SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

domingo, 3 de junho de 2018

EVANGELHO DO 2º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES


S. Lucas XIV, 16-24
O BANQUETE NO REINO DE DEUS

Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo!

Na casa de um dos principais fariseus, Jesus estava à mesa e pregava sobre a necessidade da humildade e da caridade; e eis que um dos convivas exclamou: "Bem-aventurado o que participar do banquete no reino de Deus". E Jesus respondeu com a parábola da Grande Ceia.

"Um homem fez uma grande ceia e convidou muitos". Aqui na terra Deus preparou um grande banquete: o da Religião Católica que nos alimenta com a Fé, com a Palavra da Verdade e com a Eucaristia; no Céu será o banquete eterno em que seremos plenamente saciados, porque veremos a Deus como é em si mesmo. Na verdade, podemos dizer que o festim é um só: o Reino do Céu ou da Glória, reino este que é preparado aqui na terra pela Igreja que Jesus fundou, que nos concede a Graça, gérmen da  Glória.

 Aqui na terra  e depois no Céu este festim é chamado GRANDE, pois diante dele, todos os festins dos reis não são nada. Este festim é grande, outrossim, pelo número dos convidados, a saber, todos os homens; porque Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. A mesa eucarística é tão grande que nos é dado como alimento o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Deus-Homem. Grande também pela liberalidade sem limites d'Aquele que o oferece, isto é, Deus, o rico por excelência, a quem pertencem tudo o que existe; grande pelo preço e abundância das iguarias que aí são servidas. Aqui na terra, são os méritos de Jesus Cristo, seu Corpo e seu Sangue; no Céu, é a vista e posse de Deus mesmo. Podemos resumir: aqui na terra é o festim da graça; no Céu é o da glória e ambos são um só e grande Banquete. Em outra parábola,o do Banquete das Bodas, Jesus Cristo mostra que quem não se apresentar com a veste nupcial da graça, não poderá participar do banquete celestial da glória, mas será lançado nas trevas exteriores, onde haverá chora e ranger de dentes (Cf. S. Mateus XXII, 11 e 12).

Deus fez vários apelos desde o início do mundo relativamente a este festim. O primeiro convite foi endereçado a universalidade dos homens na pessoa de Adão e de seus primeiros descendentes. Advertidos sobre a vinda futura do Redentor, eles foram convidados a se nutrirem de antemão das suas graças e a se apropriarem de seus méritos pela fé. Esta vocação foi várias vezes renovada pelos patriarcas, pelos profetas, seja em relação aos judeus, seja em relação a alguns povos pagãos, vizinhos da Judéia; e  até podemos dizer que, pelo menos qual eco enfraquecido, este convite chegou a todos os povos então conhecidos.

"À hora da ceia, mandou o Pai de família um seu servo dizer aos convidados: Vinde, porque tudo está preparado".  O servidor, ou seja, Jesus Cristo, igual a seu Pai, Deus como Ele, mas Seu servidor enquanto homem: "Eu sou teu servo e filho de tua escrava" (Salmo CXV, 16). Depois de Jesus Cristo, os apóstolos, os bispos, os padres, receberam igualmente d'Ele a missão que Ele mesmo havia recebido de Seu Pai, missão esta de chamar os povos para o Banquete terrestre e através dele, ao Festim Celeste. A hora da grande Ceia havia sido adrede fixada nos desígnios da sabedoria e da misericórdia divinas. Depois de quatro mil anos de preparação Deus declara que tudo está pronto, que a mesa está posta. O Verbo Eterno desceu e se revestiu de carne; Ele se oferece como Hóstia a Deus, seu Pai. O fogo da tribulação queimou a Vítima e a mesa mística da cruz recebeu-A. Tudo está preparado. Vem Nação escolhida; vinde povos, vinde tomar parte no Festim!

Os Judeus, o povo escolhido, os primeiros convidados infelizmente não corresponderam a este convite misericordioso. 

"E todos, à uma começaram a escusar-se. O primeiro disse-lhe: Comprei um campo, é-me necessário ir vê-lo; rogo-te que me dês por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois, vou experimentá-los; rogo-te que me dês por escusado. Disse também outro: Casei-me por isso não posso ir. E voltando o servo, referiu estas coisas ao seu senhor".

