SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Algo sobre a TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

      É muito evidente a inspiração marxista desta nova teologia. Foi formulada mais explicitamente pelo padre dominicano Gustavo Gutiérrez, mundialmente conhecido. A Teologia da Libertação recebeu com certeza, um alento especial na Conferência do Episcopado latino-americano em Medelim (1968). O Padre Battista Mondin (colaborador de "L'Osservatore Romano") afirmou: "O primeiro impulso para a elaboração de uma teologia da libertação foi dado pela célebre conferência do episcopado latino-americano realizada em Medelim em 1968. Naquela circunstância a Igreja da América do Sul lançou as bases da Teologia da Libertação" (Conf. "Os Teólogos da libertação", da Edições Paulinas, S. P. 1980, p. 30). Nesta mesma obra e lugar, na nota 9, o Pe. Mondin cita Raul Vidales, na revista "Concilium", nº 4, 1974, p. 154: "Foi no encontro do CELAM, em Medelim (1968) que a Teologia da Libertação adquiriu o seu direito de cidadania. Se não é possível afirmar que nasceu naquela ocasião, devemos todavia notar que esta circunstância marcou sua acolhida oficial e deu o impulso ao futuro movimento e trabalho teológico na prospectiva da libertação... É, pois, a partir de Medelim que o empenho, a reflexão teológica e a mesma produção literária sobre o tema da libertação não só se tornam explícitas como também se intensificam". 

    Encontro pessoas que se deixam enganar sobre esta funesta propaganda, ouvindo de seus corifeus ou inocentes úteis, que a Teologia da Libertação apenas se preocupa em ajudar os pobres. É perfeitamente ortodoxa. Algo semelhante propala a Maçonaria e muitos se deixam iludir. Mas um católico sabe muito bem, que, em se tratando de fé, o Sumo Pontífice é infalível. Assim sendo, não só para conhecermos bem o pensamento dos teólogos da libertação mas também para os rejeitarmos como heterodoxos, basta ouvirmos os Sumos Pontífices. 
    O Santo Padre, o Papa João Paulo II: Em sua alocução em Puebla condenou aberta e energicamente esta nova teologia. Eis um trecho: "Circulam hoje em muitos lugares - o fenômeno não é novo - 'releituras' do Evangelho, resultado de especulações teóricas mais do que autêntica meditação da palavra de Deus e de um verdadeiro compromisso evangélico. Elas causam confusão aos se apartarem dos critérios centrais da Fé da Igreja, caindo-se ademais na temeridade de comunicá-las, à maneira de catequese, às comunidades cristãs.
   Em alguns casos, ou se silencia a divindade de Cristo, ou se incorre de fato em formas de interpretação conflitantes com a Fé da Igreja. Cristo seria apenas um 'profeta', um anunciador do Reino e do amor de Deus, porém não o verdadeiro Filho de Deus, nem seria portanto o centro e o objeto da própria mensagem evangélica.
    Em outros casos se pretende mostrar a Jesus como comprometido politicamente, como um lutador contra a dominação romana e contra os poderes e, inclusive, como implicado na luta de classes. Esta concepção de Cristo como político, revolucionário, como o subversivo de Nazaré, não se compagina com a catequese da Igreja. Confundindo o pretexto insidioso dos acusadores de Jesus com a atitude de Jesus mesmo - bem diversa - se aduz como causa de sua morte o desenlace de um conflito político e se silencia a vontade de entrega do Senhor, e ainda a consciência de sua missão redentora" (Insegnamenti di Giovanni II, Libreria Editrice Vaticana, vol. II, 1979, pp. 192-193). Lemos neste mesmo documento à página 197, o seguinte: "Percebe-se, diz João Paulo II, às vezes, certo mal-estar relacionado com a própria interpretação da natureza e da missão da Igreja. Alude-se, por exemplo, à separação que alguns estabelecem entre Igreja e Reino de Deus. Este, esvaziado de seu conteúdo total, é entendido em sentido mais bem secularista: não se chegaria ao Reino pela Fé e pela pertença à Igreja, mas pela simples mudança estrutural e pelo compromisso sócio-político. Onde há um certo tipo de compromisso e de práxis pela justiça, ali estaria já presente o Reino. Esquece-se, deste modo, que 'a Igreja... recebe a missão de anunciar o Reino de Cristo e de Deus, e instaurá-lo em todos os povos, e constitui na terra o germe e o princípio desse Reino' (Lumen Gentium, nº 5). 

