SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

segunda-feira, 29 de junho de 2015

FESTA DE SÃO PEDRO

 
 O Santo Evangelho da Missa em honra de São Pedro (Mateus XVI, 13-19) lembra-nos a grande jornada de Cesareia em que Jesus, pela primeira vez, proclamou Pedro fundamento da Igreja: "Eu digo-te que tu és Pedro  e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja". Estas palavras tiveram uma repercussão grandiosa através dos séculos e que ainda hoje testemunham o primado de Pedro e de todos os seus sucessores sobre a cristandade inteira. Não sobre Igrejas várias, mas sobre uma única: a Igreja Católica, Apostólica e Romana. Uma única Igreja cujo único fundador é Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus quis ter em São Pedro o Seu representante. "Onde está Pedro aí está a Igreja" (Santo Ambrósio). Isto significa que: onde está o Papa, aí está a Igreja. O Papa é o sucessor de São Pedro. Por isso, a festa de São Pedro deve ser considerada a festa da Igreja e também a festa do Papa. Esta festa, portanto, deve despertar em nós, cristãos pela graça de Deus,  o sentimento profundo da nossa pertença à Igreja e da nossa devoção ao Sumo Pontífice. "Sou filha da Igreja, repetia Santa Teresa d'Ávila no momento da morte. Depois de ter trabalhado tanto por Deus e pela almas, era este o único título que lhe dava a garantia da misericórdia divina. Sermos filhos da Igreja, eis o nosso titulo de salvação, eis a nossa glória. Nossa maior glória, é claro, é a de sermos filhos de Deus. Estas duas glórias, aliás, se fundem, porque "não pode ter a Deus por Pai quem não tem a Igreja por mãe" (São Cipriano). Não é verdadeiro católico quem não vibra pela Igreja e pelo Papa, quem não está pronto a sentir com a Santa Madre Igreja. 

   Terminemos com uma oração de Santa Catarina de Sena: "Ó Trindade eterna e infinita, não tardeis mais, pelos merecimentos de São Pedro, socorrei a Vossa Esposa, a Santa Igreja... Elevo hoje o meu clamor até Vós, Amor meu e Deus eterno, para que tenhais misericórdia deste mundo e deis luz ao Vosso Vigário, a fim de que todo o mundo o siga. Iluminai ainda os adversários da Igreja que resistem ao Espírito Santo, para que se convertam a Vós, Deus meu. Convidai, excitai os seus corações, ó Amor inestimável, e que a Vossa caridade Vos constranja a vencer a sua dureza. Que se convertam a Vós a fim de que não pereçam. E já que Vos ofenderam, Deus de suma clemência, castigai em mim os seus pecados. Eis o meu corpo que de Vós recebi: eu Vo-lo ofereço; que se torne uma bigorna para eles, para que sejam destruídas as suas culpas". 

quinta-feira, 18 de junho de 2015

REFLEXÕES SOBRE A MORTE

   O Divino Espírito Santo garante nas Sagradas Escrituras que, a pessoa pensando sempre na sua morte,  não peca.

   Imagino que o meu Anjo da Guarda se aproxime de mim e, como outrora o profeta ao Rei Ezequias, diga-me: "O teu tempo acabou; põe em ordem os teus negócios: vais morrer". 


E começo a refletir: QUE É MORRER?  A morte é uma passagem desta vida para a felicidade ou para a desgraça eterna. É o fim do tempo e de todas as coisas temporais: é a entrada na eternidade feliz ou desgraçada.
   Morrerei, isto é, deixarei tudo, sem exceção: parentes, amigos, família... Direi um eterno adeus a todas as coisas da terra. Deixarei a minha casa, os meus móveis, meu carro, tudo o que me pertence. Deixarei absolutamente tudo. Há alguns objetos que eu mais aprecie? Deixá-los-ei como tudo o mais. Que loucura, apegar-me ao que tão depressa passa! Quantos cuidados para afinal se prepararem tão grandes pesares. 

