SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

domingo, 7 de junho de 2020

FESTA DA SANTÍSSIMA TRINDADE - I Domingo depois do Pentecostes

   Leituras: Epístola de São Paulo Apóstolo aos Romanos 11, 33-36.
   Continuação do Santo Evangelho de N. S. Jesus Cristo segundo S. Mateus 28, 18-20:

   "Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: Todo o poder me foi dado no céu e na terra. Ide, pois, ensinai a todos os povos, e batizai-os em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; e ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". 

   Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo!

   Pelo P. Gabriel de Sta. M. Madalena, LIVRO "INTIMIDADE DIVINA".
  

 
 "Desde o Advento até hoje a Igreja levou-nos a considerar as magníficas manifestações da misericórdia de Deus para com os homens: a Encarnação, a Redenção e o Pentecostes; agora dirige os nossos olhares para a fonte de tais dons, a Santíssima Trindade, da qual tudo provém, de modo que brota espontaneamente dos lábios o hino de reconhecimento expresso no Introito da Missa: 'Bendita seja a Santíssima Trindade, e a Sua indivisível Unidade. Cantemos-Lhe louvores pela Sua misericórdia para conosco'. Misericórdia de Deus Pai 'que amou de tal maneira o mundo que lhe enviou o Seu Unigênito' (cfr. Jo. 3, 16); misericórdia de Deus Filho que, para nossa redenção, encarnou e morreu na cruz; misericórdia do Espírito Santo que Se dignou descer aos nossos corações para nos comunicar a caridade de Deus, para nos tornar participantes da vida divina. Muito a propósito a Igreja inseriu no Ofício Divino de hoje a bela antífona de inspiração paulina: 'O Pai é caridade, o Filho é graça e o Espírito Santo é a comunicação', quer dizer, a caridade do Pai e a graça do Filho são-nos comunicadas pelo Espírito Santo que as derrama nos nossos corações. Não se poderia sintetizar melhor a maravilhosa obra da Trindade a favor das nossas almas. O Ofício Divino e a Missa do dia são, na verdade, um hino de louvor e de agradecimento à Santíssima Trindade, são como que um Glória Patri e um Te Deum prolongados. E estes dois hinos, um na sua compendiosa brevidade, e outro na sua majestosa sucessão de louvores, são verdadeiramente os hinos do dia destinados a despertar nos nossos corações um eco profundo de louvor, de ação de graças e de adoração.

   2 - A festa de hoje leva-nos a louvar e a engrandecer a Santíssima Trindade, não só pelas imensas misericórdias que tem concedido aos homens, mas também e sobretudo em Si mesma e por Si mesma. Pelo Seu Ser supremo que jamais teve princípio e jamais terá fim; pelas Suas perfeições infinitas, pela Sua majestade, beleza e bondade essenciais; pela sublime fecundidade de vida, pela qual o Pai incessantemente gera o Filho e do Pai e do Filho procede o Espírito Santo (todavia o Pai não é anterior nem superior ao Verbo, nem o Pai e o Verbo são anteriores ou superiores ao Espírito Santo, mas as três Pessoas divinas  são coeternas e iguais entre Si); pela Divindade e por todas as perfeições e atributos divinos que são únicos e idênticos no Pai, no Filho e no Espírito Santo. O que pode dizer e compreender o homem em face de um tão sublime mistério? Nada! No entanto, aquilo que sabemos é certo, porque o mesmo Filho de Deus 'o Unigênito que está no seio do Pai, Ele mesmo é que o deu a conhecer' (Jo. 1, 18); mas o mistério é tão sublime e superior à nossa compreensão que não podemos senão inclinar a cabeça e adorar em silêncio'. 'Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus; quão incompreensíveis são os Seus juízos e imperscrutáveis os Seus caminhos!', exclama São Paulo na Epístola do dia (Rom, 11, 33-36), ele que 'tendo sido arrebatado ao terceiro céu' não soube nem pôde dizer outra coisa senão que ouviu 'palavras inefáveis que não é lícito a um homem proferir' (II Cor. 12, 2-4). Em presença do altíssimo mistério da Trindade, sente-se realmente que o mais belo louvor é o silêncio da alma que adora, reconhecendo-se incapaz de exprimir um louvor adequado à Majestade divina".