   Sabemos que em Puebla como em Medelim estavam presentes muitos teólogos da libertação. O Papa falou tão claramente que talvez achou supérfluo dar nome aos bois. Mas, se naquela conjuntura, o Sumo Pontífice dissesse que ali estavam hereges que negavam a fé da Santa Igreja, deturpadores da missão Redentora do Homem-Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, certamente Gutiérrez, Assmann, D. Hélder Câmara e companhia teriam dito: "Somos nós, porventura, senhor?". Na verdade, saíram dali para continuar a obra de traição a Jesus Cristo, e, em que pese a advertência clara e enérgica do Santo Padre João Paulo II, a Teologia da Libertação continua fazendo seus estragos. 

   Frei Beto, certa vez, indagou ao Presidente da CNBB na época, D. Ivo Lorscheiter, se o Papa João Paulo II havia realmente condenado a Teologia da Libertação. Com muita ênfase, respondeu o Presidente da CNBB: "De jeito nenhum. O Papa apenas chamou a atenção para o risco de alguns abusos. A Teologia da Libertação já foi incorporada à doutrina oficial da Igreja, através do Evangelii Nuntiandi, onde Paulo VI, sem negá-la, também adverte sobre alguns exageros que podem ser cometidos em seu nome".  Não se vê nenhuma lógica, nesta conclusão de D. Ivo, mas, na verdade, a Teologia da Libertação, continua em plena atividade e, aí sim, com aprovação da CNBB. Para isto basta compulsar documentos da mesma. 

   Para mais nos compenetrarmos  da perversidade desta teologia, ouçamos alguns dos seus corifeus:
   Frei Leonardo Boff: "A opção política, ética e evangélica prévia em favor dos pobres contra a sua pobreza ajuda a escolher aquele instrumental que faça justiça aos reclamos de dignidade por parte dos explorados. Neste momento de racionalidade e objetividade, o teólogo pode se utilizar do aporte de teoria marxista da história... O que propomos não é teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da teologia" (Marxismo na Teologia, Jornal do Brasil, 6-4-80).

   Luiz Alberto Gomes de Souza: "Para a teologia da libertação não existe, atualmente, outra reflexão teórica melhor que o marxismo, que está inserido na práxis da realidade" (Secretariado General del CELAM, Bogotá, 1977, p. 276). 

    Padre Gustavo Gutiérrez: "O homem latino-americano ao tomar parte em sua própria libertação,... na luta revolucionária liberta-se de algum modo da tutela de uma religião alienante que tende à conservação da ordem". (Teologia da Libertação, Vozes, Petrópolis, 1975, p. 67). 

    Padre Alfonso Garcia Rubio: "O que espera a Teologia da Libertação da Hierarquia eclesiástica? Que se dessolidarize efetivamente do sistema imperante, e que admita, de fato, no seu interior, opções claramente revolucionárias... Na grande maioria dos países latino-americanos... significa normalmente a opção política de esquerda, uma opção contra o sistema dominante, considerado como opressor e anti-humano" (Teologia da Libertação: Política ou Profetismo?, Edições Loiola, São Paulo, 1977, p. 31).

   Padre Gustavo Gutiérrez: "No encontro com os homens dá-se nosso encontro com o Senhor... É conhecida esta poesia de León Felipe, da qual muito gostava 'Che' Guevara... 'Amo-te, Cristo/ ... Tu nos ensinaste que o homem é Deus... / Um pobre Deus crucificado como tu / e aquele que está à tua esquerda no Gólgota / o mau ladrão / também é Deus! (Teologia da Libertação, Vozes, Petrópolis, 1975, p. 171).

