P. Que é que nos ordena o segundo Mandamento?
R. O segundo Mandamento ordena-nos que honremos o Santo Nome de Deus, e que cumpramos, além dos votos, também as promessas juradas.
Explicação: 1º) Honrar o Santo Nome de Deus, ou seja ter sempre respeito a ele. Diz-se que o nome é a pessoa, que, por isso, quem vitupera o nome, vitupera a pessoa. Devemos, portanto, ter pelo nome de Deus o mesmo respeito que temos por Ele.
2º) Que cumpramos os votos: Voto é uma promessa feita a Deus, de uma coisa boa, para nós possível, e melhor que a coisa contrária, a que nós nos obrigamos, como se nos fosse preceituada. Se a observância do voto se nos tornasse no todo ou em parte muito difícil, podia-se pedir a comutação ou a dispensa ao Bispo próprio ou ao Sumo Pontífice, conforme a qualidade do voto.
Pelo voto obriga-se uma pessoa a fazer uma boa obra por motivo de religião, isto é, assume para si por meio dele um dever sagrado, em virtude da religião. De onde resulta quão grave seja a obrigação de satisfazer os votos. A transgressão, pois, de um voto é pecado, e por isso não devemos fazer votos sem madura reflexão, e ordinariamente sem o conselho do confessor, ou de outra pessoa prudente, para não nos expormos ao perigo de pecar.
Os votos mais perfeitos são os de pobreza, de castidade e de obediência, que fazem os religiosos e as religiosas.
Os votos mais perfeitos são os de pobreza, de castidade e de obediência, que fazem os religiosos e as religiosas.
Os votos fazem-se só a Deus; mas podem-se fazer a Deus em honra de Nossa Senhora, dos Anjos e dos Santos.
3º) Que cumpramos as promessas juradas: Subtende-se sempre que alguém, com o juramento, se tenha obrigado a coisa lícita. Quem promete uma coisa, deve fazê-la em cumprimento da promessa; mais grave é o dever, se a promessa foi jurada, isto é, feita com juramento. Ela é uma espécie de voto porquanto a promessa jurada é um dever assumido em virtude da religião.
EXEMPLO DE VOTO
Numa expedição contra os Lombardos, o irmão de São Bento, ao atravessar a cavalo uma torrente, foi arrastado pela rapidez das águas. Estava para perecer, quando seu irmão, que o seguia, se lançou ao rio, sem atentar no perigo a que se expunha. Nesse momento fez Bento voto de que, se o Senhor o salvasse com seu irmão, consagraria o resto da vida ao seu serviço. O voto foi deferido; ambos se salvaram. Apenas se concluiu a expedição, apressou-se a cumprir o voto; entrou num convento, de que veio a ser depois, bem depressa, o reformador.
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