Caríssimos, por que esta recusa dos convidados? A causa não é tanto o menosprezo do banquete mas as três terríveis paixões às quais a humanidade está presa: a concupiscência dos olhos, o orgulho da vida ou ambição; e a concupiscência da carne, "uxorem duxi" = tomei mulher, casei-me. A sensualidade torna a pessoa tão grosseira que nem desculpas pede. Estas três paixões, orgulho, avareza e luxúria, prendem suas vítimas à terra, são espinhos que sufocam a palavra de Deus e  impedem as pessoas de olhar para o Céu, lá onde está preparado o Festim Eterno. Na verdade, estas razões aduzidas parecem suficientes para os convidados indignos, mas diante de Deus não, pois Jesus disse: "Procurai em primeiro lugar o Reino de Deus..."

Diante desta indigna e mesquinha recusa, o pai de família, irritado, embora misericordioso também, diz ao seu servo, isto é, aos apóstolos, à Igreja: "Vai já pelas praças e pelas ruas da cidade; traze aqui os pobres, aleijados, cegos e coxos". SAÍ, saí do meio desta nação judia, endurecida e rebelde, desta nação carnal e unicamente preocupada com os bens da terra. Ide para os gentios, pela praças públicas, onde gastam inutilmente suas vidas na agitação da política, nas vãs procuras de uma curiosidade pueril; ide pela ruas de suas barulhentas cidades, nestas ruas populosas que eles percorrem incessantemente mas sem finalidade séria; pois, correm atrás de quimeras, após uma vã dominação, após o brilho enganador e caduco da glória, após os bens efêmeros que o vento do tempo leva. Chamai os pobres, isto é, as almas vazias dos tesouros da graça; os aleijados, isto é, os que não sabem ou não podem se mover e agir pelo bem; os cegos, ou seja, aqueles que não podem conhecer a verdade; os coxos que não podem trilhar o caminho do céu. E a todos estes que forem dóceis ao convite divino, Jesus lhes dará a força, a saúde e a vida!

"Disse o servo: Senhor, está feito como mandaste e ainda há lugar. Disse o senhor ao servo: Vai pelos caminhos e ao longo dos cercados; força-os a vir, para que se encha a minha casa". Realmente sempre haverá lugar nas entranhas da misericórdia de Deus; Ele tem aí  um lugar infinito, um lugar no seio da Igreja e um lugar no Céu.  O coração do Pai de família não estará satisfeito enquanto houver algum lugar vazio; só estará contente quando vir ocupados todos os tronos preparados por Ele para seus escolhidos. "Ide, portanto, diz o Mestre ao servidor, ide pelos caminhos e ao longo dos cercados; força-os a vir, para que se encha a minha casa. Porque eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia". Jesus quer que a voz dos seus ministros seja ouvida até os confins do universo. E Ele não se contenta só em convidar; manda que, de algum modo, forcem a entrar; ou antes o próprio Deus haverá de forçar a entrar aqueles que Ele quer ver assentados a sua mesa. Como geralmente Deus força? Pelas tribulações, pelas doenças, às vezes dolorosas, mostrando-lhes o nada e a instabilidade das coisas humanas. Assim Deus os lança em seus braços. Os ministros de Jesus, principalmente os missionários devem pregar com intrepidez, pregar sempre, atravessar os mares e transpor as montanhas. Os servidores de Deus, de alguma maneira, devem forçar pela persuasão da palavra de Deus, pela insistência e sobretudo atraindo as almas pelo bom odor de Jesus Cristo, isto é, pelo bom exemplo, pela santidade de vida.  

"Eu vos digo que nenhum daqueles que foram convidados provará a minha ceia. Eu os convidei, dirá o supremo Juiz, e eles recusaram meu convite; eles tornaram-se indignos do banquete da graça, e não terão parte no festim da glória. Permanecerão fora da sala do banquete, tomados de uma fome devoradora, excluídos da visão divina, única capaz de satisfazer seus desejos e de corresponder à sua insaciável necessidade de felicidade.

Estando no domingo após a festa do Santíssimo Sacramento, não podemos deixar de fazer uma menção especial ao Banquete Eucarístico. Para este festim Jesus oferece como iguaria o seu Corpo como alimento e seu Sangue como bebida. E a liberalidade divina os oferece aos povos até o fim dos tempos. No entanto, quantos  recusam este convite! A Igreja, em nome de Deus, de quem é aqui na terra a esposa e a mandatária, reitera cada ano este convite e endereça-o aos fiéis pela voz dos pastores em todos os templos do universo. Jesus dissera: "Quem não comer a minha carne e não beber o meu sangue não terá a vida eterna", ou seja, quem recusar o convite não gozará do festim supremo.

Obedeçamos, portanto, caríssimos irmãos, aos ternos e prementes convites do Salvador. Aqui na terra participemos com as devidas disposições da mesa eucarística, afim de podermos lá no Céu, assentarmos à mesa do banquete da felicidade e da glória. Amém!



Nenhum comentário:

Postar um comentário