   Caríssimos e amados leitores, eu poderia fazer muitas outras citações, mas, creio que bastam estas, principalmente, esta última, que constitui uma pancada matando dois coelhos. Só numa crise sem precedentes na Igreja como o é a atual, poder-se-ia acreditar que um Papa fosse amigo particular do autor desta última citação. Uma mente verdadeiramente católica recusar-se-ia aceitar tal possibilidade mesmo num sonho em sono profundo!!! Seria um pesadelo tão terrível que impediria conciliar novamente o sono. Mas, infelizmente, é a triste realidade. Rezemos!

   

   

Explicação mais ampla do Quarto Mandamento da Lei de Deus

P.: Que é que nos ordena o quarto mandamento honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores?
R.: O quarto mandamento honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores) ordena-nos que amemos, respeitemos e obedeçamos aos pais e aos nossos superiores constituídos legitimamente em autoridade. 
Explicação: O quarto mandamento por conseguinte, proíbe-nos ofender com palavras, obras, ou de qualquer outra maneira,  os nossos pais e superiores constituídos em autoridade e proíbe-nos também desobedecer-lhes.
  O quarto mandamento impõe-nos os deveres que temos para com os pais e os superiores constituídos em autoridade, e determina-os em três, a saber: a) Amá-los: os filhos devem amar os pais. Esse amor deve ser sincero, deve brotar do coração, exceder o que possamos ter para com qualquer pessoa. - b) Respeitá-los: respeita os pais quem os reconhece como superiores, com as palavras e com as ações, isto é, procedendo e falando-lhes de maneira cortês, dócil, circunspecta e submissa, como importa a todo o que está na dependência dum superior. Este dever nunca cessa, qualquer que seja a idade ou a dignidade a que um filho possa chegar. Perante os pais, ele é sempre um inferior em frente de superiores. 
  O respeito religioso dos filhos para com os pais costuma ser um indício e um argumento quase infalível duma alma nobre, dum coração delicado, de verdadeira e profunda virtude. - c) Obedecer-lhes: quem ama cordialmente os pais e os respeita, não pode deixar de lhes ser obediente. Em geral, hoje em dia, as crianças dão pouca importância à obediência, e, no entanto, ela é gravemente imposta por Deus, que não manda inutilmente e não deixa impune a violação dos seus preceitos. Mas este mandamento tem parvidade de matéria. Depois veremos quando a desobediência é pecado mortal.  Os deveres para com os pais confundem-se quase com os que temos para com Deus; procedem da própria natureza; como criaturas, tudo devemos a Deus; como filhos, devemos aos pais, depois de Deus, a nossa vida. 
  A autoridade que os pais têm de mandar nos filhos, a obrigação que têm os filhos de obedecer, vêm-lhes de Deus que constituiu e ordenou a família, a fim de que nela o homem encontre os primeiros meios necessários para o seu aperfeiçoamento material e espiritual. Os pais, por sua vez, receberam de Deus deveres para com os filhos: dever de amar, cuidar e alimentar seus filhos, de prover à sua educação religiosa e civil, de dar-lhes o bom exemplo, de afastá-los das ocasiões de pecado, de corrigi-los nas suas faltas, e de auxiliá-los a abraçar o estado para o qual são chamados por Deus.
  Vimos que os filhos devem amar e respeitar os pais e obedecer-lhes. Em consequência destes deveres fica claro que os filhos, podendo, devem também ajudar, os pais nas suas necessidades. Devem ajudá-los espiritualmente, orando por eles, esforçando-se (se os pais não forem bons cristãos), com a palavra e com as obras, por realizar a sua conversão, diligenciando, no caso de doença grave, que recebam a tempo os santos Sacramentos, e, se falecidos, sufragando a sua alma; temporariamente, socorrendo-os nas necessidades, provendo-os de modo proporcionado aos próprios meios e às suas necessidades. Não observam o quarto mandamento aqueles filhos que, podendo assistir aos pais doentes, velhos ou inaptos para o trabalho, não o fazem e mandam-nos para o hospital ou para o asilo, a fim de lhes não suportar o peso; mostram, ao contrário, procedendo assim, ânimo ingrato, duro, perverso. 

