Na Sequência da Missa a Santa Igreja chama o Divino Espírito Santo: "DOCE HÓSPEDE DA ALMA". Reza ainda: "Sem a vossa graça nada existe no homem, nada há de puro; lavai toda mancha, regai toda aridez, sarai toda ferida, abrandai o que é rígido, aquecei o que é frígido, encaminhai os desviados"...
Caríssimos, talvez faz-se mister que cresçamos mais na devoção ao Divino Espírito Santo, porque Ele habita em nós pela graça e quer agir sempre no sentido não só de nos levar para o céu, mas seu desejo é que nos santifiquemos.
É sumamente salutar à nossa alma, esta meditação! Acende o fogo do amor de Deus em nossos corações.
Sabemos que no Batismo e sobretudo na Crisma, recebemos o Espírito Santo; mas pedimos a sua vinda, porque podemos recebê-Lo sempre mais abundantemente, podemos receber sempre d'Ele luzes mais vivas, forças mais poderosas. Na verdade o Espírito Santo habita em nós para nos santificar, para nos guiar em toda atividade sobrenatural. Comunica-nos os seus dons. Hóspede divino, cheio de amor e bondade, não estabelece em nossos corações a sua morada senão para nos ajudar, esclarecer, fortalecer. Como é triste o pecado mortal; pois expulsa este Doce Hóspede da alma! Ele só sai, quando assim expulso. Os pecados veniais deliberados não O expulsam; embora maltratado, continua na alma. É muito triste também tratar mal um tal hóspede! Esforcemo-nos também por evitar os pecados veniais. Quanto a não tapar os ouvidos às Suas inspirações já falamos no post: "TOTAL FIDELIDADE AO ESPIRITO SANTO". Atinente a isto, só queria acrescentar que, quando a alma Lhe resiste deliberadamente e com frequência, ofende-O e obriga-O pouco a pouco a calar-se. E então tal infeliz alma pára no cominho da santidade e corre até grande risco de se desviar do trilho da salvação.
Caríssimos, sejamos, portanto, fiéis a este Doce Hóspede de nossa alma. Peçamos-Lhe, pois, que venha a nós, em nós habite e em nós aumente a abundância dos Seus dons. A oração fervorosa é uma das condições da Sua vinda às nossas almas. Mas outra condição, que podemos dizer "sine qua non" é a humildade. Portanto, apresentemo-nos a Ele na íntima convicção da nossa pobreza interior: "Vinde Pai dos pobres!" Esta disposição da alma é excelente para receber Aquele de quem a Igreja canta: "Sem a vossa graça nada exite no homem, nada há de puro". Sem o auxílio do Espírito Santo, tudo em nós é nocivo. Somos um nada pecador. Então, ó Divino Espírito Santo: "Lavai as nossas manchas, regai a nossa aridez, curai as nossas chagas; vergai a nossa rigidez, aquecei a nossa frieza, guiai nossos passos transviados".
Nunca deixemos de invocar o Espírito Santo. É precisamente por causa das nossas misérias que Ele nos atenderá. Aos humildes Ele sempre dá a graça.
E Vós, Nosso Senhor Jesus Cristo, também nosso Advogado, agora sentado à direita do Pai, rogai ao Espírito Santo para que a Sua vinda às nossas almas seja como "um rio de água viva, cuja virtude jorre até à vida eterna". Amém.
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