SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

CATECISMO DO SANTO CURA D'ARS SOBRE AS VIRTUDES CARDEAIS

   ...A prudência faz-nos discernir o que será mais agradável a Deus e mais útil à salvação de nossa alma. Apresentam-se duas boas obras por fazer, uma em favor de uma pessoa a quem amamos, outra em favor de alguém que nos fez mal; pois bem! é a esta última que se deve dar preferência. Pois não há grande mérito em fazer bem a alguém que no-lo leva a bem, que nos agradece, que se mostra penhorado. Há pessoas que acham que nunca as tratam bastante bem; parece que tudo lhes é devido. Não agradecem o que se faz por elas; pagam a todos com ingratidão...Pois bem! é a essa que se deve fazer bem de preferência. Há que usar de prudência em todas as nossas ações, procurar não o nosso gosto, mas o que mais agrada a Deus. Suponho que tenhais certa quantia que destinais a mandar dizer uma missa; vedes uma pobre família que está na miséria, a que falta pão; mais vale dar o vosso dinheiro a esses infelizes, porque o santo sacrifício se celebrará sempre; o padre não deixará de dizer a santa missa; ao passo que aquela pobre gente pode morrer de fome... Tendes vontade de rezar a Deus, de passar o vosso dia na igreja; pensais, porém, que seria bem útil trabalhar para alguns pobres que conheceis que estão em grande necessidade; isto é muito mais agradável a Deus do que o vosso dia passado ao pé dos santos tabernáculos.
   Outra virtude cardeal é a temperança: é temperar a própria imaginação, não deixar galopar tão depressa quanto quereria... temperar os olhos, temperar a boca; há uns que têm constantemente na boca algo de doce, de agradável... temperar os ouvidos: não se lhes permite ouvirem cantigas e discursos inúteis... temperar o olfato: há pessoas que se perfumam a ponto de enjoar os que lhe estão em redor... temperar as mãos: há outras que estão sempre a se lavar quando faz calor, que procuram manejar coisas macias ao tato... Enfim, temperar todo o corpo, esta pobre máquina! não o deixar ir como um cavalo fugido, sem bridão nem freio, mas retê-lo e domá-lo. Há uns que estão perdidos lá no seu leito... que estão contentes de não dormir para melhor sentirem o bem-estar. Os santos não eram assim. Não sei como nos vamos achar ao lado deles... mais eis aqui!... Se nos salvarmos , iremos ficar um tempo infinito no purgatório, ao passo que eles voarão imediatamente para o céu para verem a Deus. São Carlos Borromeu, esse grande santo, tinha no seu aposento um belo leito de cardeal que todos viam; mas, ao lado, havia um que não se via, que era feito de gravetos de pau: era o de que ele se servia. Ele nunca se aquecia; quando vinham visitá-lo, notavam que ele se conservava de modo que não sentisse o fogo. Eis como eram os santos. Viviam para o céu e não para a terra; eram todos celestes; e nós, nós somos todos terrestres.
   Oh! como gosto dessas pequenas mortificações que não são vistas por ninguém, como levantar-se um quarto de hora mais cedo, levantar-se um momentinho para rezar durante a noite; mas há muitos que só pensam em dormir.
   Havia uma vez um solitário que construíra para si um palácio real num tronco de carvalho: colocara espinhos dentro; amarrara três pedras por cima da cabeça, a fim de que, quando se encostasse ou se virasse, sentisse os espinhos ou as pedras. E nós, nós só pensamos em achar boas camas para dormir nelas á nossa vontade.
   Podemos privar-nos de nos aquecermos; se estamos mal sentados, não procurar colocarmo-nos melhor; se passeamos no jardim, privarmo-nos de alguns frutos que fariam prazer; cuidando da casa, podemos não comer algumas coisinhas que se apresentam, privar-nos de ver alguma coisa que atrai o olhar e que é bonito, nas ruas das grandes cidades principalmente. Há um senhor que vem às vezes aqui. Vem com dois pares de óculos, para não ver nada... Mas há dessas cabeças sempre em movimento, desses olhos que estão sempre no ar... Quando formos pelas ruas, fixemos os nossos olhares em Nosso Senhor carregando a cruz na nossa frente, na Santíssima Virgem que nos olha, no nosso anjo da guarda que está ao nosso lado. Como é bela esta vida interior! Dá-nos a união com Deus. Por isto, quando o demônio vê que uma alma procura chegar a ela, trata de desviá-la enchendo-lhe a imaginação de mil quimeras. Um bom cristão não escuta isso; vai sempre avante na perfeição, como um peixe que mergulha no fundo dos mares... Nós, ai! arrastamo-nos como uma sanguessuga.
   Havia duas santas no deserto que se tinham cosido todas de espinhos: e nós que só procuramos o bem-estar! Entretanto queremos ir para o céu, mas com todas as nossas comodidades, sem nos molestarmos em nada: não é assim que fazem os santos. Eles buscavam todos os meios de se mortificarem, e no meio de todas as privações provavam um sabor infinito. Como os que amam a Deus são felizes! não perdem uma só ocasião de fazer o bem. Os avarentos empregam todos os meios para aumentar o seu tesouro; eles, os que amam a Deus, fazem assim para as riquezas do céu: juntam-nas sempre... Ficaremos surpresos, no dia do juízo, de ver almas tão ricas!

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