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LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

SÃO FRANCISCO DE ASSIS E A CARIDADE

   A alegria de São Francisco de Assis, que era, no fundo, o fruto e a consequência do seu extraordinário amor a Deus, recaiu sobre os homens sob a forma de uma incomparável caridade.
   Afirma Tomás de Celano: "Quero, dizia ele (Frei Francisco) - que os meus Irmãos mostrem ser filhos da mesma mãe, e que, se um deles pedir uma túnica, uma corda ou outro qualquer objeto, outro lho dê logo generosamente; que emprestem livros uns aos outros e tudo o que possa ser agradável, obrigando-os mesmo a aceitá-los..." . "Que os Irmãos, por caridade espiritual, se sirvam voluntariamente uns aos outros e uns aos outros se obedeçam mutuamente... Que se amem uns aos outros , como diz o Senhor: "O meu mandamento é que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei"... "Que nenhum Irmão diga ou faça mal a um outro... E que todos os Irmãos evitem caluniar quem quer que seja e andar em rixas e disputas, mas que antes cuidem de guardar silêncio, tanto quanto lho conceder a graça de Deus. Que não discutam com os outros, mas se esforcem em responder humildemente, dizendo:'Somos servos inúteis'.
   Diz Tomás Celano, I, n. 17: "Como ele (Frei Francisco) era belo, esplêndido, glorioso, na simplicidade das suas palavras, na sua caridade fraternal, no seu comércio agradável [in concordio obsequio], no seu aspecto angélico! De costumes suaves e natureza pacífica, mostrava-se doce nas suas palavras, benevolente nas exortações, sabia guardar fielmente um segredo, era previdente no conselho, gracioso em todas as coisas. Tinha o espirito sereno, a alma doce... era severo para consigo mesmo, indulgente para com os outros, sempre cheio de discernimento". É bom sabermos que Tomás Celano conviveu com São Francisco. 

   Logo antes da redação da Regra definitiva, escreveu Frei Francisco a um Ministro: "Eis o sinal que me fará conhecer se amas o Senhor e a mim, seu servo e teu: é que nenhum Irmão do mundo, que houver pecado, por culpado que seja, saia da tua presença sem haver obtido misericórdia, se tal implorar. E, se ele não implorar misericórdia, vai tu perguntar-lhe se não a quer aceitar. E se, depois, ele se apresentar mil outras vezes diante de ti (para o mesmo fim), ama-o mais que a mim, a fim de o conquistares para o Senhor. E  de tais tem sempre piedade". 

   São Francisco, no entanto, exigia ainda mais do que isto. "A caridade franciscana, como um sol benfazejo, espalhou seus raios pelo mundo inteiro. Francisco considerava todos os homens seus irmãos e suas irmãs. Inclinava-se humildemente para todos, tratava-os como amigos íntimos, e era solícito para cada um deles ".(Bernardo de Bessa: Liber de laudibus, c. 3). Quase sempre, quando recomenda a seus discípulos que pratiquem a caridade uns para com os outros, também os exorta a amarem os homens como a irmãos, sem examinar se estes últimos se mostram favoráveis às ideias franciscanas, ou se se conservam filhos do século, no sentido absoluto da palavra. O seráfico Pai proibia-os severamente de julgarem ou desprezarem os que vivem nos prazeres e envergam suntuosas vestes. "Deus - dizia ele - é seu Senhor, como o é também dos pobres, e pode chamá-los e santificá-los". Ordenava-lhes mesmo que respeitassem os ricos como irmãos e senhores: irmãos diante do Criador; senhores porque provêm às necessidades dos filhos de Deus e ajudam-nos assim a levar a sua vida penitente" (Cf. Tres Socii, n. 58).  (Destaques meus, endereçados aos que pregam luta de classes).

   Quando manda os seus primeiros discípulos pelo mundo afora, o santo Fundador fala-lhes deste modo: "Ide, meus bem-amados; parti dois a dois, para as diferentes regiões do universo, e pregai aos homens a paz e a penitência para remissão dos pecados. Sede pacientes na tribulação e ficai certos de que Deus realizará os seus desígnios e cumprirá a sua promessa. Se vos interrogarem, respondei humildemente; abençoai os que vos perseguirem; dai graças aos que vos cobrirem de injúrias e vos caluniarem, pois, em troca dessas tribulações, o reino eterno vos aguarda". (Tomás Celano, I, n. 29). "Atentemos todos, meus Irmãos, nestas palavras do Senhor: "Amai os vossos inimigos e fazei o bem àqueles que vos odeiam", pois Nosso Senhor Jesus Cristo, de quem devemos seguir o exemplo, deu a um traidor o título de amigo e entregou-se espontaneamente aos seus algozes. Nossos amigos são, pois, todos aqueles que injustamente nos causam pesares e aflições, humilhações, injúrias, dores, tormentos, o martírio e a morte. Cordialmente os devemos amar, pois o que eles nos fazem alcança-nos a vida eterna" (Regula I.c. 14, 16 22; cf. Tres Socii n. 38 e 41). 

   Caríssimos e amados leitores, poderíamos escrever ainda muito mais sobre a caridade de São Francisco de Assis, mas para quem tem boa vontade não será difícil ver em que consiste a verdadeira caridade franciscana, que é afinal a caridade praticada e ensinada pelo Divino Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo. 

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