   Morrerei, isto é, o meu corpo será separado da minha alma, e então a sua presença tornar-se-á importuna e penosa, até aos que mais me tiverem amado. Enterrá-lo-ão, para que seja pasto dos vermos. Em lugar de lisonjear tanto a minha carne, que não tardará a ser podridão, quão prudente seria empregar a minha saúde, consumir as minhas forças, trabalhando pela glória de Deus e salvação de minha alma!... - Quando estiver na sepultura, pensarão muito em mim? Oh! que depressa são esquecidos os mortos! Ah! que insignificante é a estima das criaturas. Os grandes da terra são mais lembrados. Mas, para os que não salvaram a alma, que aproveita, serem elogiados onde não estão e atormentados onde estão!

   Morrerei, isto é, irei para a casa da minha eternidade, na expressão da Bíblia (Ecles. XII, 5). O tempo, o mundo, todas as coisas do tempo e do mundo terão desaparecido como um fantasma, e só a eternidade subsistirá! Ó terrível momento! Aparecer no tribunal de Deus, só, na sua presença, ser interrogado sobre toda a minha vida por Juiz infinitamente sábio, justo, e inimigo do pecado, e então sem misericórdia! 

   QUANDO E COMO MORREREI?  Quanto tempo tenho ainda de vida? Não sei: morre-se em toda a idade. Terei tempo de me preparar para a morte? Não sei; sei somente que muitas pessoas, até depois de uma longa doença, morrem quando menos esperam. Receberei os últimos sacramentos, ou morrerei sem confissão? Não sei; posso perder a fala de repente. Além disto, quando uma pessoa está doente, de que é capaz? Que loucura contar com estes últimos momentos, quando se trata da eternidade!

   ESTOU PREPARADO PARA MORRER? Quais as minhas disposições presentes? Estou pronto para deixar tudo? Estou pronto principalmente para comparecer no tribunal de Deus, e dar-Lhe conta de todos os benefícios que tenho recebido da sua bondade, de todos os meus deveres de estado? Está a minha consciência tranquila? Não há nada que me inquiete nas minhas confissões e comunhões? Que imprudência viver num estado, em que não quereria morrer!




 Meu querido São José. ao fazer tais reflexões tomo a resolução de pedir todos os dias a vossa proteção:

ORAÇÃO

   Ó glorioso São José, guarda fiel de Jesus e de Maria, eu vos confio tudo o que possuo e tudo o que sou. Por vossa profunda humildade, mansidão inalterável, paciência invencível, e por aquela perfeita docilidade, que vos tornou tão fiel imitador de todas as virtudes de Jesus, fortificai-me nas minhas penas. sede meu conselho e minha fortaleza, alumiai-me nas minhas trevas, amparai-me nas minhas tentações, consolai-me nas tribulações da vida, e principalmente na minha última agonia. Defendei-me nesse terrível momento, e alcançai-me a graça de expirar em paz, como vós, sobre o Coração de Jesus e nos braços de Maria, cheio da mais terna confiança. Assim seja. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

ATO DE RESIGNAÇÃO PARA A MORTE

   É bom incluir este ato, todos os dias, na ORAÇÃO DA NOITE. 



   Soberano senhor da vida e da morte; ó Deus, que, por um decreto imutável e para castigar o pecado, decretastes que todos os homens hão de morrer, aqui me tendes prostrado humildemente na vossa presença, resignado a sujeitar-me a esta lei e vossa justiça. Deploro na amargura da minha alma, todos os pecados que tenho cometido. Pecador rebelde, tenho merecido mil vezes a morte; aceito-a em expiação de tantos pecados: aceito-a por obediência à vossa adorável vontade; aceito-a em união com a morte de meu Salvador. Morra eu pois, ó meu Deus, quando, onde, e como vos aprouver ordená-lo. Quero aproveitar o tempo, que a vossa misericórdia se digna ainda conceder-me, para me desapegar deste mundo, onde não tenho já senão alguns instantes de vida, para romper todos os laços que me prendem a esta terra de exílio, e para preparar a minha alma para os vossos tremendos juízos. Entrego-me sem reserva nas mãos de vossa Providência sempre paternal. Seja feita a vossa vontade em tudo e sempre. Assim seja. 


ORAÇÃO PARA IMPLORAR A GRAÇA DE UMA BOA MORTE

   Prostrado diante do trono de vossa adorável Majestade, venho suplicar-vos, ó meu Deus, a última e a mais importante de todas as graças, a graça de uma boa morte! Por pior que seja o uso, que tenha feito da vida que me destes, concedei-me a graça de a acabar, morrendo no vosso amor.

