SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entrevista do Cardeal D. Agnelo Rossi em 1974 - ( I )

 Sua Eminência o Sr. Cardeal D. Agnelo Rossi, então Prefeito da Sagrada Congregação para a Evangelização do Povos, concedeu uma entrevista que foi publicada no jornal do Vaticano "L'Osservatore Romano" de 15 de setembro de 1974.

   Entrevistador: Senhor Cardeal, segundo o seu parecer, quais são os pontos principais a destacar, hoje, quando se fala de evangelização? Quais devem ser, a seu juízo, as prioridades a ressaltar, para dar um impulso sério à evangelização? 

   D. Agnelo Rossi: "Responderei, com muito prazer, às suas perguntas, empregando uma linguagem simples e acessível a todos, evitando termos equívocos, hoje empregados para semear confusão e dúvidas, porque creio que a palavra foi-nos dada por Deus para esclarecer a realidade. 
   Em qualquer obra de evangelização (mesmo quando não entendida estritamente como atividade missionária mas como ação pastoral completa) devem-se sublinhar os seguintes pontos fundamentais:
  1. Anunciar Cristo, não como um simples homem, filósofo ou profeta, mas como Filho de Deus feito homem, único Redentor da humanidade, à qual comunicou a "boa nova", isto é, a revelação de Deus Uno e Trino que ama, como o melhor dos pais, a sua criatura humana e a torna participante da própria vida divina. Por outras palavras, Deus é Pai amoroso de todos os homens, que são irmãos, sem discriminação de raça ou nacionalidade e, portanto, devem ser orientados para uma convivência e solidariedade fraternas.
  2. Cristo incorpora-nos, pelo Batismo, à família ou povo de Deus, à sua Igreja, "sacramento de salvação" e depositária da doutrina revelada bem como dos meios de salvação.
  3. Necessidade de fé e de testemunho de vida cristã ao mundo, que quer conversão a Deus aceitando Cristo e a sua Igreja, como historicamente Ele a estabeleceu, sobre Pedro e os Apóstolos, embora com as devidas adaptações aos tempos e lugares, mas sem modificá-la substancialmente.
   As prioridades, a que se refere, são evidentemente as mesmas de Cristo; Ele foi enviado pelo Pai, encarnou, deu exemplo de santidade e depois ensinou. 
    O missionário ou o apóstolo não é um disco ou um mero microfone. É um homem enviado, credenciado por Deus para testemunhar, com os seus atos e palavras, o infinito amor do Pai aos homens (amor teológico). Pois não bastam para tanto gestos de filantropia (puro amor humano ao próximo) ou técnicas de desenvolvimento material. Estes atos, sem o amor teologal podem ser interpretados como táticas políticas, enquanto o genuíno amor, que procede de Deus eleva a Deus, é a marca do Senhor. Só esta santidade será a força propulsora da verdadeira evangelização. Evangelizar, como vimos, é anunciar Cristo e a sua Igreja para a salvação dos homens. E sem fidelidade absoluta a Cristo e à sua Igreja não se pode evangelizar. 
    Deus Redentor, que se manifesta em Cristo, é o mesmo Deus Criador que fez o homem à sua imagem, para que o pudesse conhecer, amar e entrar em comunicação com Ele. Por isso depositou no coração do homem uma ânsia do infinito, uma sede de Deus que nem os ateus conseguem destruir cientificamente quando tentam substituir Deus por ídolos (frágeis ídolos, quer sejam líderes comunistas, quer astros do cinema).
   O ateísmo é, em certo sentido, um prolongamento daquele antropocentrismo que, subvertendo a realidade, coloca o homem no centro e lhe dá a supremacia; infelizmente, esta mentalidade influiu em certos meios católicos secularizados, que só se interessam por Cristo-homem, amigo e defensor dos oprimidos, ou por Cristo-libertador, em sentido revolucionário. 
   Como devemos evangelizar homens concretos, em determinados lugares e situações diversas, nem sempre é possível anunciar-lhes imediatamente Cristo. Então, unicamente por razões metodológicas, é preciso recorrer a processos de pré-evangelização, mais ou menos longa e sempre adequada às circunstâncias, a fim de lograr a encarnação e, às vezes,até a credibilidade da mensagem evangélica. 
   Quando, porém, as circunstâncias permitem e favorecem a evangelização, esta mesma já contém em si todos os germes de uma autêntica humanização, colocando as bases sólidas para afirmar a dignidade humana e uma convivência social justa; então, 'evangelizando se humaniza", sem precisar de destacar dois períodos de tempo distintos. Quando ocorre a necessidade de uma anterior pré-evangelização, esta deve ser tida apenas como uma prioridade de método, não de finalidade. Muitos exageram de tal forma a exigência do estudo do método que praticamente relegam a evangelização para o fim do mundo. Se os Apóstolos tivessem agido assim, o Concílio de Jerusalém ainda não teria acabado. 


   
    
     

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