SAUDAÇÕES E BOAS VINDAS

LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!

Caríssimos e amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo! Sêde BEM-VINDOS!!! Através do CATECISMO, das HOMILIAS DOMINICAIS e dos SERMÕES, este blog, com a graça de Deus, tem por objetivo transmitir a DOUTRINA de Nosso Senhor Jesus Cristo. Só Ele tem palavras de vida eterna. Jesus, o Bom Pastor, veio para que Suas ovelhas tenham a vida, e com abundância. Ele é a LUZ: quem O segue não anda nas trevas.

Que Jesus Cristo seja realmente para todos vós: O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA, A PAZ E A LUZ! Amém!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O 4º MANDAMENTO PELA EXPLICAÇÃO DOS QUADROS CATEQUÉTICOS

À esquerda o quadro nos mostra na pessoa do Sumo Sacerdote Heli, um exemplo dos terríveis castigos ao quais se expõem os pais que são negligentes em corrigir seus filhos. Heli tinha dois filhos, Ofni e Fineas, que afastavam o povo do culto do Senhor. Muito indulgente para com seus filhos, ele receberá juntamente com os filhos, os efeitos da cólera divina. Ele recebeu um dia a triste notícia de que a Arca tinha sido levada pelos Filisteus, e que seus dois filhos tinham sido mortos com mais trinta mil Israelitas. A esta notícia, o Sumo Sacerdote Heli caiu para trás e rachando a cabeça, expirou. 

Vemos representado no quadro à esquerda o terrível castigo infligido a quarenta e dois meninos que tinham insultado o profeta Eliseu chamando-o de careca; e foram devorados por dois ursos. 

Vemos à direita um quadro representando o Papa, cercado de cardeais, de bispos e de padres, e recebendo as homenagens dos reis, dos magistrados, dos soldados e de pessoas do povo.

Vemos ainda à direita um quadro representando um soberano que recebe as homenagens de seus súditos. 

Neste quadro à esquerda, vemos representados alunos inteligentes e estudiosos que escutam com atenção e respeito as lições de seus professores e professoras. 

Este quadro à esquerda representa Santa Branca de Castela ensinando a São Luiz a rezar e dizendo-lhe: Meu filho, só Deus sabe o quanto te amo. Mas preferiria ver-te morto aos meus pés do que saber que irias cometer um pecado mortal. Este menino foi depois o grande São Luiz IX, Rei de França. 

Este quadro à direita representa Eliézer, servo de Abraão, dando um exemplo admirável de fidelidade e obediência ao seu patrão. Empreende uma viagem longa e penosa e vai à Mesopotâmia procurar uma esposa para Isaac, seu jovem senhor. Carregado de presentes, ele está perto de um poço com seus camelos. Rebeca, filha de Nacor, irmão de Abraão, se encontrava lá com algumas companheiras para apanhar água. Ela oferece a água a Eliézer que, reconhecendo por este sinal a vontade do Senhor, oferece-lhe em troca, da parte de seu patrão, os ricos presentes que havia levado consigo. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O 4º MANDAMENTO PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO (continuação)



Vemos á esquerda, um quadro que representa Sant'Ana ensinando a ler a sua filha Maria Virgem ainda  criança. Vemos também São Joaquim, pai de Maria Santíssima, que a contempla com inefável ternura. 
  Com certeza, Sant'Ana já ensina à sua santa filha as profecias do Antigo Testamento.
   Vemos representadas as duas tábuas de pedra do Decálogo.
  
   Vemos os Anjos que sempre acompanharam a sua Rainha.








Temos á direita, um quadro que nos representa Ruth e sua sogra Noemi, que ela acompanhou da terra de Moab até Belém. Ruth nos oferece um exemplo tocante de piedade filial, não se apartando de sua sogra e levando-lhe as espigas de trigo que ela colheu no campo de Booz. A Bíblia no Livro de Rute II, 2 e 3: "E Rute moabita disse à sua sogra: Se o mandas, irei ao campo apanhar as espigas que escapam das mãos dos segadores, onde quer que eu encontre algum pai de família que se mostre clemente para comigo. Ela respondeu-lhe: Vai, minha filha. Foi Rute, pois e apanhava as espigas por de trás dos segadores. Ora aconteceu que aquele campo tinha por dono um homem chamado Booz, que era da família de Elimelec". Deus dispôs tudo para que Rute se casasse com Booz. Nasceu-lhes um filho do qual vai descender Davi e de Davi vai descender o Messias. 