   Que eu morra como os santos patriarcas, deixando sem repugnância este vale de lágrimas, para ir gozar do eterno descanso na minha verdadeira pátria!

   Que eu morra como o bem-aventurado São José, nos braços de Jesus e de Maria, repetindo estes doces nomes, que espero bendizer durante toda a eternidade!

   Que eu morra como a Santíssima Virgem, abrasado no amor mais puro, ardendo em desejos de me unir ao único objeto de todos os meus afetos!

   Que eu morra como Jesus na Cruz, cheio do mais vivo ódio ao pecado, de amor ao meu Pai do Céu, e de resignação no meio dos sofrimentos!

   Pai santo, entrego a minha alma nas vossas mãos; tende misericórdia de mim.

   Jesus, que morrestes por meu amor, concedei-me a graça de morrer no vosso amor.

   Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por mim, pecador, agora e na hora da minha morte. 

   Anjo do céu, fiel guarda da minha alma, e vós, Santos que Deus me deu por protetores, não me desampareis na hora da minha morte.

   São José, alcançai-me o maior, o mais precioso de todos os favores, o de morrer a morte dos justos. Assim seja. 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

A EUCARISTIA: MISTÉRIO DE FÉ - ( 1 )

   Ó Jesus, creio em Vós e adoro-vos presente no sacramento do altar: aumentai a minha fé!

   1 - No Cânon da Missa chama-se à Eucaristia "Mysterium fidei"; com efeito, só a fé nos pode fazer reconhecer Deus presente sob as espécies do pão. Aqui, como diz Santo Tomás, os sentidos para nada servem; pelo contrário, a vista, o tato, o gosto, enganam-se, não advertindo na Hóstia consagrada senão um pouco de pão. Mas que importa? Temos a palavra do Filho de Deus, a palavra de Cristo, que declarou: "Isto é o meu corpo... isto é o meu sangue", e confiados nesta palavra cremos firmemente: "Creio em tudo quanto disse o Filho de Deus; nada existe mais verdadeiro que esta palavra de verdade (Adore Te devote). Cremos firmemente na Eucaristia, não temos a opor nenhuma dúvida, mas, infelizmente, muitas vezes somos forçados a reconhecer que a nossa fé é frouxa, débil e fraca. Mesmo vivendo junto dos altares sagrados e habitando porventura debaixo do mesmo teto que Jesus sacramentado, é fácil permanecermos um pouco indiferentes, um pouco frios, perante esta grande realidade. É verdade que a nossa natureza tão grosseira, às vezes, acaba também por se habituar às coisas mais belas e sublimes, de modo que estas -sobretudo quando se encontram ao nosso alcance - já não nos impressionam, já não nos comovem; assim, apesar de crermos na presença inefável de Jesus no Santíssimo Sacramento, não advertimos a grandeza desta realidade, não possuímos o sentido vivo e concreto que dela têm os santos. Repitamos, pois, também nós com muita humildade e confiança a bela oração dos Apóstolos: "Senhor, aumentai a nossa fé! (Lc. 17, 5). (P. Gabriel de Sta. M. Madalena, O.C.D. INTIMIDADE DIVINA). 

A EUCARISTIA: MISTÉRIO DE FÉ - ( 2)