  Os nossos superiores em autoridade: O quarto mandamento nos ordena não só que amemos, respeitemos e obedeçamos aos pais, mas também os nossos superiores constituídos em autoridade. São nossos superiores constituídos em autoridade: na vida religiosa, o Papa, o Bispo, o vigário; na vida civil os que estão revestidos de autoridade civil, como o Presidente, o Governador, o Prefeito, as autoridades militares etc. Na vida individual os avós, os tutores, os mestres, os amos etc. 
  A todos os que têm poder sobre nós, devemos também amor, respeito e obediência. a) Em relação aos superiores eclesiásticos, eis o que nos ensina o Espírito Santo: "Teme ao Senhor com toda a tua alma e venera os seus sacerdotes" (Ecles. VII, 13, 33). Eles representam e ocupam o lugar de Deus. Jesus disse aos Apóstolos: "O que a vós ouve a mim ouve, e o que a vós despreza a mim despreza. E quem a mim despreza, despreza Aquele que me enviou" (S. Lucas, X, 16). 
  b) Cada qual deve também ser submisso aos outros seus superiores, porque, como nos ensina o Espírito Santo, "não há poder que não venha de Deus: e os que há, esses foram por Deus ordenados. Aquele, pois, que resiste ao poder, resiste à ordenação de Deus. E os que lhe resistem, a si mesmos trazem a condenação" (Rom. XIII, 1 e 2). 

 DEVEMOS OBEDECER SEMPRE EM TUDO AOS SUPERIORES? No caso em que nos mandassem coisas contrárias à lei de Deus, que são pecado, não só já não teríamos o dever de obedecer, mas teríamos o dever de não obedecer, porque, em tal caso, já não desempenhariam a missão que lhes vem de Deus, antes se poriam em oposição absoluta com Deus, de quem procede toda a autoridade e a quem todos devem ser submissos. Em tal caso dever-se-ia imitar São Pedro, quando dizia aos judeus: "Importa mais obedecer a Deus, do que aos homens" (Atos, V, 29). Quantos exemplos na vida dos santos: São Máximo não obedece ao Papa Honório I; São Tomás Morus não obedece ao Rei Henrique VIII; São Cirilo de Alexandria  não obedece ao Bispo e Patriarca Nestório; Santa Bárbara não obedece ao seu pai etc., etc. 
O dever de não obedecer, no entanto, não dispensa o dever de respeitar. Aliás um zelo desrespeitoso e ácido perde muito do seu valor. 

Prática: Amai, respeitai e obedecei aos pais, lembrando-vos dos graves sacrifícios que fizeram por vós e pela vossa educação. Se acontecer que obtenhais uma condição superior à deles, nunca vos envergonheis de reconhecer ainda publicamente e de mostrar neles os vossos venerandos pais. Cumpri também fielmente os vossos deveres para com todos os superiores constituídos em autoridade.
  Como faz pena ver filhos que ofendem àqueles de quem receberam tantos benefícios que lhes prestaram tantos cuidados, a quem, depois de Deus, são devedores da própria vida! Que dizer, então, dos que se revoltam, insultam, ameaçam, ou batem nos pais? São delitos enormes, que Deus, no Antigo Testamento, queria punir de morte. 


  

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O MATERIALISMO ONTOLÓGICO DO COMUNISMO



Isto é sinônimo de ateísmo, porque Deus é espírito perfeitíssimo, subsistente por si mesmo. Para os comunistas a Religião é algo inventado para enganar o povo. Sabemos que é pela Religião que o homem se liga a Deus. Ora, se não existe Deus, como eles ensinam, logo, a religião é vã. Por isso, dizia Marx que a religião é o ópio do povo. Que quer dizer este fundador do Comunismo? Que é ópio? É uma droga que causa euforia e no uso contínuo (dependência) leva a uma decadência física e intelectual. É, na verdade, um veneno estupefaciente. Daí o significado figurado: tudo aquilo que causa embrutecimento moral. Os comunistas pensam que eles e só eles sabem como dar a verdadeira felicidade. No entanto, os que têm fé sabem que sem Deus não pode haver verdadeira felicidade. Deus é o sumo Bem; Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo feito Homem, é o caminho, a verdade e a vida. Onde, porém, é implantada a ditadura comunista, como Cuba e Venezuela  (para dar exemplos bem conhecidos de todos nós, e só não o vêem os cegos voluntários), reina a infelicidade, a igualdade na miséria.

