VIA-VERITAS-VITA
'Ego sum via, veritas et vita". "Eu sou o caminho, a verdade e a vida." (S.Jo. XIV, 6). Jesus é o CAMINHO que devemos seguir para chegarmos a Deus. Mediador, Redentor e modelo perfeito de todas as virtudes.VERDADE INFALÍVEL,o MESTRE. Sua doutrina deve ser a regra de nossa vida. Jesus é VIDA:Com S. Paulo, digamos de todo coração: "A minha vida é JESUS".
SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS
Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.
Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!
sábado, 10 de outubro de 2020
HOMILIA DOMINICAL - 19º Domingo depois de Pentecostes
sábado, 3 de outubro de 2020
HOMILIA DOMINICAL - 18º Domingo depois de Pentecostes
Lago (Mar) da Galileia ou Tiberíades ou de Genesaré. Água doce, formado pelo Rio Jordão. Em hebraico: Kinneret que significa harpa, cujo formato o lago imita. |
sábado, 26 de setembro de 2020
Domingo 17º depois de Pentecostes
Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo!
A prática de hoje é extraída do Livro "INTIMIDADE DIVINA" do P. Gabriel de Santa M. Madalena, O. C. D.
1 - "Como Jesus, no curso da Sua vida terrena, não cessou de recomendar a caridade e a união fraterna, assim a Igreja, nas Missas dominicais, continua a inculcar-nos esta virtude. Hoje fá-lo servindo-se de um trecho da carta de S. Paulo aos Efésios (4, 1-6): 'Rogo-vos que andeis dum modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, suportando-vos uns aos outros por caridade, solícitos em conservar a unidade do espírito pelo vínculo da paz'. O chamamento que recebemos foi a vocação ao cristianismo, a vocação ao amor. Deus, caridade infinita, adota-nos como Seus filhos afim de que rivalizemos com a Sua caridade a tal ponto que seja o amor o vínculo que nos una a todos num só coração, como o Pai e o Filho estão unidos numa só Divindade pelo vínculo do Espírito Santo. 'Como Tu, Pai, o és em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós', pediu Jesus para nós (Jo 17, 21).
"Conservar a unidade pelo vínculo da paz": eis uma coisa fácil e difícil ao mesmo tempo. Fácil porque , quando o coração é verdadeiramente humilde, manso e paciente, tudo suporta com amor, tendo maior cuidado em se adaptar à mentalidade e aos gostos alheios do que em fazer valer os seus. Difícil porque, enquanto estivermos no mundo, o amor próprio, apesar de mortificado, tenta sempre ressurgir e afirmar os seus direitos, criando constantes ocasiões de choques recíprocos. Para os evitar é preciso muita renúncia de si mesmo e muita delicadeza para com os outros. Devemos persuadir-nos de que tudo o que perturba, enfraquece ou, o que é pior, destrói a união, não pode agradar a Deus, mesmo que o façamos sob pretexto de zelo. EXCETUANDO O CUMPRIMENTO DO DEVER E O RESPEITO PELA LEI DE DEUS, (os destaques são meus), devemos preferir sempre renunciar às nossas ideias, embora boas, a discutir com o próximo. Dá muito mais glória a Deus um ato de renúncia humilde a favor da união, dá muito mais glória a Deus a paz entre os irmãos, do que uma obra grandiosa que possa causar discórdia e desentendimento.
2 - "O excesso de personalismo, o grande desejo de agir cada um a seu modo são muitas vezes causa de divisões entre os bons. Dada a nossa limitação, as nossas ideias não podem ser de tal modo absolutas que não admitam as ideias dos outros. Se o nosso modo de ver é bom, reto, luminoso, pode haver outros igualmente bons e até melhores; por isso, em vez de o rejeitarmos por não sabermos renunciar a opiniões demasiado pessoais, é mais prudente, humilde e caritativo aceitar o modo de ver alheio, procurando conciliá-lo com o nosso. Este personalismo é inimigo da união, é um obstáculo para o maior êxito das obras e mesmo para o nosso progresso espiritual.
