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Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

VIRGINDADE PERPÉTUA DE MARIA SANTÍSSIMA

   Por um singular privilégio de Deus, Maria foi mãe conservando sua virgindade antes do parto, durante o parto e depois do parto; durante toda a sua vida conservou intacta sua pureza original e virginal.

   A Virgindade perpétua de Maria, Mãe de Deus, é verdade de fé católica, dogma definido pela Santa Madre Igreja em seus concílios, especialmente o de Latrão (649) e o III de Constantinopla (680) que definiram a "ilibada virgindade de Maria, antes do parto, durante o parto e depois do parto".

   Como sempre, a Igreja foi haurir essa verdade na Bíblia e na Tradição, que são as duas Fontes da Revelação. 

   Os textos da Bíblia são claros: "Eis que a Virgem conceberá e dará à luz e o nome deste será Emanuel" (Emanuel=Deus conosco). (Isaías VII, 14). Pelo contexto se vê que Isaías designa esse acontecimento como um grande sinal de Deus, como um grande prodígio. Ora não há prodígio algum quando uma mulher tem filho deixando de ser virgem. O sentido desse oráculo de Isaías é confirmado por São Mateus que, depois de relatar a anunciação do anjo a Maria, acrescenta: "E tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito por Deus ao profeta: Eis que uma virgem..." (Mateus I, 22).

   Vamos especificar melhor: a) Antes do parto: Além do texto supra citado do Profeta Isaías VII, 14, podemos lembrar ainda alguns textos, como por exemplo: "O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma Virgem (...) e o nome da Virgem era Maria... Maria disse ao anjo: Como se fará isso, pois eu não conheço varão? Respondendo o anjo disse-lhe: O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra" (Lucas I, 26 e 34-35).
   E virgem permaneceu, quando concebeu em seu seio o Filho de Deus; pois essa conceição foi "por obra do Espírito Santo" (Mateus I, 18), sem conhecer varão.

   b) Durante o parto: Com uma descrição delicadíssima, São Lucas nos persuade de que Maria conservou sua virgindade no ato mesmo de tornar-se Mãe do Salvador: "Chegou para ela o tempo do parto e deu à luz seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e o pôs numa manjedoura" (II, 6). Maria, nesse relato, não aparece como sujeita às dores e fraquezas que são o preço natural da maternidade. É ela mesma quem presta os primeiros cuidados a Jesus recém-nascido. São Lucas não poderia ter falado assim, se Ela tivesse dado à luz de maneira comum.

   c) Depois do parto: é o que se conclui do mesmo texto de São Lucas já citado. Pelas palavras de Maria ao anjo vê-se claramente seu propósito de virgindade. Estando já desposada com José, Ela diz: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" Em outras palavras: "Como me tornarei mãe, tendo o propósito de não conhecer varão?"

   Como seria possível que, depois do parto milagroso, Ela deixasse esse propósito, esse voto de virgindade? Tamanha ingratidão para com Aquele que milagrosamente lhe conservara a virgindade antes e durante o parto é inconcebível na Mãe de Deus. 

   Além disso, era de suma conveniência que o Filho Unigênito do Pai eterno fosse também, segundo a carne, o Unigênito da Mãe. 

   A Providência divina dispôs que Maria fosse casada para não ser apedrejada pelo povo, para ter um amparo quando fugiu para o Egito, e, segundo Santo Inácio de Antioquia, para que o demônio não descobrisse que Jesus era o Filho de Deus feito homem. 
   Assim como Deus empregou todo seu poder e amor para fazer para si a Mãe mais perfeita e mais bela possível, assim também preparou São José como um homem JUSTO para, sendo esposo de Maria, poder proteger sua virgindade e sua vida, como também a do Menino Jesus.  É claro que o mundo, ou seja, os homens animais (como os chama São Paulo) não percebem as coisas que são de Deus. 

   Vamos, para terminar, responder brevemente a algumas objeções:
   
   1ª) Mas a Bíblia fala que Jesus teve irmãos. Logo, Maria teve outros filhos.
   Resposta: A Bíblia se refere a quatro pessoas como "irmãos de Jesus". Mas, isso não permite concluir que sejam irmãos carnais de Jesus.

