LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
Após a Consagração do Cálice no Santo Sacrifício do Altar,
temos realmente presente o Sangue de Jesus: "Este é o cálice do meu sangue
que será derramado por vós". Então
o sacerdote genuflexa para adorá-Lo. Levanta o Cálice com o preciosíssimo
verdadeiro Sangue do Cordeiro Imaculado. Ergue-o para o alto, para o Céu. Os
anjos descem também para adorá-Lo, porque dentro do Cálice está todo Jesus,
pois, por concomitância, onde está o Sangue, estão também o Corpo, Alma e Divindade.
O Pai Eterno lança-Lhe um olhar de complacência, porque ali está quanto de mais
augusto e de mais amável Ele pode desejar. Presente na Santa Missa, eu também
fito n'Ele os meus olhos, adoro-O, e sinto renascer ao meu coração as minhas
mais belas esperanças que pareciam enlanguescer, todos os meus afetos que
pareciam já extintos.
Aquele Cálice com o Sangue de Jesus Cristo é meu, e o sacerdote
ao oferecê-Lo a Deus, fá-lo também em meu nome; oferece a grande oblação também
por mim. Lá dentro está o Sangue de Jesus, mas está também o meu coração, este
meu pobre coração, qual turíbulo cheio de cinza e de fogo. Todas as vezes que
assisto a Santa Missa, dela participo sobretudo quando comungo, porque assim
Jesus encontra-se com o meu coração ali dentro do Cálice do Altar.
Caríssimos, talvez pareça pequeno ao olhar humano aquele
Cálice, mas como se torna vasto e amplo ao olhar da fé!!! O meu coração está
ali comodamente, ao passo que se sente sufocado nas estreitezas do universo
inteiro. O Cálice do Preciosíssimo Sangue oferece-me um repouso, uma paz, uma
tranquilidade que não encontro em nenhum outro lugar, e se não houvesse um
Paraíso, pediria ao Senhor que me deixasse viver nele por toda a eternidade. Na
verdade, como se está bem convosco, ó adorável Sangue do meu Jesus!!!
De manhã logo minha alma formula muitos e santos propósitos.
Desejaria passar o dia somente em amar a Jesus. E como é belo amar a Jesus!
Mas, dada minha miséria, como, por vezes é difícil! Prometo sempre amá-Lo, mas
chegada a noite resta bem pouco dos propósitos feitos. O exame de consciência
faz-me ver raros frutos por entre uma selva de espinhos... algumas obras boas
afogadas num mar de imperfeições. E por que tantas desilusões quase todo dia? É
porque esqueço o Cálice do Sangue de Jesus. Ao ouvir a Missa, dela pouco
participo, porque teria que depois vivenciá-la. Deveria colocar no Cálice todas
as minhas santas resoluções, todas as minhas boas obras, todas as minhas penas
e dores, afim de que, banhadas e santificadas pelo Sangue de Jesus, se
tornassem agradáveis ao Pai Celestial e fossem assim por Ele abençoadas. E é
por causa deste esquecimento que as flores da minha alma , já na metade do dia,
se encontram murchas, e é em vão que à noite espero colher os frutos. Ó Jesus,
quero corrigir-me; dai-me a graça de nunca mais esquecer o Cálice de Vosso preciosíssimo
Sangue máxime, quando na Santa Missa tiver a ditosa graça de comungar. Amém!
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