O quadro que temos à esquerda representa igualmente um exemplo tocante de fidelidade aos deveres dos patrões para com os seus servos. É caso do Centurião do Evangelho. Vemos representado o Centurião de joelhos aos pés de Jesus que está cercado dos seus Apóstolos; vemos dois servos que respeitosamente estão atrás de seu senhor, o Centurião. Este Centurião de Cafarnaum foi justamente pedir a Jesus a cura de seu servo paralítico que estava na sua casa e sofria muito. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O 4º MANDAMENTO DA LEI DE DEUS PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO ( I ) CATEQUÉTICO

Quadro catequético sobre o 4º  Mandamento
(parte positiva)
Na parte superior maior do quadro: Vemos representada a Sagrada Família de Nazaré.  Deus nos deu o modelo da família perfeita na Sagrada Família, na qual Jesus Cristo viveu sujeito a Maria Santíssima e a São José até aos trinta anos, isto é, até quando começou a desempenhar a missão que o Pai Eterno Lhe confiara, de pregar o Evangelho. 
  No quadro vemos o Menino Jesus ajudando a Maria Santíssima nos cuidados domésticos e a São José nos trabalho de carpinteiro.

Na parte inferior, à esquerda do quadro: vemos representado o jovem Tobias restituindo a visão ao seu pai em presença do Anjo São Rafael. A mandado do Anjo, Tobias está esfregando os olhos de seu pai com o fel do peixe que havia conseguido em sua viagem. 

Na parte inferior, à direita do quadro:  vemos representado Nosso Senhor Jesus Cristo assistindo São José, seu pai de criação, em seus últimos momentos, e apertando-o afetuosamente contra o Seu Coração Sagrado. São José é patrono da boa morte porque teve esta ventura de ser assistido na hora da morte por Jesus e por Nossa Senhora. 


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

OS DEVERES DOS FILHOS

I. Os deveres dos filhos  para com os pais.
Em virtude da piedade filial, os filhos devem a seus pais:

1. RESPEITO tanto interior como exterior. 
Por isso são pecados contra o quarto mandamento: faltar o respeito com desprezo interior, com palavras ofensivas, desestima, violência. Um mau trato insignificante, mas sério, pode ser pecado grave. Por exemplo: levantar a mão ameaçando os pais. Falta também ao respeito quem se envergonha dos pais, quem os renega por causa de sua baixa condição, de suas vestes pobres etc.  - Não falta, porém, ao respeito quem, com boas intenções e sem desprezo interior, emprega força contra os pais que perderam o uso da razão (p. ex. em casos de loucura, embriaguez etc.), para impedir que façam alguma coisa inconveniente. O mesmo vale do filho que por justo motivo (p. ex. por um crime deles) não quer ter consigo os pais, contanto que lhes dê o conveniente auxílio. 

2. AMOR em pensamentos e obras.
São pecados contra o devido amor: aversão, imprecações, ódio, palavras e ações ofensivas, causar desgosto (um desgosto grande que leve os pais a ficar muito tristes é pecado mortal), não rezar por eles, não os ajudar em suas necessidades espirituais e temporais. - Quando os pais se acham em grave necessidade, os filhos não podem entrar na vida religiosa se lhes puderem valer ficando no mundo. Não está obrigado a pagar, depois da morte dos pais, as dívidas deles quem não herdou nada, nem ainda no caso em que as dívidas tenham sido feitas em prol da educação dos filhos. (Isto só olhando o direito canônico). 

3. OBEDIÊNCIA em todas as coisas lícitas, relacionadas com a sua educação ou com a ordem doméstica.
A desobediência é pecado grave, quando se trata de coisas importantes e os pais deram verdadeira ordem. Em questões educativas, o dever de obedecer perdura até a maioridade. Os filhos são livres na escolha da vocação. - Também os maiores devem obedecer em coisas relativas à ordem doméstica, enquanto moram na casa paterna. Antes de casar os filhos devem pedir conselhos aos pais; não seguir, porém, um conselho prudente dos pais de ordinário é somente pecado leve. 

sábado, 6 de outubro de 2012

QUARTO MANDAMENTO DA LEI DE DEUS ( I )

Segundo o COMPÊNDIO DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo"

O QUARTO MANDAMENTO:
HONRAR TEU PAI E TUA MÃE

P.: O que ordena o quarto mandamento?
R.: Ordena honrar e respeitar os nossos pais e aqueles que Deus, para o nosso bem, revestiu da sua autoridade.

