A SANTA MISSA é o SACRIFÍCIO INCRUENTO do CORPO e do SANGUE de JESUS CRISTO, oferecido sobre os nossos altares, debaixo das espécies de PÃO e VINHO, em memória do SACRIFÍCIO DA CRUZ.
Já explicamos que sacrifício é: OBLAÇÃO E IMOLAÇÃO.
O SACRIFÍCIO DA MISSA consiste na oblação do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, presentes sobre o altar sob as espécies ou aparências da pão e vinho. A essência desse sacrifício está na CONSAGRAÇÃO das duas espécies, isto é, do pão e do vinho, SEPARADAMENTE.
A CONSAGRAÇÃO é a IMOLAÇÃO incruenta da vítima. A separação da espécies representa a separação do Corpo e Sangue de Jesus Cristo na Cruz. Na Missa, o Corpo de Jesus não se separa realmente do seu Sangue. Se fosse assim, Jesus morreria outra vez e haveria um novo sacrifício. Não há um novo sacrifício na Missa; há o MESMO SACRIFÍCIO que foi oferecido na Cruz. A separação é nas PALAVRAS e nas ESPÉCIES (do pão e do vinho), que REPRESENTAM a separação do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo na Cruz. À esta separação chama-se SEPARAÇÃO MÍSTICA ou SACRAMENTAL.
Na Cruz, a morte de Jesus foi real; na Missa, há apenas morte mística. Pela separação sacramental do Corpo e do Sangue, Jesus Cristo se torna presente em estado de vítima. No instante em que consagra, o sacerdote age na pessoa de Cristo, Sumo Sacerdote que se oferece em oblação.
Devemos dizer que a morte de Jesus na Santa Missa é apenas mística, mas a oblação de Jesus como Vítima é a mesma do Calvário, real e eficaz como no Calvário. Daí a:
Devemos dizer que a morte de Jesus na Santa Missa é apenas mística, mas a oblação de Jesus como Vítima é a mesma do Calvário, real e eficaz como no Calvário. Daí a:
EXCELÊNCIA DO SACRIFÍCIO DA MISSA
Como todo valor do sacrifício depende da dignidade da Vítima e do Sacerdote que a oferece, nenhuma dúvida há de que tanto é infinita a MISSA como o foi a oblação da CRUZ.
FINS DO SACRIFÍCIO DA MISSA
1º) Fim latrêutico (adoração): Em primeiro lugar, a glorificação do Pai Celeste, correspondente à sua Majestade infinita.
O sacrifício é, antes de tudo, um testemunho externo dos sentimentos de reverência absoluta diante do poder e senhorio de Deus. Ora, Jesus Cristo, Nosso Senhor, pela oblação reverente da própria vida, na Cruz, reconheceu o soberano direito de Deus sobre os homens. Na Santa Missa, renova essa oblação, prestando ao Pai Onipotente toda honra e glória.
2º) Fim eucarístico (ação de graças): A fim de mostrar nossa gratidão, oferecemos ao benfeitor algo que nos é precioso. Que há de mais precioso que Jesus Cristo? Por Ele, em nome d'Ele, rendemos graças a Deus, igualando o benefício recebido. A Missa é EUCARISTIA, isto é, ação de graças.
3º) Fim propiciatório (expiação, reconciliação): Pelo seu sacrifício, Jesus expiou, satisfez condignamente a ofensa feita ao Deus infinito. A cada pecador, este Sacrifício se aplica sobretudo pelos Sacramentos e pela Missa. Na Missa, como na Cruz, Jesus aplaca a ira divina ultrajada pelos nossos pecados e se oferece pela nossa redenção, nossa e de todo o mundo, e bem assim "por aqueles que repousam em Cristo e nos precederam com o sinal da fé e dormem o sono da paz".
4º) Fim impetratório (petição de graças): Como na Cruz, assim também sobre o Altar, Jesus continua a sua mediação, é atendido nas suas preces, "para que sejamos cumulados de toda bênção e graça".
Devemos todavia conservar em nossos pedidos a ordem que indica a liturgia: a) antes de tudo rezar pelas grandes intenções da Igreja; b) depois, pedir graças espirituais para nós e os outros; c) por último, implorar favores temporais, na medida em que forem úteis à nossa salvação.
Sua benção, padre Élcio. Agradeço muito a Deus por existir padres como o senhor, que se preocupa em nos mostrar,o rito da santa missa. Eu me emocionei muito lendo sua narrativa.Eu só assisto a missa,acompanhada com um missal, sei o quanto é importante, para compreendermos o rito da santa missa, mas lendo tudo que o senhor escreveu, me deixou muito emocionada,pois sabemos o quanto a missa tridentina é rica e espirituosa. muito obrigada por esse blog. sua benção
ResponderExcluirpadre Élcio