   De fato, três desses "irmãos de Jesus" têm seus pais nomeados na Bíblia: 
   1) Tiago: é Tiago, o Apóstolo (Gálatas. I, 19); o Menor (Marcos XV, 40), cujo pai é Alfeu (Mateus X, 3).
   2) José: é irmão carnal de Tiago, pois ambos são filhos de uma das três Marias que estiveram ao pé da Cruz (Mateus 27, 56) e cujo pai é também Alfeu. 
   3) Judas, o Tadeu: é também irmão de Tiago (Judas I, 1), cujo pai é Alfeu. São Lucas o chama de Judas de Tiago (VI, 16).

   O quarto dos "irmãos de Jesus" é Simão, cujos pais não estão na Bíblia. Mas o antigo historiador Hegezipo (séc. II) informa que ele é filho de Cléofas, esposo de Maria, "irmã da Mãe de Jesus" (nós estranhamos que duas irmãs tenham o mesmo nome, mas entre os hebreus isso às vezes acontecia) (João XIX, 25). É, pois, primo de Jesus.

   E, se Cléofas e Alfeu são nomes em hebraico e aramaico da mesma pessoa, como pensam muitos entendidos, os quatro são entre si irmãos carnais; e, em qualquer hipótese, primos ou parentes de Jesus.

   Além disso, a Bíblia nunca os chama "filhos de Maria", ao passo que só a Jesus chama "o filho de Maria" com o artigo (no original - Marcos VI, 3).

   De fato, é muito comum na Bíblia parentes próximos serem chamados de irmãos. Por ex.: Gênesis XII, 5 e XI, 28-31; Gênesis XXIX, 13 e 15; Levítico X, 4; Crônicas XXIII, 22 etc.

 É que na linguagem oriental não existe, ainda hoje, o termo equivalente a primo, sobrinho, tio, etc..., os quais são designados pelo mesmo nome de "irmãos". Por isso, devemos dizer que a questão não é de saber se Jesus teve outros irmãos, mas se Maria, Mãe de Jesus, teve outros filhos além de Jesus. E acabamos de provar na tese que não os teve.

  Mas costuma-se fazer outra objeção:

  2ª) São Lucas II, 7 diz que Jesus foi o primogênito. Logo, Maria teve outros filhos.
   Resposta: "Primogênito" é termo jurídico da Bíblia que tem significação bem determinada: é o primeiro filho, quer venham outo/outros, quer não. De fato, a Bíblia afirma que todo primogênito pertence de modo especial ao Senhor (Êxodo XXXIV, 19; XIII, 12). E ele devia cumprir, logo no primeiro mês, a lei do resgate (Números XVIII, 16). Não se esperava pelo segundo filho para que o primeiro fosse tido e tratado como primogênito a vida toda.

   Confirma isso o túmulo recém-descoberto de uma judia do I século com a inscrição: "Aqui jaz Arsinoé, morta ao dar à luz o seu primogênito".

   Portanto, Jesus é, ao mesmo tempo, o primogênito e o unigênito de Maria.

   Mas, ainda uma última objeção:

   3ª) São Mateus I, 25 diz: "José não a conheceu até que ela deu à luz". Isso não quer dizer que depois de dar à luz, José a teria conhecido?
   Resposta: A expressão "até que" é um hebraísmo da Bíblia. Eis apenas um exemplo (poderíamos dar muitos): "O coração do justo está firme e não temerá até que veja confundidos seus inimigos" (Salmo CXI, 8). Ora, se não temeu antes, não temerá depois. O sentido da frase é: "os inimigos serão confundidos sem que o coração do justo tema".
   Assim, São Mateus quis apenas afirmar que "Maria concebeu sem que José a tivesse conhecido".

   Outros exemplos poderão ser conferidos, vejam: Deuteronômio VII, 24; Sabedoria X, 14; Salmo 56, 2; Isaías XXII, 14; Mateus V, 18.  

   

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