SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sábado, 7 de dezembro de 2013

Páginas Históricas do Concílio Vaticano II - ( 21ª )

   "Em 29 de janeiro de 1964, L'Osservatore Romano publicou um Motu Proprio de Paulo VI, onde está dito que em substância não era possível dar efeito imediato a todas as partes da Constituição sobre a Liturgia, uma vez que era preciso preparar novos livros litúrgicos; uma comissão especial seria nomeada para isto. [ndr.: I maginem que até hoje ainda há discussões sobre traduções!!! E não se resolvem! E em se tratando de línguas vivas (o latim é língua morta) estão sempre mudando e sofrendo deturpações]. 

   No dia seguinte, L'Osservatore Romano publicou um comentário de um liturgista beneditino, Dom Marsili. Ele falava da grande decepção que lhe causava o Motu proprio, que 'embora aparentemente pondo fim a vacatio legis, na realidade não fazia senão prolongá-la'. 

   Pouco tempo depois, tive oportunidade de encontrar Dom Marsili, para quem o Motu proprio era um 'desastre'. Enquanto a Constituição sobre a Liturgia era tão ampla, tão liberal, 'eis que o Papa fechou as portas' disse, 'com o seu Motu proprio'. Ele acrescentou que todos os membros da Comissão de Liturgia sabiam que tinham sido preparadas, para o Papa, três versões diferentes do documento. A que finalmente lhe fora apresentada tinha sido inteiramente modificada por Mons. Felici, que em certos pontos chegava a contradizer a Constituição tal como fora promulgada. Infelizmente, confiando no Secretário Geral, Paulo VI autorizara a publicação do texto.

   Durante as vinte e quatro horas que se seguiram à publicação do Motu proprio, houve um pandemônio nos escritórios da Secretaria de Estado. Chamadas telefônicas, telegramas e cabogramas se sucediam ininterruptamente, provindo de bispos e Conferências Episcopais do mundo inteiro, falando de sua perplexidade ou sua irritação. Mons. Dell'Aqua, da Secretaria de Estado, diria mais tarde que jamais esse dicastério conhecera, em toda a sua história, um dia semelhante. A situação se agravou ainda mais, quando, em 31 de janeiro, L'Osservatore Romano publicou, em italiano, uma tradução do Motu proprio que não correspondia ao texto latino publicado dois dias antes. 

   Talvez a maior crítica que se fazia ao Motu proprio era que ele não autorizava a introdução da língua vulgar na liturgia a partir de 16 de fevereiro de 1964. Os jornais não tardaram a relatar que, sem se preocupar com isto, a hierarquia francesa se adiantava. A hierarquia alemã enviou imediatamente a Roma um de seus principais liturgistas, Mons. Wagner, para ver o que tinha acontecido. O Cardeal Lercaro, Arcebispo de Bolonha, não escondeu seu descontentamento e anunciou que viria a Roma para ver o Papa. 

   Enquanto isso, os juristas do Vaticano lutavam para encontrar uma saída para o impasse. A solução que escolheram foi informar a todas as Conferências Episcopais, por meio dos núncios ou delegados apostólicos, que o Motu proprio publicado no L'Osservatore Romano fora revogado, e que outra versão estava sendo preparada para ser publicada nos Acta Apostolicae Sedis, único jornal oficial da Santa Sé. (Sabe-se que, juridicamente um documento só é promulgado oficialmente quando aparece nos Acta Apostolicae Sedis).

   E 2 de março, o texto oficial do Motu proprio, tal como devia aparecer nos Acta Apostolicae Sedis, foi publicado em brochura destinada aos bispos. Ele havia tido pelo menos quinze revisões. Numerosos Padres Conciliares viram nessas poucas folhas de papel o sinal de sua vitória sobre a Cúria Romana". 

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