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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

PENITÊNCIA E MORTIFICAÇÃO

   "Se viverdes segundo a carne, morrereis, mas se, pelo espírito, fizerdes morrer as obras da carne, vivereis" (Rom. VIII, 13). 
   Amar a Deus sobre todas as coisas, de todo o coração, com todas as forças, eis o grande mandamento. No céu O amaremos naturalmente, necessariamente, infinitamente. Igual coisa não se dá na terra. No estado atual da natureza decaída, é impossível amar a Deus com amor verdadeiro e efetivo sem esforço, sem sacrifício. É o que resulta das tendências da natureza corrupta que permanece no homem, mesmo regenerado pelo Batismo. Não podemos amar a Deus sem combater estas tendências. Por isso Nosso Senhor disse: "Se alguém quer vir após mim, abnegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (S. Mat. XVI, 26). Seguir a Jesus Cristo é amá-Lo. A condição de O seguir e amar é renunciar a si mesmo, isto é, às más inclinações da natureza, o que se consegue pela prática da mortificação. A mortificação é deveras amor por Jesus, um amor que reveste a forma de sacrifício para O imitar, para exprimir sua própria veemência e para garantir a sua própria perseverança. Não pode haver nenhum amor real e duradouro sem uma certa quantidade de mortificação: é necessária para evitar o pecado e observar os mandamentos(1º grau para evitar o pecado mortal; 2º grau para evitar o pecado venial). Sem ela não haverá tão pouco, perseverança sólida na vida espiritual. A compunção, de que falaremos em um próximo post, alimentando na alma uma habitual detestação do pecado, contribui muito eficazmente para fazer desaparecer os obstáculos que nos poderiam impedir de seguir Nosso Senhor Jesus Cristo. A uma sincera compunção corresponderão forçosamente em nós os atos de penitência. 
   O Padre Faber, antes de falar sobre as utilidades da mortificação, refuta alguns erros e responde a algumas objeções: (No próximo post falaremos das UTILIDADES DA PENITÊNCIA).
     "Na opinião de algumas pessoas, a mortificação corporal é menos necessária nos tempos modernos do que outrora, e por conseguinte, as recomendações feitas sob este título só devem ser aceitas com muita reserva. Se isto significa que a Igreja requer um grau menor de mortificação exterior do que nos tempos passados para reconhecer a santidade de hoje, nada pode haver de mais errôneo. É quase uma proposição condenada. Se porém, significar que o crescido número de moléstias, e a generalidade das moléstias nervosas, sugerem discretamente uma alteração no gênero de mortificação, podemos aceitar, mas sempre com  desconfiança e escrupulosas restrições. O grau de mortificação e os seu espírito continuaram a ser os mesmos em todas as épocas da Igreja: porquanto a penitência é um sinal imperecível da Igreja. Fazer penitência porque o reino do céu está próximo, é a tarefa especial da alma justificada. Para obter a graça, para conservá-la e multiplicá-la, precisamos a cada passo da penitência. Quando dizemos que a santidade é um dos caracteres da Igreja Católica, fazemos ver a necessidade da mortificação: uma supõe a outra; aquela induz esta. Por isso o exercício heroico da penitência, deve ser de antemão provado perante a Igreja, para que ela proceda a canonização de um santo. 
   "O luxo moderno e costumes moles que se alegam muitas vezes em favor de uma diminuição da mortificação, podem também servir para defender o ponto de vista oposto. Pois, sendo ofício especial da Igreja dar testemunho contra o mundo, deve este testemunho consistir em atacar os vícios reinantes da sociedade, e por conseguinte deve fazê-lo nestes dias (dias do Pe. Faber, hoje muito mais) contra a moleza, o culto do conforto e as extravagâncias do luxo. Creio (continua o Pe. Faber) que se algum dia a infeliz Inglaterra se converter, será por uma ou mais ordens religiosas, que mostrarão a um povo degradado e cheio de vícios, a pobreza evangélica na sua mais austera perfeição.
     O mundo, a carne e o demônio permanecem realmente os mesmos em todos os tempos, e assim também a mortificação corporal presta os mesmos serviços.

   Quanto a objeção de que hoje há mais doenças nervosas, diz o Pe. Faber: "Lembremo-nos dos nossos antepassados, que pouco se incomodavam com os seus nervos e não bebiam chá. Estavam habituados a ouvir a palavra do Pe. Baker, o intérprete da antiga tradição mística, que dizia que um estado de saúde robusta incapacita para atingir as fases mais elevadas da vida espiritual". 

   É claro que o Padre Faber mostra a necessidade da discrição e da orientação do diretor espiritual na prática das penitências maiores. Embora  iremos falar sobre este aspecto na prática da penitência, julgo útil já lembrar "per transenam" que as penitências nunca podem prejudicar a saúde e impedir ou dificultar o cumprimento dos deveres de estado. 

   Outra objeção: "Contentemo-nos com as provações enviadas por Deus, que não são nem poucas nem leves. 
    Resposta: "Sim, a melhor de todas as penitências é receber em espírito de compunção interior as mortificações que Deus, na sua Sabedoria e na sua amorosa e paternal Providência, nos envia; mas, sem o generoso hábito das penitências voluntárias, não é muito provável conseguir adquirir este espírito interior de penitência e portanto tirarmos todo o proveito das provações involuntárias que Deus nos manda.

   Depois o Padre Faber faz uma observação que vale muito mais para os nossos dias de "americanismo". "Os hábitos, diz ele, da nossa vida presente e os pensamentos que nos acompanham, nos conduzem a uma sensível falta de simpatia para com a contemplação. Esta não apresenta (como a vida das obras), resultados nos quais possamos nos comprazer ou ostentar. Tudo que é impalpável parece inútil e sem êxito completo, tudo é desilusão. Os princípios sobrenaturais estão desvalorizados em nossos dias. (O que devemos dizer hoje!!!). Ora, é fácil ver como esta falta de simpatia para com a contemplação conduz a um falso juízo sobre a austeridade. 

   "De todas estas considerações, continua o Pe. Faber, é justo concluir que nada nos dispensa, nos tempos modernos da obrigação ou do conselho da mortificação corporal. Pelo contrário, há muita coisa nos hábitos de hoje que deve aumentar esta obrigação e fortificar este conselho; e todas as modificações sugeridas pelas circunstâncias atuais da vida moderna se referem inteiramente ao gênero da mortificação e, de modo algum, ao grau. 

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