   2 - Quando Jesus anunciou a Eucaristia muitos dos Seus ouvintes escandalizaram-se e alguns dos Seus discípulos que até àquele momento O haviam seguido, "tornaram atrás e já não andavam com Ele (Jo. 6, 67). Pedro, ao contrário, em nome dos Apóstolos, deu aquele precioso testemunho de fé: "Senhor... tu tens palavras de vida eterna; e nós acreditamos e conhecemos que tu és o Cristo, Filho de Deus" (Jo. 6, 69 e 70). A fé na Eucaristia aparece-nos assim como a pedra de toque dos verdadeiros seguidores de Jesus e quanto mais esta for intensa tanto mais revela uma íntima e profunda amizade com Cristo. Quem, como Pedro, crê firmemente n'Ele, crê e aceita todas as Suas palavras, todos os Seus mistérios, desde a Encarnação à Eucaristia. Sabemos que a fé, é acima de tudo, um dom de Deus. Justamente no discurso em que prometeu a Eucaristia - que mais do que os outros é um mistério de fé, porque mais se furta a toda a lei natural - Jesus afirmou repetidas vezes desde o princípio, declarando aos judeus incrédulos ninguém poder ir a Ele e, portanto, crer n'Ele, se "o Pai o não atrair" (Jo. 6, 44) e acrescentou: "Serão todos ensinados por Deus" (ib. 45). Para ter uma fé viva e profunda na Eucaristia, como noutro mistério qualquer, é indispensável esta "atração", este "ensinamento interior" que só de Deus pode vir e para o qual podemos e devemos dispor-nos, ou solicitando a graça com uma oração humilde e confiante, ou exercitando-nos ativamente na fé. Com efeito, tendo-nos Deus infundido estas virtudes no santo batismo, e sendo a fé uma adesão voluntária do entendimento às verdades reveladas, podemos fazer atos de fé quando quisermos: depende de nós querermos acreditar e pôr nesse ato toda a energia da nossa vontade. Na medida em que a fé crescer em nós, tornar-nos-á capazes de penetrar nas profundezas do mistério eucarístico, de entrar em relações vitais com Jesus Hóstia, de gozar da Sua presença. E quanto mais intensa for a nossa fé, tanto mais se manifestará também na nossa atitude diante do Santíssimo Sacramento. Olhando-nos do tabernáculo, Jesus já não terá motivo para nos dirigir a dolorosa repreensão: "homens de pouca fé" (Mt. 3, 26) muitas vezes dirigida aos Apóstolos e que hoje mereciam muitos cristãos nada respeitosos na Sua divina presença. Que a nossa atitude diante do Santíssimo seja sempre um testemunho vivo da nossa fé. (P. Gabriel de Sta. M. Madalena, O.C.D. INTIMIDADE DIVINA). 

A EUCARISTIA: MISTÉRIO DE AMOR - ( 1 ).

   Toda a ação de Deus em favor dos homens, é ação de amor. Resume-se num mistério imenso de amor, que O impele, Bem supremo e infinito, a elevar o homem até Si, tornando-o participante da Sua natureza divina, comunicando-lhe a Sua vida. Foi para comunicar a vida divina aos homens, para unir os homens a Deus, que o Verbo encarnou e que, na Sua pessoa, a divindade se uniu à humanidade do modo mais pleno e perfeito. Uniu-se diretamente à humanidade santa de Jesus e, por por meio dela, a todo o gênero humano. Em virtude da Encarnação do Verbo, todo o homem, por meio da graça merecida pelo Verbo Encarnado,  tem o direito de chamar a Jesus seu irmão, de chamar a Deus seu Pai e de aspirar à união com Ele. O caminho da união com Deus fica assim aberto ao homem: O Filho de Deus, encarnando e morrendo depois na cruz, não só removeu os obstáculos desta união como também lhe proporcionou todos os meios até se fazer Ele próprio caminho: unindo-se a Ele, o homem unir-se-á a Deus. Foi assim que o amor de Jesus, ultrapassando toda a medida e querendo encontrar o meio de se unir a cada um de nós do modo mais íntimo e pessoal, o fez mediante a Eucaristia. Tornando-se nosso alimento, Jesus faz de nós uma só coisa com Ele e assim faz-nos participar, do modo mais direto, na Sua vida divina, na Sua união com o Pai, com a Trindade. Na Encarnação, o Filho de Deus, assumindo a nossa carne, uniu-Se de uma vez para sempre ao gênero humano; na Eucaristia, o Filho de Deus feito homem continua a unir-se a cada um dos homens. Compreendemos assim como a Eucaristia, segundo o pensamento dos Santos Padres, pode ser verdadeiramente "considerada uma continuação e uma extensão da Encarnação; por ela, a substância do Verbo Encarnado une-se a cada homem" (Mirae Caritatis). [P. Gabriel de Sta. M. Madalena, INTIMIDADE DIVINA]. 