Mas vamos citar algumas afirmações de alguns corifeus comunistas. No prefácio de uma obra escrito por Marx em 1859, lê-se: "Na produção social, os homens submetem-se a situações precisas, necessárias, independentes de sua vontade, a relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento de suas forças materiais de produção. A globalidade destas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real, sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política... É a própria forma de produção da vida material que condiciona o processo social, político e espiritual da vida. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas ao contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência... Com a mudança da situação econômica, toda a monstruosa superestrutura se transforma, de forma mais rápida ou mais lenta. Na consideração de tais transformações é preciso diferenciar sempre entre a revolução material, fielmente constatável pelas ciências sociais nas condições de produção, e as formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas ou filosóficas, numa palavra, ideológicas, pela quais os homens se tornam conscientes deste problema e o solucionam" (Livro: Crítica da Economia Política, p. 13).

Vamos procurar desfazer a grande obscuridade deste texto.  A primeira coisa que Marx aí quer ensinar é que a religião  é determinada pelas condições econômicas. Em outras passagens deste livro ele emprega outras expressões como: a religião é condicionada, é transformada, é determinada, é inserida no mundo, pelo fator econômico. É, na verdade, uma consequência lógica de seu materialismo ontológico, ou se quiserem, do seu ateísmo.

Como a realidade das coisas mostra o contrário do que ensina esta tese de Marx, ele mesmo e outros como Engels, procuraram reformulá-la, vesti-la com outra pele. Por exemplo, Engels em 1890 disse: "Segundo a interpretação materialista da história, o momento histórico que decide, EM ÚLTIMA INSTÂNCIA (destaque meu), é a produção e a reprodução da verdadeira vida. Nunca foi afirmado mais do que isto, nem por Marx, nem por mim. Mas, se alguém torcer a ideia e disser que o momento econômico é o único fator que decide, então ele transforma aquela frase numa retórica sem conteúdo, abstrata, absurda". O mesmo Engels, três anos depois, afirmava: "Marx e eu havíamos negligenciado o lado formal em favor do conteúdo". Na verdade, estes mentirosos, filhos que são do demônio, querem, no fundo, afirmar que o capitalismo, o feudalismo da Idade Média e outras situações semelhantes é que causam a religião, são o ópio que torna estúpido o homem a ponto de achar que é Deus que lhe dá  felicidade. Em outras palavras, Marx quer ensinar que "em última instância" são as condições econômicas que determinam o que é espiritual e, portanto, o que determina a religião.  Marx chega ter a ousadia de escrever: "O moinho movido pelo braço humano produz uma sociedade com senhores feudais, o moinho a vapor produz uma sociedade com capitalistas industriais".

Daí, os comunistas procuram destruir a religião, a crença na Providência divina, pelo método das contradições. Para eles a origem da religião vem somente de uma dupla impotência do homem: a impotência perante as forças da natureza (mas não sabem provar isto) e a impotência do homem subjugado em face dos exploradores. A primeira impotência, segundo Marx e Engels, teria levado o homem a acreditar em Deus e em milagres; e a segunda impotência (em face dos exploradores) teria levado o homem a acreditar num mundo melhor, no céu. Eis o que diz Marx: "Toda a história da religião que abstrair desta base material, não tem espírito crítico" (Seu livro Capital, I, p. 389).  Concluem que, envenenados pelo ópio das religiões, os homens acabam por não levar em conta as situações cruéis da sociedade. Mas, caríssimos, é o contrário que se dá, os comunistas, por não por Deus acima de tudo, levam o povo a maior miséria, acabam com os ricos e também com os pobres, e igualam todos na miséria. Só os ditadores comunistas é que comem do bom e do melhor em restaurantes de luxo.

Mas Lenine dizia: "Àquele que durante toda a sua vida trabalha e passa miséria, a religião ensina humildade e paciência aqui neste mundo, e o consola com esperanças e recompensa celestial. Mas àqueles que vivem do trabalho alheio, a religião manda praticar boas obras nesta vida, com o que ela  lhe dá uma solução muito barata para toda a sua existência exploradora e vende ingressos para a bem-aventurança celestial por preços bem camaradas".  Infelizmente, quantas pessoas, até católicos, que se deixam enganar por essas falácias. É preciso que as pessoas vejam que esta linguagem é de gente ateia e à toa.