   Ó Santíssima Trindade, revesti-me de Vós mesma, para que eu passe esta vida mortal na verdadeira obediência e na luz da fé santíssima que inebriou a minha alma! Amém!

quinta-feira, 4 de junho de 2020

A IGREJA É CATÓLICA


A Santa Igreja é um edifício cuja pedra angular é Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, sendo embora Jesus Cristo  o Mestre por excelência, antes de subir aos céus, quis deixar na terra seus representantes na pessoa dos Apóstolos  e de seus sucessores: "Quem vos ouve, a Mim ouve" (S. Lucas X, 16); outrossim, Jesus é Deus e só Ele pode perdoar pecados, e, no entanto, quis transmitir este poder divino também aos seus discípulos e aos seus sucessores, isto é, aos bispos e sacerdotes: "Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (S. João XX, 21-23). Assim também, embora seja Ele a pedra angular do edifício da Igreja, quis colocar uma pedra visível, ou seja, o Apóstolo Pedro e seus sucessores que são os Sumos Pontífices, que chamamos hoje PAPAS. Neste intuito é que Jesus já havia trocado o nome daquele que seria o chefe dos apóstolos: chamava-se Simão, e Jesus disse-lhe que seria chamado  Pedro, que em hebraico Kéfas significa PEDRA, como no idioma francês, Pierre é Pedro e pedra. "Tu és Pedro (=Kéfas = pedra, rocha) e sobre esta PEDRA edificarei a minha Igreja" (S. Mateus XVI, 18). E assim estava fundada a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, edifício sólido que nunca seria destruído pelas forças inimigas. Mas a Santa Igreja deveria ser  UNA, isto é, uma só, a única verdadeiramente de Jesus Cristo: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a MINHA Igreja". Jesus não disse as MINHAS, no plural. Assim como S. Paulo diz aos Efésios (IV, 5) que há "um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo", assim só uma Igreja verdadeira deveria existir sobre a terra. As Seitas são invenções dos homens. O Catecismo romano demonstra a unidade intrínseca e a extrínseca da Igreja.  Jesus Cristo quis ainda que sua Igreja fosse Apostólica, Santa e Católica. Se Deus quiser, falarei em outro artigo sobre as notas características da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo; agora quero explicar como esta única Igreja de Jesus Cristo, Seu Corpo Místico, se tornou  CATÓLICA (isto é, do mundo inteiro) segundo o mandato de Jesus: "Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei" (S. Mateus XXVIII, 19 e 20).

Caríssimos, esta outra nota característica da Santa Madre Igreja se concretizou no Pentecostes por virtude do Divino Espírito Santo. Eis a descrição de S. Lucas nos Atos dos Apóstolos: "Quando se completaram os dias do Pentecostes, estavam todos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um estrondo como de vento que soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhes repartidas umas como línguas de fogo, e pousou sobre cada um deles. Foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Estavam então residindo em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações que há debaixo do céu. Logo que se deu este ruído, acudiu muita gente e ficou pasmada, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, todos atônitos e admiravam-se, dizendo: Porventura não são galileus todos estes que falam? Como é que os ouvimos cada um de nós falar a nossa língua, em que nascemos? Partos, medos, elamitas , os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e várias partes da Líbia, que é vizinha de Cirene, e os vindos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes; (todos) os ouvimos falar nas nossas línguas das maravilhas de Deus" (Atos II, 1-11) E Pedro fez seu primeiro sermão e com ele converteu três mil pessoas que foram batizadas com o Batismo que Jesus instituíra. Depois,  o Apóstolo Pedro fez outro sermão e o número de pessoas que se converteram elevou-se a cerca de cinco mil. E caríssimos, e sem contar outros milhares que se converteram com as pregações dos outros dez Apóstolos. E S. Lucas diz no mesmo livro dos Atos V, 14: "Cada vez aumentava mais o número dos homens e mulheres que criam no Senhor".

Por conseguinte, vemos que com a descida do Espírito Santo no Pentecostes a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo se espalhou  pelo mundo todo até então conhecido, e assim com toda justeza podemos afirmar que a Santa Igreja já se tornara CATÓLICA. Esta é a Igreja de Jesus Cristo, a única verdadeira e divina. As seitas são falsas porque puramente humanas. Assim devemos crer e confessar, quer agrade, quer desagrade. Nada de "subsistit in" do Concílio Vaticano II, façam lá o malabarismo que quiserem para justificar tão desastrosa expressão ambígua!!! Não podemos entender que o Concílio Vaticano II, querendo ser pastoral e assim ser mais acessível ao povo, tenha abandonado uma expressão tradicional que nunca dera espaço à ambiguidades, para trocá-la por outra que até mesmo pessoas instruídas e teólogos tenham interpretado em sentido errado! Os frutos desta árvore são maus, logo esta árvore é má; é de inspiração modernista, envenenada em sua raiz. Isto digo sem julgar as intenções de quem aventou esta mudança. 

