26. Que os Servos de Deus Honrem os Clérigos
Bem-aventurado o servo de Deus que põe a sua confiança nos clérigos que na verdade vivem segundo a forma da santa Igreja romana. Ma ai daqueles que os desprezam! Pois nem que eles sejam pecadores, ninguém os deve julgar porque o Senhor mesmo reservou para si o direito de julgá-los. Porquanto na medida que excede a tudo a administração que eles exercem sobre o santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, que eles recebem e só eles podem ministrar aos outros, em idêntica medida é maior o pecado daqueles que cometem falta contra eles do que o pecado cometido contra qualquer outro homem deste mundo.
27. Das Virtudes que Afugentam os Vícios
Onde há caridade e sabedoria, não há medo nem ignorância.
Onde há paciência e humildade, não há ira nem perturbação.
Onde à pobreza se une a alegria, não há cobiça nem avareza.
Onde há paz e meditação, não há nervosismo nem dissipação.
Onde o temor de Deus está guardando a casa (cf. Lc 11,21), o inimigo não encontra porta para entrar.
Onde há misericórdia e prudência, não há prodigalidade nem dureza de coração.
28. De como se Deve Esconder o Bem para não Perdê-lo
Bem-aventurado o servo que "entesoura no céu" (Mt 6, 20) os bens que o Senhor lhe concede e não procura manifestá-los ao mundo na esperança de ser recompensado, pois o próprio Altíssimo manifestará as suas obras a todos quantos lhe aprouver. Bem-aventurado o servo que guarda em seu coração os segredos do Senhor.
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