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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sábado, 14 de maio de 2016

A CONSCIÊNCIA CRISTÃ


   Inspirados talvez inconscientemente pelo Modernismo e pela "Moral Nova", muitos soem dizer que "o que manda é o coração", querendo com isto dizer que o que importa é o agir segundo o que se acha ser certo. Mas, na verdade, não é bem assim. Deus, Nosso Senhor colocou no mais íntimo do homem a consciência. Dadas, porém, as consequências do pecado original, a consciência deve ser bem educada e formada para que, sendo certa e reta, procure fazer sempre o que é do agrado de Deus, e evitar tudo o que Lhe desagrada. Neste sentido valeria a sentença acima enunciada: O que manda é o coração reto que procura fazer sempre a santíssima vontade de Deus. 

   "O Divino Salvador, dizia Pio XII, trouxe para o homem ignorante e fraco sua verdade e sua graça; a verdade para lhe indicar o caminho que conduz a seu fim; a graça para lhe conferir a força de poder atingi-lo. Percorrer este caminho significa, na prática, aceitar a vontade e os mandamentos de Cristo e tornar sua vida conforme com eles, isto é, cada ato interior e exterior que a livre vontade humana escolhe e fixa. Ora, qual é, senão a consciência, a faculdade espiritual que, nos casos particulares, indica à vontade, para que ela os escolha e resolva, os atos que são conformes à vontade divina? Ela é, portanto, o eco fiel, o puro reflexo da regra divina dos atos humanos. De tal sorte que as expressões, tais como "o julgamento da consciência cristã", ou esta outra "julgar segundo a consciência cristã", têm o seguinte sentido: a regra da decisão última e pessoal para uma ação moral provém da palavra e da vontade de Cristo. Ele é, com efeito, o caminho, a verdade e a vida, não somente para todos os homens tomados em conjunto, mas para cada um tomado individualmente (Cf. S. João XIV, 6); Ele o é para o homem adulto, Ele o é para a criança, Ele o é para o jovem. 

   Segue-se daí que formar a consciência cristã de uma criança ou de um jovem consiste primeiramente em esclarecer seu espírito sobre a vontade de Jesus Cristo, sobre a Sua lei, sobre o caminho que ele lhe indica e, além disto, em agir sobre sua alma, o quanto isto possa ser feito do exterior, a fim de o induzir a cumprir sempre livremente a vontade divina. eis qual é a mais alta tarefa da educação.

   Mas onde o educador e a criança encontrarão concretamente, facilmente e com certeza, a lei moral cristã? Na lei do Criador impressa no coração de cada um (Cf. Rom. II, 14-16), e na revelação, isto é, no conjunto das verdades e dos preceitos ensinados pelo Divino Mestre. Todo este conjunto - a lei escrita no coração, ou lei natural - Jesus Nosso Redentor o confiou, como o tesouro moral da humanidade, à Sua Igreja, para que Ela o pregue a todas as criaturas, o ilustre e o transmita, intacto e preservado de toda contaminação e erro, de uma geração à outra". (...)

   "Na doutrina moral católica, como no dogma, quer-se fazer de qualquer modo uma radical revisão para daí deduzir uma nova ordem de valores". (...) O vício capital desta "nova moral" é, como explica Pio XII: "Submetendo todo critério ético a consciência individual, ciosamente fechada em si mesma e arvorada como juiz absoluto de suas determinações, esta teoria, bem longe de lhe aplainar o caminho, a afasta do verdadeiro caminho que é Cristo". 

   "O Divino Redentor entregou Sua Revelação, da qual as obrigações morais são parte essencial, não aos homens isoladamente, mas à Sua Igreja, à qual Ele deu a missão de os guiar e de guardar fielmente este depósito sagrado". 

   "Do mesmo modo, a assistência divina, destinada a preservar a Revelação de erros e deformações, foi prometida à Igreja e não aos indivíduos. Sábia previdência, pois que a Igreja, organismo vivo, pode assim, com segurança e facilidade, seja esclarecer e aprofundar as verdades, igualmente morais, seja aplicá-las, mantendo intacto o essencial, nas condições variáveis de lugar e de tempo. Considere-se, por exemplo, a doutrina social da Igreja, que, surgida para responder a necessidades novas, nada fez senão a aplicação da eterna moral cristã às presentes circunstâncias econômicas e sociais". 

   "Como é, então, possível conciliar a previdente disposição do Salvador, que confiou à Igreja a proteção do patrimônio moral cristão, com uma espécie de autonomia individualista da consciência?"

   "Esta última, subtraída de seu clima natural, não pode produzir senão frutos venenosos, que se reconhecerão pela simples comparação com certas características da conduta tradicional e da perfeição cristãs, cuja excelência é provada pelas obras incomparáveis dos Santos".

   "A "nova moral" afirma que a Igreja, em lugar de suscitar a lei da liberdade humana e do amor, e de insistir sobre ela como justo estímulo da vida moral, se apóia, ao contrário, por assim dizer exclusivamente e com uma rigidez excessiva, sobre a firmeza e a intransigência das leis morais cristãs. (...). 

  " Ora, a Igreja quer, ao contrário - e ela o põe expressamente em evidência quando se trata de formar as consciências - que o cristão seja introduzido nas riquezas infinitas da fé e da graça, de um modo persuasivo, a ponto de se sentir inclinado a penetrá-los profundamente.

   "Entretanto, a Igreja não pode deixar de advertir os fiéis de que estas riquezas não podem ser adquiridas e conservadas senão pelo preço de obrigações morais precisas. Uma conduta diversa terminaria por fazer esquecer um princípio dominante, sobre o qual sempre insistiu Jesus, seu Senhor e Mestre. Com efeito, Ele ensinou que para entrar no reino dos céus não é suficiente dizer: "Senhor, Senhor", mas que é preciso que a vontade do Pai Celeste seja cumprida (cf. S. Mateus VII, 21). Ele falou da "porta estreita" e do "caminho estreito" que conduz à vida (cf. S. Mateus, VII !# e !4), e Ele acrescentou: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque, eu vo-lo declaro, existem muitos que procurarão aí entrar, sem o conseguirem" (cf. S. Lucas, XIII, 24). Cristo fixou, como pedra de toque e traço distintivo do amor a Ele, a observância dos mandamentos (cf. S. João, XIV, 21-24). Igualmente, ao jovem rico que O interroga, Ele responde: "Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (...) Ele estabeleceu, como condição a quem O quer imitar, que renuncie a si mesmo e tome cada dia a própria cruz (cf. S. Lucas, IX, 23). (...) Ele acrescenta: "eu vo-lo digo, a vós meus amigos, não tenhais medo dos que podem matar o corpo, mas que, isto feito, nada mais podem. Dir-vos-ei o que deveis temer: temei Aquele que, após ter dado a morte, tem o poder de vos lançar no inferno"(cf. S. Lucas, XII, 4-5).

NB.: Este artigo são excertos da alocução "La Famiglia" que Pio XII fez em 1952. 

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