A FELICIDADE


   "Eu nada temo tanto, dizia Santa Teresa d'Ávila, como ver nossas irmãs perderem a alegria do coração".
   Jesus é a felicidade infinita! Estar com Ele constitui já aqui na terra, um doce paraíso. Quem está no estado de graça, ou seja, com Nosso Senhor Jesus Cristo, então é feliz. É feliz a pessoa que pode dizer a si mesma com toda simplicidade: Eu sou filha de Deus! Tem todos os motivos para ser alegre no Senhor. E basta eu querer para ter a consciência e o coração unidos a meu Deus, que é o meu Pai do Céu, onipotente e a própria Bondade. Não há assim nenhuma razão para a alma se entregar à tristeza. Nossa Senhora, nas Ladainhas Lauretanas é chamada: Causa de nossa alegria. E devemos afirmar que Jesus é a Causa das causas de nossa alegria. Não invejo nada a ninguém porque o único bem invejável é o amor de Deus, e deste amor, obtenho tanto quanto peço. Eu não desejo nada com apego nem com força a não ser a graça de pertencer totalmente a Jesus. E sou também filho ternamente querido da Santíssima Mãe de Jesus. Ela me ama, e assim é completa a minha alegria. Eu amo a Jesus mais que tudo, porque Ele é o Bem Soberano. Posso alegrar o Coração de meu Jesus que morreu por mim; posso convidá-Lo para minha casa, hospedá-Lo no meu coração, viver com Ele numa intimidade inexprimível. Posso sofrer por amor a Jesus, associar-me à sua Paixão e à sua Redenção, posso povoar seu céu. Posso tornar minha vida fecunda para as almas. 

   A tristeza, dizia santa Catarina de Sena, é obra do demônio. Pela misericórdia de Jesus, somos filhos de Deus e então, a nós, filhos de Deus, compete rejubilar-nos. A tristeza é a irmã da dúvida e da cólera. Ela contrista o Espírito Santo e o expulsa. Deus gosta de nos ver contentes como crianças sadias e bem amadas por suas mães. Como a criança é feliz! Jesus quis que seus discípulos fossem como crianças, simples, humildes com aquela alegria franca que brota do fundo de uma alma pura. 

  Caríssimos, como é belo o coração sempre contente, calmo, humilde, simples, caridoso e benevolente. Como é confortante encontrar, na estrada da vida, pessoas que espalham a felicidade, pessoas que a gente nunca teme encontrar com o semblante fechado, com mau humor. Isto caríssimos, é porque estas pessoas aprenderam do Coração de Jesus a serem mansas e humildes. Na verdade, quanto mais um coração penetrou no de Jesus e entregou-se à sua benfazeja ação, mais aprendeu a ser sempre feliz e espalhar em redor de si a felicidade. 

  Jesus, manso e humilde de coração! Fazei o meu coração semelhante ao vosso! E eu encontrarei descanso para a minha alma e difundirei em torno de mim o vosso bom perfume da verdadeira felicidade. Amém!

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

FAMÍLIA CRISTÃ

 Vemos com tristeza, como a sociedade está moralmente enferma, totalmente invadida e convulsionada pelo paganismo e a imoralidade. Mas não bastam lamentações. Mister se faz atacar o mal pela raiz. Ora, as famílias são as raízes que elaboram o alimento moral da sociedade. É a célula da sociedade; pois esta se forma de indivíduos e estes por sua vez se formam na família.

   Temos, então, que dedicarmos todos os nossos cuidados à família, para termos realmente uma sociedade sadia. A família é obra da mão de Deus. É inútil querer corrigir a crise da sociedade, se não se põe o primeiro cuidado em conservar a família. Os filhos das trevas, como disse Jesus Cristo, são muito espertos e nós vemos com tristeza, como as ideias comunistas estão se espalhando pelo mundo como um gás sumamente venenoso e que destrói em primeiro lugar as famílias, Pela imoralidade, imodéstia nas vestes, televisão, pornografia na Internet, divórcio, maus exemplos, principalmente nos colégios que vão se tornando focos de imoralidade e heresias, etc, etc. a indissolubilidade do matrimônio católico está em risco de dissolução quase total.  E, por outro lado, o sal na Igreja está perdendo sua força, deixando a corrupção reinar soberana. As paixões têm campo livre, os vícios, campeiam como chamas num canavial. 

