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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sábado, 4 de maio de 2013

ALGUMAS PÁGINAS HISTÓRICAS DO CONCÍLIO VATICANO II - 10ª página

   Continua a Padre Ralph Wiltgen  S. V. D. no seu livro "O RENO SE LANÇA NO TIBRE": 


   "Durante uma entrevista exclusiva que aceitou me conceder, Mons. Marcel Lefebvre disse não acreditar que as poderosas Conferências Episcopais pudessem constituir ameaça ao papado, mas que via nelas uma ameaça ao magistério e à responsabilidade pastoral dos bispos tomados individualmente. Falava com conhecimento de causa, visto que fundou, ao longo dos onze anos em que foi legado Apostólico para a África de Língua Francesa (1948-1959), as Conferências Episcopais Nacionais de Madagascar; de Brazaville, no Congo; de Camarões e da África Ocidental Francesa. Era fácil perceber, dizia, que "em uma Conferência Episcopal Nacional, três, quatro ou cinco bispos teriam mais influência do que os outros e assumiriam o controle das manobras". Ele via nisto "um perigo para a autoridade magisterial e pastoral de cada bispo, que é por instituição divina o doutor e pastor de seu rebanho". Referindo-se expressamente à Assembleia de Cardeais e Arcebispos da França, ele chamou atenção para o fato de que acontecia a esta assembleia publicar uma declaração comum sobre questões sociais ou pastorais: "Fica então muito difícil a um bispo se dissociar da posição que foi tomada publicamente, e ele termina simplesmente reduzido ao silêncio". Eis, aí, para Mons. Lefebvre, "um poder novo e indesejável colocando-se acima do bispo diocesano".
   E foi mesmo mais longe, dizendo-me que havia aí "uma nova forma de coletivismo invadindo a Igreja". A tendência que então prevalecia na aula conciliar era, segundo ele, conceder às Conferências Episcopais tanta autoridade que "cada bispo veria tão reduzida sua possibilidade de governar a própria diocese que ele perderia toda iniciativa". É certo que um bispo tinha o direito de contradizer a uma Conferência Episcopal Nacional, "mas em um caso assim, seu clero e os leigos acabariam divididos, não sabendo se deveriam seguir o bispo ou a Conferência Episcopal".
   Mons. Lefebvre me garantiu que estava em ação uma influência limitadora: "Os grupos minoritários das diversas nações não se fazem escutar como deveriam, contentam-se em calar e seguir as próprias Conferências Episcopais Nacionais". Segundo ele, o que era necessário para "este Concílio Católico", não era um agrupamento de Padres Conciliares em bases nacionais ou linguísticas como estava acontecendo até agora, "mas um agrupamento internacional (...) por escolas de pensamento e tendências particulares". Então seria possível conhecer o pensamento dos bispos, em vez de ver o que as nações pensam. "Pois são os bispos, e não as nações, que formam o Concílio".

   O Padre Congar, O. P., ilustre teólogo francês, admitiu que as Conferências Episcopais suscitavam um problema difícil, que afetava a Igreja em pontos vitais. Tais conferências, declarou, não deviam enfraquecer a responsabilidade pessoal dos bispos, impondo as normas de uma organização paralela para não acabarem chegando onde não deviam, a ponto de pôr em perigo a unidade católica. 

   Mais uma vez, o Concílio encontrava-se ante um conflito. 

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