LEITURA ESPIRITUAL
MEDITADA
1º DIA DO MÊS DE JUNHO
Caríssimos, é impossível saber quem é Jesus Cristo e não
amá-lo de todo coração! O Símbolo Atanasiano explica de maneira completa e
simples: "Esta é a fé reta: Crer e confessar que Nosso Senhor Jesus
Cristo, Filho de Deus, é Deus e Homem. É Deus formado da substância do Pai
antes de todos os séculos, e é Homem nascido no tempo da substância de uma Mãe.
Perfeito Deus e perfeito Homem, composto de alma racional e de carne humana. Igual
ao Pai, segundo a Divindade; menos que o Pai segundo a Humanidade. E embora
seja Deus e Homem, não são dois, mas um só Cristo".
Meditemos nas sublimes palavras com que o Apóstolo São João
inicia o seu evangelho: "No
princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era
Deus" e mais em baixo diz: "E
o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos a sua glória, glória qual
corresponde ao Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".
São João sobe, qual águia, e vai até a geração eterna do
Verbo. "No princípio", diz Santo Agostinho, significa
"antes de todas as coisas". "Verbo"
quer dizer "palavra". O
Evangelista do amor não só proclama com toda clareza a divindade de Cristo, mas
também a união da natureza divina com a natureza humana na única pessoa divina
do Verbo: "E o Verbo se fez
carne". Fica claro outrossim,
diz Santo Agostinho, que o Verbo não é
criado, pois por Ele foram feitas todas as coisas: "Todas as coisas foram feitas por Ele" (S. João, I, 3).
E assim com grande firmeza de espírito, com grande amor e
júbilo proclamamos: Jesus Cristo Nosso Salvador é Deus e Homem juntamente. E
assim: como Deus tem em Si todas as perfeições e atributos da Divindade. Jesus
é o Ser infinito, é a própria Bondade, a divina Beleza, o sumo Poder, a Justiça
e a Misericórdia infinita. Em poucas palavras: Nosso Senhor Jesus Cristo é o
Infinito Amor, a Infinita Santidade. Daí concluímos: Nosso Senhor Jesus Cristo
é digno de ser infinitamente amado! Jesus Cristo, sendo Deus é infinito, e,
portanto, não temos capacidade de amá-Lo como realmente merece. E a conclusão
lógica é esta: a medida de amar a Jesus é amá-Lo sem medida, é amá-Lo acima de
todas as coisas. Neste vale de lágrimas, o nosso maior consolo é procurar amar a
Jesus sempre mais, cada dia mais e mais e suspirar por contemplá-Lo no Céu.
E como Homem? É o mais perfeito e o mais amável de todos os
homens. O próprio Espírito Santo assim fala através do Profeta e Rei Davi: "És o mais belo que todos os filhos dos
homens; vê-se a graça derramada em teus lábios; por isso Deus te abençoou para
sempre" (Salmo 44, 3). Caríssimos, na formosura de Jesus, nada havia
de mole ou efeminado que lisonjeasse os sentidos, no sentido que os mundanos
julgam. Pelo contrário, o seu semblante
e todo o seu porte exalava inocência e pureza mais que angelical. Era a
sua formosura de ordem superior, não meramente humana; era, em uma palavra, uma
formosura digna do Homem-Deus. Sua Pessoa que era a mesma Pessoa do Filho de
Deus, exalava um encanto indescritível:
as suas belas feições, viris, sim, porém cheias ao mesmo tempo de delicadeza,
que inspiravam simpatia e,
simultaneamente, respeito. Poderia acaso haver voz mais sonora e modesta? A sua
conversação e os seus modos afáveis, repletos de nobreza e cortesia; os seus
movimentos e gestos, acompanhados de gravidade, de naturalidade. Enfim, todo
seu semblante era nobre, digno, sacerdotal, majestoso, divinamente humano e
humanamente divino, se assim podemos nos expressar.
Mas, caríssimos, há no corpo adorável de Jesus, uma parte
que merece, já por si mesma, já pelo simbolismo, que façamos dela uma menção
especial: é o seu CORAÇÃO AMABILÍSSIMO. É dele que vamos, com a graça de Deus,
falar mais especificamente durante este mês. Amém!
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