"Também o Evangelho de hoje ( Mt 22, 34-46) vem reforçar este incitamento à união, visto Jesus repetir que o mandamento do amor do próximo é, juntamente com o do amor a Deus, o fundamento de 'toda a lei', de todo o cristianismo. Não desprezemos estes chamamentos contínuos à caridade e à união; a Igreja insiste neste ponto, pois nele insistiu Jesus, porque a caridade 'é o mandamento do Senhor e se ele é observado, basta' (S. João Evangelista).
"(...) Terminemos com as palavras da Liturgia: "Onde há amor e caridade, aí habitais Vós, Senhor! O Vosso amor, o Cristo, congregou-nos num só corpo e num só coração; concedei-nos, pois, amarmo-nos com um coração sincero. Afastai de nós as dissenções e contendas; fazei que os nossos corações estejam sempre unidos em Vós e Vós sempre no meio de nós". Amém!
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
A RELIGIÃO DA PALAVRA VIVA
A RELIGIÃO DA PALAVRA VIVA
Setembro é o mês da Bíblia e, no próximo domingo, dia 27, celebraremos o dia nacional da Bíblia, dedicado a despertar e promover entre os fiéis o conhecimento e o amor dos Livros Sagrados, a Palavra de Deus escrita, redigida sob a moção do Divino Espírito Santo, motivando-os para sua leitura cotidiana, atenta e piedosa e, ao mesmo tempo, premunindo-os contra os erros correntes com relação à Bíblia mal interpretada.
“Na Igreja, veneramos extremamente as Sagradas Escrituras, apesar da fé cristã não ser uma ‘religião do Livro’: o cristianismo é a ‘religião da Palavra de Deus’, não de ‘uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’” (Bento XVI - Verbum Domini, 7)
“A Bíblia não é uma bela coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear”, disse o Papa Francisco aos participantes do Congresso Internacional da Federação Bíblica Católica (17/9/2020). E continua o Papa:
“A Palavra de Deus é viva, não morre nem envelhece, permanece para sempre. Está viva e dá vida. A Palavra, de fato, traz ao mundo o respiro de Deus, infunde no coração o calor do Senhor através do sopro do Espírito. A pregação não é um exercício de retórica e nem mesmo um conjunto de sábias noções humanas: seria somente lenha. É ao invés compartilha do Espírito, da Palavra divina que tocou o coração do pregador, o qual comunica aquele calor, aquela unção. Seria belo que a Palavra de Deus se tornasse sempre mais o coração de toda atividade eclesial”.
“É desejo do Espírito nos plasmar como ‘formato-Palavra’: uma Igreja que não fale por si e de si, mas que tenha no coração e nos lábios o Senhor. Ao invés, a tentação é sempre aquela de anunciar nós mesmos e de falar de nossas dinâmicas, mas assim não se transmite ao mundo a vida. A Igreja que se nutre da Palavra, portanto, vive para anunciá-La, lançando-se pelas estradas do mundo, até os confins da terra, não se poupa”.
“A Bíblia é a melhor vacina contra o fechamento e autopreservação da Igreja. É a Palavra de Deus, não nossa, e nos preserva da autossuficiência e do triunfalismo. Rezemos e trabalhemos para que a Bíblia não fique na biblioteca, mas corra pelas estradas do mundo. E faço votos para que vocês sejam bons portadores da Palavra, com o mesmo entusiasmo que lemos nesses dias nas narrações pascais, onde todos correm: as mulheres, Pedro, João, os dois de Emaús... Corram para encontrar e anunciar a Palavra viva”.
É de São Jerônimo, o grande tradutor dos Livros Santos, a célebre frase: “Ignorar a Sagrada Escritura é ignorar o próprio Cristo”. Portanto, o conhecimento e o amor às Escrituras decorrem do conhecimento e do amor que todos devemos a Nosso Senhor.
O ponto central da Bíblia, convergência de todas as profecias, é Jesus Cristo. O Antigo Testamento é preparação para a sua vinda e o Novo, a realização do seu Reino. “O Novo estava latente no Antigo e o Antigo se esclarece no Novo” (Santo Agostinho).