Termino com um trecho da Profissão de Fé do Concílio de Trento: "Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja". Amém!

quarta-feira, 3 de junho de 2020

O PENTECOSTES E A IGREJA



A Santa Igreja é um edifício cuja pedra angular é Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, sendo embora Jesus Cristo  o Mestre por excelência, antes de subir aos céus, quis deixar na terra seus representantes na pessoa dos Apóstolos  e de seus sucessores: "Quem vos ouve, a Mim ouve" (S. Lucas X, 16); outrossim, Jesus é Deus e só Ele pode perdoar pecados, e, no entanto, quis transmitir este poder divino também aos seus discípulos e aos seus sucessores, isto é, aos bispos e sacerdotes: "Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (S. João XX, 21-23). Assim também, embora seja Ele a pedra angular do edifício da Igreja, quis colocar uma pedra visível, ou seja, o Apóstolo Pedro e seus sucessores que são os Sumos Pontífices, que chamamos hoje PAPAS. Neste intuito é que Jesus já havia trocado o nome daquele que seria o chefe dos apóstolos: chamava-se Simão, e Jesus disse-lhe que seria chamado  Pedro, que em hebraico Kéfas significa PEDRA, como no idioma francês, Pierre é Pedro e pedra. "Tu és Pedro (=Kéfas = pedra, rocha) e sobre esta PEDRA edificarei a minha Igreja" (S. Mateus XVI, 18). E assim estava fundada a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, edifício sólido que nunca seria destruído pelas forças inimigas. Mas a Santa Igreja deveria ser  UNA, isto é, uma só, a única verdadeiramente de Jesus Cristo: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a MINHA Igreja". Jesus não disse as MINHAS, no plural. Assim como S. Paulo diz aos Efésios (IV, 5) que há "um só Senhor, uma só Fé, um só Batismo", assim só uma Igreja verdadeira deveria existir sobre a terra. As Seitas são invenções dos homens. O Catecismo romano demonstra a unidade intrínseca e a extrínseca da Igreja.  Jesus Cristo quis ainda que sua Igreja fosse Apostólica, Santa e Católica. Se Deus quiser, falarei em outro artigo sobre as notas características da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo; agora quero explicar como esta única Igreja de Jesus Cristo, Seu Corpo Místico, se tornou  CATÓLICA (isto é, do mundo inteiro) segundo o mandato de Jesus: "Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei" (S. Mateus XXVIII, 19 e 20).

Caríssimos, esta outra nota característica da Santa Madre Igreja se concretizou no Pentecostes por virtude do Divino Espírito Santo. Eis a descrição de S. Lucas nos Atos dos Apóstolos: "Quando se completaram os dias do Pentecostes, estavam todos no mesmo lugar; e, de repente, veio do céu um estrondo como de vento que soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceram-lhes repartidas umas como línguas de fogo, e pousou sobre cada um deles. Foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Estavam então residindo em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações que há debaixo do céu. Logo que se deu este ruído, acudiu muita gente e ficou pasmada, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Estavam, pois, todos atônitos e admiravam-se, dizendo: Porventura não são galileus todos estes que falam? Como é que os ouvimos cada um de nós falar a nossa língua, em que nascemos? Partos, medos, elamitas , os que habitam a Mesopotâmia, a Judéia, a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frígia e a Panfília, o Egito e várias partes da Líbia, que é vizinha de Cirene, e os vindos de Roma, tanto judeus como prosélitos, cretenses e árabes; (todos) os ouvimos falar nas nossas línguas das maravilhas de Deus" (Atos II, 1-11) E Pedro fez seu primeiro sermão e com ele converteu três mil pessoas que foram batizadas com o Batismo que Jesus instituíra. Depois,  o Apóstolo Pedro fez outro sermão e o número de pessoas que se converteram elevou-se a cerca de cinco mil. E caríssimos, e sem contar outros milhares que se converteram com as pregações dos outros dez Apóstolos. E S. Lucas diz no mesmo livro dos Atos V, 14: "Cada vez aumentava mais o número dos homens e mulheres que criam no Senhor".

Por conseguinte, vemos que com a descida do Espírito Santo no Pentecostes a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo se espalhou  pelo mundo todo até então conhecido, e assim com toda justeza podemos afirmar que a Santa Igreja já se tornara CATÓLICA. Esta é a Igreja de Jesus Cristo, a única verdadeira e divina. As seitas são falsas porque puramente humanas. Assim devemos crer e confessar, quer agrade, quer desagrade. Nada de "subsistit in" do Concílio Vaticano II, façam lá o malabarismo que quiserem para justificar tão desastrosa expressão ambígua!!! Não podemos entender que o Concílio Vaticano II, querendo ser pastoral e assim ser mais acessível ao povo, tenha abandonado uma expressão tradicional que nunca dera espaço à ambiguidades, para trocá-la por outra que até mesmo pessoas instruídas e teólogos tenham interpretado em sentido errado! Os frutos desta árvore são maus, logo esta árvore é má; é de inspiração modernista, envenenada em sua raiz. Isto digo sem julgar as intenções de quem aventou esta mudança. 

