ESQUEMA SOBRE A LITURGIA
"Mons. Zauner, Bispo de Linz, era o liturgista mais conhecido entre todos os Padres Conciliares. Membro da Comissão de Liturgia, era lógico que fosse escolhido para fazer o relatório sobre o trabalho desta comissão, em agosto de 1963, na Conferência de Fulda. (...)
Em uma entrevista que me concedeu, [diz o Padre Ralph Wiltgen] após a votação, Mons. Zauner disse que a Constituição sobre a Sagrada Liturgia enunciava quatro grandes princípios. 'O primeiro, disse, é que o culto divino deve ser uma ação comunitária; em outras palavras, o padre deve fazer tudo o que faz com a participação ativa do povo e nunca só'. Segundo ele, o uso da língua vulgar era condição necessária para esta participação.
Segundo princípio: os fiéis deveriam ser enriquecidos diretamente pela Sagrada Escritura e não apenas pelos sermões. 'Toda função litúrgica, inclusive, o rito do matrimônio, comportará, de agora em diante, leituras da Sagrada Escritura'.
Terceiro princípio: o culto litúrgico não devia somente ajudar os fiéis a rezar, mas também ensiná-los. Mons. Zauner disse que isto tinha uma importância particular nos territórios de missão, onde o padre não pode visitar suas paróquias senão raramente. Era igualmente necessário nos países onde é rigorosa a perseguição, sendo a instrução religiosa frequentemente proibida fora da Missa. Nas sociedades livres, percebia-se a mesma necessidade: o ritmo de vida é tão rápido que, se os fiéis não receberem instrução na Missa, muitas vezes acabam não tendo tempo para recebê-la.
Quarto princípio valia especialmente para os países de missão. 'Nos lugares onde os costumes tribais não contêm elementos supersticiosos', disse Mons. Zauner, 'eles podem, de agora em diante, ser introduzidos na liturgia'. Este processo, chamado de adaptação, 'só pode ser feito por uma Conferência Episcopal assistida por especialistas das regiões linguísticas interessadas. É necessário a aprovação da Santa Sé antes que tal medida seja posta em prática'.
Mons. Zauner acrescentou que estava 'extremamente satisfeito' com a Constituição sobre a Liturgia, e que ele nunca tinha ousado esperar 'que pudesse ir tão longe'.
N. B. Uma árvore má, enquanto não for cortada, continuará a dar maus frutos, e adubada como está, que será da verdadeiramente SAGRADA Liturgia?!!!
Contra fatos não há argumentos. Eis um exemplo!
Há alguns anos, visitou-me um padre missionário da Colômbia, o Revmo. Padre José Luis Pivel. Contou-me o seguinte: Em um lugar (não me lembro mais) ele passou algum tempo pregando e celebrando entre os índios. Celebrava a Missa Nova. Pois bem! No final das Missões o cacique ao agradecer-lhe, teve a sinceridade de dizer o que realmente sentiu: Sr. padre, desculpe-me, mas não gostei de sua missa. Por aqui, faz já alguns anos, passaram outros missionários e a missa deles era diferente. Gostava delas!!! É que aquela Missa dos outros missionários tinha mistério, e a sua missa, padre, não tem mistérios. E o Padre José Luis Pivel, me disse que, a partir de então, não celebrou mais a Missa Nova. E eu disse pra ele sorrindo: Quer dizer então, que o sr. foi converter os indígenas, e deu-se o contrário! Ele disse-me: "É verdade! Por isso é que estou aqui para ver se consigo entrar na Administração Apostólica para continuar a celebrar a Missa Tradicional mas com a aprovação da Santa Sé". Infelizmente não foi recebido.
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