   E não bastassem os comunistas por fora, há-os internos. E, horribile dictu, o próprio Sumo Pontífice reconhece que as últimas mudanças que ele fez nos processos matrimoniais quanto à declaração de nulidade podem colocar em risco a indissolubilidade do matrimônio. Muitos casamentos se dissolveram não porque nulos, mas por causa da ausência total ou quase das virtudes cristãs, e, por outro lado pelo reinado desenfreado das paixões as mais nefandas. Para estes não só a "a misericórdia" do divórcio mas a possibilidade de se casarem novamente e até comungarem. 

   Deus fez bem todas as coisas e se existe o mal no mundo, sua causa deve ser procurada na malícia humana que perverte a harmonia do Criador. A formação da família, poderia parecer algo profano, ao passo que, na realidade, ela tanto tem de santo como de sublime. O casamento não é um mal (como muitos hereges pensaram), pelo contrário, é um bem. Foi Deus quem o fez desde o Paraíso Terrestre. É bem verdade que devido o pecado original, o casamento decaiu de sua primitiva dignidade. Mas o Filho de Deus que veio ao mundo para remir a humanidade e iluminá-la restituiu o casamento à sua primitiva santidade elevando-o à dignidade de sacramento.

   Jesus Cristo, quis assistir em companhia de sua Mãe Santíssima a uma festa de casamento em Caná da Galileia, aprovando e santificando com sua divina presença. o vínculo conjugal, operando também nesta ocasião o seu primeiro milagre.

   Um dia os fariseus interrogaram a Jesus: "É lícito ao homem repudiar sua mulher? Ele, porém, lhes respondeu: Desde o princípio, Deus criou o homem e a mulher, logo o homem deixará seu pai e sua mãe e viverá com sua mulher. Não separe, portanto, o homem o que Deus uniu".

   Ter esta firme e inabalável convicção sobre a divina instituição do matrimônio, sempre foi de extrema necessidade, mas, hoje, ademais, tornou-se muito urgente. Pois são tantos os homens que ignoram de todo a grande santidade do matrimônio cristão. São inúmeros os que a negam e calcam aos pés. 

   Lacordaire, o grande conferencista francês, queria que seus amigos Ozonam e Luis Veuillot o imitassem e renunciassem o casamento. Mas Veuillot, com todo direito achou por bem se casar. E quando Lacordaire soube, exclamou: "Mais um que ficou na armadilha". Relataram ao papa a frase de Lacordaire e sorrindo comentou o Santo Padre: "Eu não sabia que Nosso Senhor havia instituído 6 sacramentos e 1 armadilha". 

   Outro exemplo bem diferente deste: São Francisco de Sales hospedava em sua casa um amigo. E o santo bispo, com aquela sua grande caridade, tratava o seu amigo com as maiores finezas, inclusive todas as noites ia acompanhá-lo até ao seu quarto. E o hóspede, confundido por tanta delicadeza, disse a São Francisco de Sales que não era digno de ser tratado assim por um bispo, ele que era um simples leigo. Mas o santo bispo perguntou-lhe: "Então o meu amigo não é casado?" - Ainda não, respondeu o amigo.  -  "Ah! , retrucou São Francisco de Sales, então tem razão de protestar: de hoje em diante tratá-lo-ei com mais confidência e com menores finezas". É que o Santo da mansidão pensava que uma pessoa casada devia ser cercada de uma veneração maior, pela dignidade do sacramento do matrimônio que confere aos esposos uma graça que os torna capazes de se amarem sobrenaturalmente, de educarem os seus filhos e de suportarem com serenidade os pesos da vida. 

