SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O CATECISMO DO SANTO CURA D'ARS SOBRE O PECADO ( I )

   O pecado é o verdugo de Deus e o assassino da alma. É ele que nos arranca do céu para nos precipitar no inferno. E nós gostamos dele!... que loucura! Se pensássemos bem nisto, teríamos tão vivo horror do pecado, que não poderíamos cometê-lo.
   Ó meus filhos, como somos ingratos! Deus quer fazer-nos felizes, bem certo! só nos deu sua lei para isto. A lei de Deus é grande, é larga. O rei Davi dizia que achava nela as suas delícias e que era um tesouro mais precioso para ele do que as maiores riquezas. Dizia ainda que andava num caminho espaçoso porque tinha procurado os mandamentos do Senhor (Salmo XVIII, 14 15). O bom Deus quer, pois, fazer-nos felizes, e nós não o queremos! Desviámo-nos d'Ele e damo-nos ao demônio! Fugimos do nosso amigo e buscamos o nosso carrasco!...Cometemos o pecado, afundamo-nos na lama. Uma vez metidos neste lodaçal, não sabemos mais sair dele. Se isso tivesse que ver com a nossa fortuna, nós bem saberíamos safar-nos deste mau passo; mas como só tem que ver com a nossa alma, ficamos nele...
   Nós nos vamos confessar todos preocupados com a vergonha que vamos sentir. Acusamo-nos a vapor. Dizem que há muitos que se confessam e poucos que se convertem. Bem o creio, meus filhos; é que poucos há que se confessam com as lágrimas do arrependimento.
   Vede: a desgraça é que não se reflete. Se se dissesse a esses que trabalham no domingo, a uma jovem que acaba de dançar, duas ou três horas, a um homem que sai bêbado do "cabaret": "Que é que acabais de fazer? acabais de crucificar a Nosso Senhor". Eles ficariam muito admirados: é que não pensam nisso. Meus filhos, se pensássemos nisso, ficaríamos horrorizados; ser-nos-ia impossível fazer o mal. Porquanto, que fez Deus para o magoarmos assim, para o fazermos morrer de novo, a ele que nos remiu do inferno? Seria mister que todos os pecadores, quando vão aos seus prazeres culpados, encontrassem no caminho, como São Pedro, Nosso Senhor que lhes dissesse: "Eu vou a este lugar onde tu vais também, para ser nele crucificado de novo". Talvez que isso os fizesse refletir.
   Os santos compreendiam a grandeza do ultraje que o pecado faz a Deus. Há alguns que passaram a vida a chorar seus pecados. São Pedro chorou toda a vida; chorava ainda na morte. São Bernardo dizia: "Senhor, Senhor! fui eu quem vos pregou na cruz!"
   Pelo pecado nós desprezamos a Deus, crucificamos a Deus! Que pena perderem-se almas que custaram tantos sofrimentos a Nosso Senhor!... Que mal nos fez Nosso Senhor para o tratarmos desse modo?... Se os pobres condenados pudessem voltar à terra!... se estivessem em nosso lugar!...
   Ó como somos insenatos! O bom Deus nos chama a si, e nós lhe fugimos! Ele quer fazer-nos felizes, e nós não queremos saber da sua felicidade! Ele nos manda amá-Lo, e nós damos o nosso coração ao demônio! Empregamos em perder-nos um tempo que Ele nos propiciou para nos salvarmos. Fazemos-Lhe guerra com os meios que Ele nos deu para servi-Lo!...
   Quando ofendemos a Deus, se olhássemos para o nosso crucifixo, ouviríamos Nosso Senhor dizer-nos no fundo da alma: "Quereis, então, pôr-te também ao lado de meus inimigos? Queres então crucificar-Me de novo?" Lançai os olhos sobre Nosso Senhor pregado na cruz, e dizei-vos: "Eis o que custou a meu Salvador para reparar a injúria que os meus pecados fizeram a Deus!..." Um Deus que desce à terra para ser vítima dos meus pecados, um Deus que sofre, um Deus que morre, um Deus que atura todos os tormentos porque quis carregar o peso dos nossos crimes!... À vista da cruz, compreendemos a malícia do pecado e o ódio que lhe devemos ter. Reetremos em nós mesmos; vejamos o que temos a fazer para reparar a nossa pobre vida!...
   Deus nos dirá na  morte: "Por que foi que me ofendeste, a mim que te amava tanto?"...  Como é pena! ofender o bom Deus, que nunca nos fez senão bem! contentar o demônio, que só mal nos pode fazer!... que loucura!
   Não é verdadeira loucura podermos gozar desde esta vida as alegrias do céu, unindo-nos a Deus pelo amor, e querermos tornar-nos dignos do inferno, ligando-nos com o demônio?... Não se pode compreender bastante esta loucura; não se pode chorá-la bastante!... Parecem que os pobres pecadores não querem esperar pela sentença que os condenará à sociedade dos demônios; condenam-se eles próprios.
   O paraíso, o inferno e o purgatório têm uma espécie de antegosto desde esta vida. O purgatório está nas almas que não estão mortas em si mesmas; o inferno está no coração dos ímpios; o paraíso no coração dos perfeitos, que estão bem unidos a Nosso Senhor.

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