SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entrevista do Cardeal D. Agnelo Rossi em 1974 - ( II )

   Entrevistador: De que forma influem na obra de evangelização as ideias que reduzem a mensagem evangélica a uma questão ou ação humanitária, mais ou menos brilhante? O que é próprio e específico da evangelização? O que a distingue de qualquer outra obra humanitária ou social?

   D. Agnelo Rossi: Devo dizer que um tipo de "evangelização", de sabor marxista ou burguês, não é nem pode ser o sal da terra nem a luz do mundo. É uma caricatura grotesca que acentua exageradamente alguns traços que deviam ser menos salientes e silencia ou nega os aspectos fundamentais do cristianismo. É uma grave redução da fé cristã, quando não mutilação ou negação da vida espiritual e do sobrenatural. 
   O homem moderno (...) está saturado dos produtos que a sociedade de consumo põe à sua disposição e, não encontrando neles a felicidade, é tentado pelo desespero.
   Parece-me muito interessante e útil comparar as duas juventudes: a do Terceiro Mundo que tem ideais, desfruta de alegrias, nutre esperanças e realiza grandes coisas; e a juventude do mundo superdesenvolvido que, em geral, se afoga na revolta e na contestação, na angústia e se sente infeliz, descontente, não-realizada porque não consegue preencher o vazio profundo de sua alma, descuidada espiritualmente, praticamente negada, mas inclementemente presente e reclamando um ideal. 
   Enfim, inculcar no espírito de um país subdesenvolvido incontidas e imediatas ambições de conquistas hodiernas do desenvolvimento puramente material é o mesmo que inculcar num simples camponês que, para ser verdadeiramente feliz e realizado, necessita abandonar a terra amada onde nasceu, para ir usufruir as delícias da cidade, no meio da abundância de bens...; quando na crua realidade quotidiana encontrará , na "civilização urbana", mentira, crime, exploração, desemprego, misérias e até mesmo a fome. É a parábola do filho pródigo que se repete...
   Impressionou-me o caso de um camponês que, visitando a cidade e olhando para uma vitrine de jóias e utilidades, dizia satisfeito: "Tantas coisas de que eu não tenho necessidade!". E, no entanto, há senhoras, repletas de jóias, que se sentem infelizes por não poderem adquirir outras ainda mais preciosas...
   Esta é a história da humanidade; povos subdesenvolvidos materialmente podem ser fortes espiritualmente e desfrutar de entusiasmos e ideais, enquanto nações desenvolvidas tecnicamente, que não concedem o primado ao espírito, estão enfermas e caminham para o suicídio.
   É este o crime dos mercadores que, em vez de verdades salvíficas do Evangelho, que geram paz, alegria e felicidade, (os santos são os homens mais felizes do mundo!) oferecem o prato de lentilhas do desenvolvimento meramente humanitário. E o que é pior ainda, criticam a Igreja fazendo-a responsável pela falta de assistência às necessidades materiais dos homens, tais como a alimentação, habitação, saúde e ensino, como se a Igreja fosse o Ministério das Finanças, a que recebe os impostos e a primeira responsável pelo bem-estar material do povo.
   Entretanto a história, e sobretudo a das Missões, prova que a Igreja tem sido sempre benfeitora dos povos e nações. Ainda hoje, é pioneira de obras sociais e educativas em muitos lugares e a primeira a chegar para socorrer eficazmente nas grandes calamidades públicas. O amor cristão consegue multiplicar  pão, remédios, atenções, mesmo com parcos recursos pecuniários. Também não desconhecemos as nossas falhas e deficiências, pois somos homens e não anjos. 
   Para responder a algumas perguntas aqui formuladas deveríamos repetir algo já dito na primeira resposta, o que não é recomendável. 

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