   O matrimônio é portanto um sacramento, fonte de bênçãos, rico em simbolismos, expressivo no seu programa que é a comunhão da vida toda até a morte com todas as suas manifestações: Comunhão de vida natural: "serão os dois uma úncia carne", disse Deus. Comunhão de interesses: e portanto os bens materiais e as perdas andam em conjunto. Os afetos também se entrelaçam. E é por isso que São Paulo manda que o homem ame a sua esposa como a si próprio. Comunhão de fidelidades e deveres: ambos geram o corpo da criança e ambos concorrem para a geração moral, isto é, para a educação da mesma. Por isso é que Nosso Senhor impôs aos filhos o precito de honrar "pai e mãe". Comunhão de trabalhos: juntos devem cultivar o mesmo campo e nos mesmos espinhos sangram as mãos e ferem os corações. Comunhão de lutas e vitórias: em todas as fases da vida, e até a morte. 

   Assim é que deveria ser compreendido e sobretudo vivido o matrimônio. Como são belos os componentes de uma família verdadeiramente cristã! A família cristã tem Jesus que a consola e nunca será desolada. Diz o próprio Divino Espírito Santo na Bíblia: "Ditoso o homem que tem uma virtuosa mulher". "A mulher virtuosa é o prêmio dos que temem a Deus, e será dada ao homem em recompensa pelas sua boas obras".  "Cooperadora da Providência e complemento do homem, a mãe gera, nutre, educa, dá forma, brilho e esmalte à existência. É autora maravilhosa e destra escultora dos seres" (Palavras de um poeta castelhano). 

   Uma mãe verdadeiramente cristã, não é mais uma simples mulher, é uma santa! "Me deem mães verdadeiramente cristãs, e eu salvarei este mundo decadente" (S. Pio X). 

   Outro dom tão precioso na família são os filhos: Frederico Ozonam, o grande literato católico, fundador das conferências de São Vicente de Paulo escrevia estas linhas junto ao berço de sua primeira filhinha:  "Ah! que momento aquele em que ouvi o primeiro vagido de minha filha e vi a criatura imortal que Deus confiava ao meu cuidado, e que tantas doçuras e obrigações era portadora para mim! Não consigo mirar esses olhos que destilam suavidade e pureza, sem descobrir neles, menos apagado que em nós, o retrato sagrado do Criador". Na verdade, os filhos são um dom de Deus.

   Como é belo também o homem virtuoso na família, como a cabeça, o chefe, com a sua autoridade suave, com a sua proteção, como São José na Sagrada Família.  Vêm-nos à mente as palavras de Santa Terezinha: "Deus deu-me pais mais dignos do céu que da terra". Pai e mãe santos! Que graça!

   Não esqueçamos nunca que toda esta beleza e sublimidade da família estão na observância da lei de Deus. Por isso é que São Paulo diz que "o casamento é santo, mas no Senhor". Quantos casamentos, hoje embora válidos, são sacrílegos. Quantos pecados, quantos crimes! Uma coisa tão sublime, tão santa e, no entanto, tratada hoje com tanta leviandade, feita sem nenhuma preparação, . Pior: toda santidade, toda bênção são afastados por tantos pecados cometidos antes e depois do casamento. 

   Não consigo terminar este artigo, embora já longo, sem relatar pelos menos algumas palavras do Papa Pio XII: "Aqueles, pois, que nas igrejas exercem funções diretivas ou de magistério, exortem assiduamente os fiéis a que constituam e mantenham famílias segundo a norma da sabedoria do Evangelho - buscando assim com assíduo cuidado preparar para o Senhor um povo perfeito. Pelo mesmo motivo, cumpre também sumamente atender a que o dogma, que por direito divino afirma a unidade e indissolubilidade do matrimônio, seja compreendido em sua importância religiosa e santamente respeitado por todos os que contraem núpcias. Que tão capital ponto da doutrina católica tenha validíssima eficácia para a sólida estrutura da família, para o bem-estar crescente da sociedade civil, para a saúde do povo e para uma civilização cuja luz não seja falsa..." (Pio XII, "Sertum laetitiae).

Caríssimos, não podemos votar em candidatos da esquerda, porque sendo comunistas, de uma maneira ou de outra, procuram destruir as famílias.