Padre Ascânio Brandão
Contam que no tempo de Luiz XIV. Outros que no de Luiz XIII. E Vieira fala simplesmente que na côrte...
Pregavam dois oradores sacros de renome, sucessivamente. Perguntaram depois ao rei: Majestade, qual deles pregou melhor? "Não o saberia dizer, meus amigos. Posso entretanto afirmar que, ouvindo o primeiro, saí da Igreja contente com o pregador. Que retórica! Que eloqüência! E saí contente comigo mesmo. Ouvindo, porém, o outro, saí contente com o pregador, mas descontente comigo mesmo e com a minha vida e resolvido a me converter".
Qual deles foi o melhor pregador?
O fim da pregação como o da retórica, é convencer. Melhor prega, portanto, quem melhor convence. E convencer é tocar o coração e mover a vontade para o bem e a verdade, na eloquência sagrada.
Pregadores sem convicções não convenceriam a ninguém. Seriam o sino qe bate, o bronze que soa, no espressivo dizer de São Paulo.
Conta Rousie, de um pregador, afamado, bom literato e bom sociólogo. Pregava numa igreja humilde e rural. Pôs-se a falar da crise da sociedade moderna. A um dado momento se inflamou levantando os braços para o alto a exclamar: - Ó anarquia das inteligências! Ó anarquia das inteligências! O povo se põe de joelhos e responde a toda força: Rogai por nós! Rogai por nós!
Julgavam talvez que se tratava de alguma nova santa...
Ai pregadores! Até aqui o Padre Ascânio Brandão. Aliás foi um padre santo e um grande escritor.
Do espirituoso queria passar para algo mais sério: "Senhor, mandai -nos sacerdotes heróicos! A terra tem sede deles! O mundo lhes sorverá as palavras. Mandai-nos santos sacerdotes! (Pe. Eduardo Poppe).
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