vida eterna, que consiste nesta visão de Deus que costumamos chamar a Glória. Ora, a glória que é dada a algum santo no céu, corresponde ao seu grau de predestinação. São José foi predestinado numa ordem e num grau muito superiores a todos os justos do Antigo Testamento e aos santos do Novo Testamento, sem excluir São João Batista e os Apóstolos. Só a Virgem Santíssima teve maior glória. E como a missão de São José, depois de Maria, foi a mais sublime em relação ao Verbo Encarnado, pode se concluir com segurança, no verdadeiro sentido da doutrina da Igreja católica, que o Santo Patriarca está colocado na glória celeste em primeiro lugar depois da Mãe de Deus.
Basta estarmos lembrados dos serviços prestados por São José ao próprio Deus na terra. Governou a Sagrada Família; foi o guarda de quem guarda todos os seres criados; o Anjo do Conselho; o redentor do Redentor dos homens, na apresentação do Templo; o salvador do Salvador do mundo, salvando-O de mil perigos; o senhor do Rei e da Rainha do céu. Os santos serviram a Jesus no pobre, na Eucaristia, no sacerdócio, na Igreja. José esteve ao serviço da própria Pessoa adorável de Jesus Cristo, servindo diretamente a Humanidade Santíssima do Redentor como nenhuma criatura depois de Maria.
No céu tudo é perfeito e belo. Na terra, unidos viveram Jesus, Maria e José. Aqui, o Filho de Deus, a Mãe de Deus obedeceram a José, o honraram como chefe da Sagrada Família. O amor de Jesus ao seu Pai Adotivo será menor no céu do que o foi na terra? Maria será menos dedicada ao seu Esposo Santíssimo.? Na perfeição do céu, mais perfeito, mais sublime há de ser o amor de São José, a sua glória, e mais eficaz a sua proteção.
EXEMPLO
Pio IX, devoto de São José
O grande Pontífice da Imaculada Conceição foi também o Papa de São José. Era comovedora a sua devoção filial ao Santo Patriarca. Pelo Decreto Apostólico de 10 de setembro de 1847, estendeu a toda a Igreja o festa do Patrocínio de São José, que se celebrava até então em poucas igrejas por indulto especial. Em 8 de dezembro de 1870 declarou solenemente a São José Patrono da Igreja Universal e ordenou que a festa de 19 de março fosse elevada ao rito duplo de primeira classe.
É conhecido o episódio do célebre quadro da Imaculada Conceição. Um pintor francês veio lhe mostrar o esboço da obra. Era uma representação da glória da Imaculada no céu.
- Onde está São José? Não o vejo aqui, no quadro...
- Santidade, responde o pintor, eu vou colocá-lo lá no alto, entre os santos.
- Não, não! diz Pio IX. E pondo os dedos sobre a imagem de Jesus Cristo, disse: "Quero São José aqui, bem ao lado de Jesus Cristo, ao lado de Maria. Assim estão eles no céu. Não os separemos!
Poucos dias antes de sua morte, o Santo Pontífice recebera em audiência íntima, em seu leito de sofrimento, a um religioso amigo. Este notou na fisionomia do Papa alegria e confiança e um doce otimismo no modo de falar.
- Por que Vossa Santidade me parece hoje tão alegre?
- É que hoje estive meditando, responde Pio IX, e encheu-me de consolação o pensamento de que São José agora é mais conhecido, mais amado e invocado em todo o mundo. Daí a minha confiança e a minha alegria, padre. Eu não verei mais, porém meus sucessores hão de ver o triunfo da Igreja, esta Igreja da qual eu constitui São José o Patrono.
O grande Papa nunca deixou de invocar, até a morte, a doce proteção de São José. Incentivou em toda a Igreja esta devoção. Nas horas tormentosas do seu difícil pontificado, confiou a sorte da Igreja a Maria Imaculada e a São José. Foi, realmente o Papa da Imaculada e de São José.
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