A EUCARISTIA: MISTÉRIO DE AMOR - ( 2 )

   O plano do amor infinito que quer unir os homens com Deus, que quer fazê-los participar na natureza e vida divinas, encontra a sua plena e máxima realização na Eucaristia. De fato, na Hóstia consagrada não temos só o Corpo, Sangue e Alma de Cristo, mas temos também a Sua Divindade de Filho de Deus e, por isso, toda a Divindade. Que meio mais poderoso podia encontrar Deus para nos unir a Ele, para nos tornar participantes da Sua natureza e da Sua vida? Onde encontrar alimento mais vital que o Corpo de Cristo que, pela Sua união pessoal com o Verbo, é fonte da vida e da graça? Dando-Se-nos em alimento, Jesus nutre-nos com a Sua substância, assimilando-nos a Si, comunica-nos pessoalmente a vida divina. Também por meio dos outros sacramentos Jesus nos dá a graça e, por conseguinte, nos dá parte na vida divina. Nestes, porém, só existe a Sua ação e unicamente no momento em que o sacramento é administrado - por exemplo, no momento em que o sacerdote nos absolve dos pecados - Jesus, com a Sua virtude operante, produz em nós a graça. Na Eucaristia, pelo contrário, o próprio Jesus feito sacramento, vem pessoalmente a nós na integridade da Sua Pessoa de Homem-Deus. Recebendo a sagrada Hóstia, não temos apenas a ação de Cristo na nossa alma, mas temos real e fisicamente presente a Sua Pessoa. Não temos somente um aumento de graça, mas Jesus, fonte de graça; nem só uma nova participação de vida divina, mas sim o Verbo Encarnado que nos leva consigo ao seio da Divindade... (P. Gabriel de Sta. M. Madalena, O.C.D. INTIMIDADE DIVINA). 

Na Eucaristia temos a virtude dos mistérios de Jesus - ( III )

   "E assim" - continua o Beato D. Columba Marmion, - "quando recebemos Jesus Cristo na sagrada Mesa, podemos contemplá-Lo e entreter-nos com Ele sobre qualquer dos Seus mistérios; conquanto esteja agora na sua vida gloriosa, n'Ele achamos Aquele que viveu para nós e nos mereceu a graça que estes mistérios contêm; vindo a nós, Jesus Cristo comunica-nos esta graça para operar pouco a pouco a transformação da nossa vida na Sua, que é o efeito próprio do sacramento". (...)

   "Podemos, por exemplo, unir-nos a Jesus como vivendo "in sinu Patris" (no Pai), igual ao Pai, Deus como Ele; Aquele que adoramos em nós, adoramo-Lo como Verbo co-eterno do Pai, o próprio Filho de Deus, objeto das complacências do Pai. Sim, adoro-Vos em mim, Verbo divino; pela união tão íntima que neste momento tenho convosco, concedei-me a graça de estar também convosco no Pai, agora pela fé, mais tarde na eterna realidade para viver a vida própria de Deus, que é a Vossa vida".

   "Podemos adorá-Lo como O adorou a Virgem Maria, quando o Verbo Encarnado vivia nela, antes de vir à luz do mundo. Só no céu saberemos com que sentimentos de respeito e amor a Virgem se prostrava interiormente diante do Filho de Deus que dela tomava a nossa carne". 

   "Podemos ainda adorá-Lo em nós mesmos, como O teríamos adorado há 20 séculos, na gruta de Belém, com os pastores e os Magos. Comunica-nos então a graça de imitar as virtudes especiais da humildade, pobreza, desprendimento, que n'Ele contemplamos neste estado de Sua vida oculta".

   "Se quisermos, será em nós o agonizante que, pelo Seu admirável abandono à vontade do Pai, nos obtém a força para levarmos a nossa cruz de cada dia; será o divino ressuscitado que nos permite desapegar-nos de tudo o que é terreno, "viver para Deus" com mais generosidade e plenitude; será em nós o triunfador que, cheio de glória, sobe aos céus e nos arrasta consigo para lá vivermos desde já pela fé, pela esperança e pelos santos desejos".

   "Cristo, assim contemplado e recebido, é Cristo a reviver em nós todos os Seus mistérios, é a vida de Cristo a instilar-se na nossa, a substituir-se a ela com todas as Suas belezas próprias, os Seus méritos particulares e as Suas graças especiais".