Termino com um trecho da Profissão de Fé do Concílio de Trento: "Condeno ao mesmo tempo, rejeito e anatematizo as doutrinas contrárias e todas as heresias condenadas, rejeitadas e anatematizadas pela Igreja". Amém!

segunda-feira, 1 de junho de 2020

O MÊS DE JUNHO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS


LEITURA ESPIRITUAL MEDITADA
1º DIA DO MÊS DE JUNHO

Caríssimos, é impossível saber quem é Jesus Cristo e não amá-lo de todo coração! O Símbolo Atanasiano explica de maneira completa e simples: "Esta é a fé reta: Crer e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e Homem. É Deus formado da substância do Pai antes de todos os séculos, e é Homem nascido no tempo da substância de uma Mãe. Perfeito Deus e perfeito Homem, composto de alma racional e de carne humana. Igual ao Pai, segundo a Divindade; menos que o Pai segundo a Humanidade. E embora seja Deus e Homem, não são dois, mas um só Cristo".

Meditemos nas sublimes palavras com que o Apóstolo São João inicia o seu evangelho: "No princípio já existia o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus" e mais em baixo diz: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos a sua glória, glória qual corresponde ao Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade".

São João sobe, qual águia, e vai até a geração eterna do Verbo. "No princípio", diz Santo Agostinho, significa "antes de todas as coisas". "Verbo" quer dizer "palavra".  O Evangelista do amor não só proclama com toda clareza a divindade de Cristo, mas também a união da natureza divina com a natureza humana na única pessoa divina do Verbo: "E o Verbo se fez carne".  Fica claro outrossim, diz Santo Agostinho,  que o Verbo não é criado, pois por Ele foram feitas todas as coisas: "Todas as coisas foram feitas por Ele" (S. João, I, 3).

E assim com grande firmeza de espírito, com grande amor e júbilo proclamamos: Jesus Cristo Nosso Salvador é Deus e Homem juntamente. E assim: como Deus tem em Si todas as perfeições e atributos da Divindade. Jesus é o Ser infinito, é a própria Bondade, a divina Beleza, o sumo Poder, a Justiça e a Misericórdia infinita. Em poucas palavras: Nosso Senhor Jesus Cristo é o Infinito Amor, a Infinita Santidade. Daí concluímos: Nosso Senhor Jesus Cristo é digno de ser infinitamente amado! Jesus Cristo, sendo Deus é infinito, e, portanto, não temos capacidade de amá-Lo como realmente merece. E a conclusão lógica é esta: a medida de amar a Jesus é amá-Lo sem medida, é amá-Lo acima de todas as coisas. Neste vale de lágrimas, o nosso maior consolo é procurar amar a Jesus sempre mais, cada dia mais e mais e suspirar por contemplá-Lo no Céu.

E como Homem? É o mais perfeito e o mais amável de todos os homens. O próprio Espírito Santo assim fala através do Profeta e Rei Davi: "És o mais belo que todos os filhos dos homens; vê-se a graça derramada em teus lábios; por isso Deus te abençoou para sempre" (Salmo 44, 3). Caríssimos, na formosura de Jesus, nada havia de mole ou efeminado que lisonjeasse os sentidos, no sentido que os mundanos julgam. Pelo contrário, o seu semblante  e todo o seu porte exalava inocência e pureza mais que angelical. Era a sua formosura de ordem superior, não meramente humana; era, em uma palavra, uma formosura digna do Homem-Deus. Sua Pessoa que era a mesma Pessoa do Filho de Deus, exalava um encanto  indescritível: as suas belas feições, viris, sim, porém cheias ao mesmo tempo de delicadeza, que inspiravam  simpatia e, simultaneamente, respeito. Poderia acaso haver voz mais sonora e modesta? A sua conversação e os seus modos afáveis, repletos de nobreza e cortesia; os seus movimentos e gestos, acompanhados de gravidade, de naturalidade. Enfim, todo seu semblante era nobre, digno, sacerdotal, majestoso, divinamente humano e humanamente divino, se assim podemos nos expressar.


Mas, caríssimos, há no corpo adorável de Jesus, uma parte que merece, já por si mesma, já pelo simbolismo, que façamos dela uma menção especial: é o seu CORAÇÃO AMABILÍSSIMO. É dele que vamos, com a graça de Deus, falar mais especificamente durante este mês. Amém!