*Bispo da Administração Apostólica Pessoal
http://domfernandorifan.
sábado, 19 de setembro de 2020
HOMILIA DOMINICAL - 16º Domingo depois de Pentecostes
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 14, 1-11
Para estarmos, porém, enraizados na caridade, é indispensável que o estejamos igualmente na humildade, pois só quem é humilde é capaz de amar verdadeiramente a Deus e ao próximo. Nosso Senhor Jesus Cristo dá-nos uma lição prática de humildade, condenando a caça aos primeiros lugares. E observemos, caríssimos, que, enquanto os fariseus observam a Jesus com intenções malévolas, Nosso Senhor os observa para corrigi-los e o faz com toda bondade. Jesus se dirige aos presentes, na intenção de lhes dar uma instrução de humildade e de procedimento cristão. Todavia sempre manso, delicado e prudente, não diz - quando fores convidados a uma refeição - porque a alusão seria por demais transparente, e iria direta ao dono da casa. Dizendo, porém, - a umas núpcias - parece não dirigir-se aos presentes, e assim lhes fala com mais segurança e liberdade.
domingo, 13 de setembro de 2020
HOMILIA DOMINICAL - 15º Domingo depois de Pentecostes
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 7, 11-16.
Santo Agostinho explica as três sortes de pecadores: a defunta filha do chefe da Sinagoga é simbolo daqueles que têm o pecado no íntimo do coração, mas não o puseram ainda em obras. São os que consentem plenamente nos maus desejos graves, como no caso de adultério, sem contudo realizá-los. Estão mortos no interior do coração. No caso, há um morto, mas não saiu para fora. Às vezes, por efeito da palavra divina, como se Jesus em pessoa lhe dissesse: "Levanta-te" este pecador arrepende-se de seu consentimento ao mal e volta a respirar o ar de salvação e santidade. Este morto ressuscita dentro de casa; este coração revive na intimidade de sua consciência. Esta ressurreição da alma defunta, operada em segredo é simbolizada pela que teve lugar no recinto doméstico.
Finalmente, há aqueles que de mal em mal, chegam a enredar-se nos vícios, nos maus costumes, a tal ponto que não veem por força do mau hábito, a malícia das suas ações e até se gabam de suas más obras. Assim, diz Santo Agostinho, os habitantes de Sodoma. Tão grande era ali o império do nefando costume, que a perversão se lhes parecia honestidade e mais digno de repreensão o censor do que o malfeitor. "Viestes, dizem os habitantes de Sodoma a Lot, para morar aqui, não para nos dar leis".(que diria Santo Agostinho hoje quando se fazem leis para aprovar e defender os sodomitas?!). Eles, oprimidos pelos costumes malignos estão como que sepultados. Não só sepultados, mas como Lázaro no sepulcro, já cheiram mal. A pedra que cerrava o sepulcro de Lázaro significava a tirania do hábito, que subjuga a alma e não a deixa nem levantar-se nem respirar.
