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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

COMPUNÇÃO E ESTABILIDADE NA VIDA ESPIRITUAL

   A compunção de coração torna a alma firme no horror ao mal e no amor de Deus. Diz o Beato D. Columba Marmion que entre os antigos a vida espiritual apresentava um caráter singular de estabilidade. Parece, de modo geral, diz ele, que os autores modernos são bastante sóbrios a este respeito. 
   Vemos os maiores santos que não se cansam de cultivar e recomendar a compunção.

   "Sabeis, dizia São Paulo aos Efésios, que, desde o dia em que entrei na Ásia, não cessei de servir a Deus, no meio de vós, na humildade e nas lágrimas (Atos XX, 18-19). É que se lembrava do tempo em que fora perseguidor da Igreja (Fil. III, 6). Não receia recordar ao seu discípulo Timóteo que tinha sido "blasfemador, perseguidor, insultador"; declara-se o maior dos pecadores que alcançou misericórdia precisamente para que Jesus Cristo pudesse manifestar, nele em primeiro lugar, a Sua inesgotável longanimidade, apresentando-o como exemplo aos que no futuro acreditassem em Cristo". E é assim que, ao pensar na infinita misericórdia de que fora objeto, o Apóstolo solta este grito de reconhecimento: "Ao Rei dos séculos, imortal, invisível, único Deus, honra e glória pelos séculos dos séculos". 

   Outro convertido, objeto igualmente de idêntica misericórdia, Agostinho, escreve: ... "a oração consiste antes nos gemidos e nas lágrimas do que nos longos discursos e muitas palavras. Deus põe as nossas lágrimas em sua presença; os nossos gemidos não são desconhecidos d'Aquele que tudo criou com Sua palavra, e não precisa das nossas palavras humanas".

   É este o sentimento que encontramos em todas as almas santas. Por exemplo: Santa Gertrudes, esse lírio de pureza, dizia ao Senhor, com um sentimento de profunda humildade: "Para mim, Senhor, o maior milagre é a terra poder aguentar uma pecadora tão indigna como eu". 
   Santa Tereza d'Ávila, formada na perfeição pelo próprio Nosso Senhor, tinha posto no oratório, diante dos olhos, para servir como estribilho para sua oração, este texto do Salmista: "Non intres, Domine, in judicium, cum servo tuo" (Salmo 142, 8). Não é uma exclamação de amor nem um ato sublime de louvor que deixa ouvir esta alma de serafim de quem afirmam os historiadores não ter jamais cometido um pecado mortal, mas sim um grito de compunção: "Não entreis, Senhor, em juízo com vossa serva".
   Santa Catarina de Sena não cessava de implorar a misericórdia divina, terminando sempre as suas orações com esta invocação: "Peccavi, Domine, miserere mei". 

   Santa Teresa, falando das almas que chegaram à sexta morada do Castelo interior, previne-as contra o esquecimento das suas faltas: "Quanto mais pródigo o Nosso Deus se mostra, escreve, mais aumenta a dor dos pecados cometidos; e estou convencida que esta dor só desaparece naquela morada onde nada nos pode causar tristeza... A alma não vê mais que a ingratidão de que se tornou culpada para com Aqueles que a cumulou de benefícios e merece tanto ser servido. A munificência de que usou para com ela levou-a a conhecer melhor a Sua grandeza. Por isso, fica espantada ao ver a audácia de que se tornou culpada; chora as suas irreverências, e não sabe como deplorar a loucura de ter desprezado, por objetos tão vis, tão augusta Majestade. Tudo isto está mais presente à sua memória do que as graças que recebe"

   A própria Igreja, Esposa de Cristo, na sua liturgia, inclusive na ação mais sublime e mais sagrada que pode realizar neste mundo - a Santa Missa - leva o sacerdote a ter, o tempo todo, sentimentos de compunção: Confiteor..., Aufer a nobis quaesumus, Domine iniquitates nostras..., Qui tollis peccata mundi, miserere nobis..., Ab aeterna damnatione nos eripi... Nobis quoque peccatoribus..., Non aestimator meriti sed veniae quaesumus largitor admitte..., Agnus Dei qui tollis peccata mundi... miserere nobis..., Pro innumerabilibus peccatis meis..., Domine non sum dignus..., In spiritu humilitatis et in animo contrito suscipiamur a te, Domine. Tradução: Eu pecador me confesso..., Afastai de nós, Senhor, nós Vos pedimos, as nossas iniquidades..., Que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós..., Que ordeneis sejamos preservados da condenação eterna..., Também nós pecadores..., Vos pedimos que Vos digneis receber-nos, não considerando os nossos méritos, mas a vossa misericórdia..., Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós..., Pelos meus inumeráveis pecados..., Senhor, eu não sou digno..., Com espírito de humildade e de coração contrito sejamos por Vós recebidos, Senhor".

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