SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

terça-feira, 18 de julho de 2017

A VIDA DO HOMEM É UMA VIAGEM PARA A ETERNIDADE


"Irá o homem à casa de sua eternidade" (Eclesiástico XII, 5).

"Morro todos os dias": São Paulo fala da morte mística, mas o mesmo podemos dizer da física. Somos como as velas acesas no altar: à medida que estão iluminando, estão simultaneamente se extinguindo. Enquanto vivemos e porque vivemos, estamos morrendo, caminhando para o fim desta vida passageira e aproximando-nos da vida que não passa, isto é, para a eternidade. "Não temos aqui cidade permanente, mas vamos buscando a futura" (Hebr. XIII, 14). A terra, portanto, não é nossa pátria, mas apenas lugar de trânsito. Como diz São Pedro, nós somos peregrinos e estrangeiros aqui neste mundo. Estamos viajando sem parar para a outra vida que não passa porque eterna. Ou feliz ou infeliz ETERNAMENTE! Assim um dia, uma cova será a morada no nosso corpo até o dia do Juízo Final no fim do mundo, e nossa alma, logo após o juízo particular que se dará logo após a morte, irá à casa da eternidade, ao céu, ou ao inferno. Por isso nos diz Santo Agostinho: "És hóspede que passa e vê. Néscio seria o viajante que, tendo de visitar de passagem um país, quisesse empregar ali todo o seu patrimônio na compra de imóveis, que ao cabo de poucos dias teria de abandonar. Considera, por conseguinte, que estás de passagem neste mundo, e não ponhas teu afeto naquilo que vês. Vê e passa, e procura uma boa morada, onde para sempre poderás viver".

Diz Santo Afonso: "Feliz de ti se te salvas!... quão formosa a glória!... Os palácios mais suntuosos dos reis são como choças em comparação à cidade celeste, única que se pode chamar Cidade de perfeita formosura (Lam. II, 15). Ali não haverá nada que desejar. Vivereis na gozosa companhia dos Santos, da divina Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e sem recear nenhum mal. Vivereis, em suma, abismados num mar de alegrias, de contínua beatitude, que durará sempre": "Os remidos pelo Senhor voltarão e virão a Sião, cantando os seus louvores; e uma alegria eterna coroará a sua cabeça, possuirão gozo e alegria, e deles fugirá a dor e o gemido" (Isaías XXXV, 10). E esta alegria será tão grande e perfeita, que por toda a eternidade e em cada instante parecerá sempre nova... O que é infinito não se esgota, não enjoa. 

Mas há a eternidade infeliz. Não podemos omitir esta verdade, e, até, o devemos nela meditar para termos mais força para não pecar. "Desçamos vivos em espírito ao inferno para não descermos lá, depois da morte, com a alma; e no fim do mundo, também com o corpo por todo eternidade", dizia um santo.  Quem negar o inferno seria um herege. Jesus disse claramente: "A vós, pois, meus amigos, vos digo: Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, e depois nada mais podem fazer. Eu vos mostrarei a quem haveis de temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder de lançar no inferno; sim eu vos digo, temei este" (S. Lucas XII, 4 e 5). Não menos claramente falou o divino Mestre ao discorrer sobre o Juízo Final: "Esses [os injustos] irão para o suplício eterno, os justos para a vida eterna"  (S. Mateus, XXV, 46). Nossa Senhora mostrou às três crianças de Fátima, o inferno como um mar de fogo. Quem se condenar sentir-se-á submerso neste mar de fogo, desesperado porque pensará a todo momento que dali não sairá jamais. E pior, ali o condenado estará privado eternamente da visão beatífica de Deus. Embora não possamos imaginar como é, a Teologia nos garante que esta pena chamada do dano, é a maior que possa existir: é pior que o fogo, e todos os demais tormentos possíveis. E o condenado sofre a eternidade dos tormentos, e o tormento da eternidade. Estará sempre pensando que aquele sofrimento nunca diminuirá nem acabará. É o peso da eternidade.

São João Crisóstomo, considerando que aquele rico, qualificado de feliz no mundo, foi logo condenado ao inferno, enquanto que Lázaro, tido como infeliz porque era pobre, foi depois felicíssimo no céu, exclama: "Ó infeliz felicidade, que trouxe ao rico eterna desventura!... Ó feliz desdita, que levou o pobre à felicidade eterna!"

Sou réprobo ou predestinado? Só depende de cada um querer. Queres morrer bem e ir para o Céu, viva bem! Tal vida, tal morte! É o que diz o Espírito Santo através de uma comparação: "Se a árvore cair para a parte do meio-dia, ou para a do norte, em qualquer lugar onde cair, aí ficará"  (Eclesiastes. XI, 3).  Assim, se a pessoa viver sempre voltado para Deus, quando sua alma sair do corpo, ficará com Deus; mas se ficou tombada para o lado do pecado onde está o demônio, quando vier a morte, ficará eternamente em companhia dos demônios: "Ide malditos para o fogo eterno, preparado para os demônios e seus SEGUIDORES" (S. Mateus, XXV, 41). "Irá o homem à casa de sua eternidade" (Eclesi. XII, 5). "IRA", para significar que cada qual há de ir à morada que quiser. Não será levado, mas irá por sua própria e livre vontade. "Deus quer certamente, afirma Santo Afonso, que nos salvemos todos; mas não quer salvar-nos à força. Põe diante de nós a vida e a morte (Ecles. XV, 18) e ser-nos-á dado o que escolhermos". Jeremias diz também o mesmo, acomodando aqui o sentido: "Isto diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte"  (Jeremias, XXI, 8). A nós cabe escolher. Mas quem se empenha em andar pela senda do inferno, como poderá chegar ao Céu? Exclama Santo Agostinho: "Quem será tão louco que tome veneno mortal com esperança de curar-se? No entanto, quantos insensatos se dão a morte a si próprios, pecando, e dizem: mais tarde pensarei no remédio... Ó deplorável ilusão, que a tantos tem arrastado ao inferno!" Dizia Santo Euquério: "Se tanto trabalho se dá o homem para adquirir uma casa cômoda, espaçosa, saudável e bem situada, como se tivesse certeza de que a poderia habitar durante toda a vida, por que se mostra tão descuidado quando se trata da casa que deve ocupar eternamente: "Negotium pro quo contendimus, aeternitas est. E dizia São Gregório Magno: "Em se tratando da eternidade, todo cuidado é pouco!". Quando Santo Tomás Morus foi condenado à morte por Henrique VIII, Luísa, sua esposa, procurou persuadi-lo a consentir no que o rei queria (aprovar o seu adultério). Tomás lhe replicou: Dize-me, Luísa: quanto tempo ainda poderei viver?  - Poderás viver ainda uns vinte anos - disse a esposa.  -  Oh! triste negócio!  -  exclamou então Tomás. Por vinte anos de vida na terra, querias que perdesse uma eternidade de ventura e que me condenasse à eterna desdita?" 


Caríssimos, se a doutrina da Eternidade (Céu e Inferno) fosse apenas uma opinião PROVÁVEL, ainda assim deveríamos procurar com empenho viver bem para não nos expormos, caso essa opinião fosse verdadeira, a ser eternamente infelizes. Mas esta doutrina e certíssima, é dogma de fé. O Divino Mestre falou, e muitas vezes, tanto sobre a existência do Céu, como sobre a do inferno. Reavivemos a nossa fé: "Creio na vida eterna!" Amém!

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