Diz-se de Lázaro que ele era um defunto de quatro dias (quatriduanus est). E, em verdade, a este mau hábito, que chamamos vício, chega-se como que por quatro etapas: primeira: uma suave chamada do prazer à porta do coração; segunda: o consentimento; terceira: a obra; quarta: o mau hábito. Há aqueles que repelem as coisas ilícitas logo que saem de seus pensamentos, para nem sequer sentir o prazer. Há aqueles que, sentindo o prazer, não consentem nele; ainda isto não é a morte, senão uma espécie de início de morte; porém, se ao deleite se junta o consentimento, vem a obra; e esta se torna costume. Neste caso, a gravidade é extrema. Neste sentido podemos dizer: esta alma está morta há tempo e cheira mal. Chega, então, Nosso Senhor, para o qual tudo é fácil; mas, como para dar a entender quão difícil é aqui a ressurreição, Ele, na ressurreição de Lázaro, suspira fortemente, e fala bem alto: "Lázaro,sai para fora deste sepulcro!" Sem embargo, à esta voz possante do Senhor, rompem-se as cadeias da tirania da sepultura, treme o poder da morte, e Lázaro foi devolvido à vida. Irmãos, observai as circunstâncias desta ressurreição: saiu vivo do sepulcro, mas não podia andar. Diz, então, Nosso Senhor aos discípulos: "Desatai-o e deixai-o ir". Jesus o ressuscitou da morte; os discípulos soltaram as ligaduras que impediam a Lázaro de andar. Reconhecei que a majestade divina se reserva certa coisa nesta ressurreição. A um consuetudinário (=pessoa dominada pelo vício) se lhe dizem duramente as palavras da verdade; porém, quantos não as ouvem? Depois das reprimendas, fica o pecador sozinho com os seus pensamentos e estes falam-lhe da má vida que leva e o péssimo hábito que o oprime. Enojado de si mesmo, resolve mudar de vida. Eis a ressurreição: ressuscitam, pois, quando começam a ser-lhes odiosos os procederes de antes; embora, porém, voltados à vida, não podem andar; as ligaduras de suas repetidas culpas impendem-nos. É mister, por isso, que ao ressuscitado se lhe desate e deixe caminhar; função esta encomendada pelo Senhor aos discípulos quando lhes disse:"O que desatardes na terra, será desatado no céu".
E Santo Agostinho termina o sermão mostrando a necessidade da pronta ressurreição espiritual: "Estas reflexões, oh! caríssimos, devem persuadir aos vivos a continuar vivendo, e aos que não vivem, a recobrar a vida. Se o pecado concebido no coração não saiu ainda para fora, haja arrependimento, corrija-se o pensamento, ressuscite o morto na intimidade de sua consciência. Se executou a ideia, tampouco desespere; se o morto não ressuscitou dentro, ressuscite fora. Arrependa-se de sua ação, reviva em seguida, não baixe ao profundo da sepultura, não caia em cima a lousa do mau hábito. E se, porventura, me está ouvindo quem jaz oprimido pela fria e dura pedra, quem já traz sobre si o peso do costume e cheira mal, como morto de quatro dias, tampouco este deve perder a esperança; mui baixo está sepultado, porém, Cristo está em cima. Ele pode desfazer com a força de sua voz as lousas do sepulcro; Ele pode devolver-lhe a vida da alma; Ele os deixará nas mãos de seus discípulos para que o desatem. Façam também penitência estes mortos. Quando Lázaro ressuscitou depois de quatro dias, nada conservou da infecção primeira. Assim, pois, os vivos continuem vivendo, e os mortos de qualquer destas mortes, ressuscitem logo. Amém!
EXPLICAÇÃO DO 15º DOMINGO DEPOIS DE PENTECOSTES
E Santo Agostinho termina o sermão mostrando a necessidade da pronta ressurreição espiritual: "Estas reflexões, oh! caríssimos, devem persuadir aos vivos a continuar vivendo, e aos que não vivem, a recobrar a vida. Se o pecado concebido no coração não saiu ainda para fora, haja arrependimento, corrija-se o pensamento, ressuscite o morto na intimidade de sua consciência. Se executou a ideia, tampouco desespere; se o morto não ressuscitou dentro, ressuscite fora. Arrependa-se de sua ação, reviva em seguida, não baixe ao profundo da sepultura, não caia em cima a lousa do mau hábito. E se, porventura, me está ouvindo quem jaz oprimido pela fria e dura pedra, quem já traz sobre si o peso do costume e cheira mal, como morto de quatro dias, tampouco este deve perder a esperança; mui baixo está sepultado, porém, Cristo está em cima. Ele pode desfazer com a força de sua voz as lousas do sepulcro; Ele pode devolver-lhe a vida da alma; Ele os deixará nas mãos de seus discípulos para que o desatem. Façam também penitência estes mortos. Quando Lázaro ressuscitou depois de quatro dias, nada conservou da infecção primeira. Assim, pois, os vivos continuem vivendo, e os mortos de qualquer destas mortes, ressuscitem logo. Amém!