P.: Qual é a natureza da família no plano de Deus?
R.: Um homem e uma mulher unidos em matrimônio formam juntamente com seus filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a da sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados para o bem dos esposos, para a procriação e para a educação dos filhos. Entre os membros de uma mesma família estabelecem-se relações pessoais e responsabilidades primárias. Em Cristo, a família se torna igreja doméstica, porque é comunidade de fé, de esperança e de amor. 

P.: Que lugar ocupa a família na sociedade?
R.: A família é a célula originária da sociedade humana e antecede qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública. Os princípios e os valores familiares constituem o fundamento da vida social. A vida de família é uma iniciação à vida da sociedade. 

P.: Que deveres tem a sociedade em relação à família? 
R.: A sociedade tem o dever de apoiar e consolidar o matrimônio e a família, no respeito também do princípio de subsidiariedade. Os poderes públicos devem respeitar, proteger e favorecer a verdadeira natureza do matrimônio e da família , a moral pública, os direitos dos pais e a prosperidade doméstica.

P.: Quais são os deveres dos filhos em relação aos pais?
R.: Em relação aos pais, os filhos devem respeito (piedade filial), reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo assim, inclusive com as boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Quando os pais se encontrarem em situações de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem-lhes ajuda moral e material. 

P.: Quais são os deveres dos pais em relação aos filhos?
R.: Os pais, participantes da paternidade divina, são os primeiros responsáveis pela educação dos seus filhos e os primeiros anunciadores da fé a eles. Têm o dever de amar e respeitar os filhos como pessoas e como filhos de Deus, e de prover, quanto possível, às necessidades materiais e espirituais, escolhendo para eles uma escola adequada e ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular têm a missão de os educar na fé cristã. 

P.: Como os pais educam os seus filhos na fé cristã?
R.: Principalmente com o exemplo, a oração, a catequese familiar e a participação na vida eclesial. 

P.: Os laços familiares são um bem absoluto?
R.: Os vínculos familiares, embora importantes, não são absolutos porque a primeira vocação do cristão é de seguir Jesus, amando-o: "Quem ama pai e mãe mais do que a mim, não é digno de mim. E quem ama filho ou filha mais do que a mim não é digno de mim" (Mt 10, 37). Os pais devem favorecer com alegria o seguimento de Jesus por parte dos seus filhos, em qualquer estado de vida, mesmo na vida consagrada ou no ministério sacerdotal.

P.: Como deve ser exercida a autoridade nos vários âmbitos da sociedade civil?
R.: Deve ser sempre exercida como um serviço, respeitando os direitos fundamentais do homem, uma justa hierarquia dos valores, das leis, a justiça distributiva e o princípio de subsidiariedade. Cada qual, no exercício da autoridade, deve procurar o interesse da comunidade mais que o próprio, e deve inspirar as suas decisões na verdade sobre Deus, sobre o homem e sobre o mundo.

P.: Quais são os deveres dos cidadãos em relação às autoridades civis?
R.: Os que se submetem à autoridade devem considerar seus superiores como representantes de Deus, oferecendo-lhes leal colaboração para o bom funcionamento da vida pública e social. Isso comporta o amor e o serviço da pátria, o direito e o dever de voto, o pagamento dos impostos, a defesa do país e o direito a uma crítica construtiva. 

P.: Quando o cidadão não deve obedecer às autoridades civis?
R.: O cidadão não deve em consciência obedecer quando as ordens das autoridades civis se opõem às exigências da ordem moral: "É preciso obedecer a Deus antes que aos homens" (At 5,29). 


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O 3º Mandamento pela explicação do quadro catequético ( II )

No alto do quadro, na representação maior: Vemos Moisés ordenando aos Israelitas, da parte de Deus, que apedrejem um homem que havia apanhado lenha num sábado. É o que lemos o livro dos Números XV, 32-36: "Ora aconteceu que, estando os filhos de Israel no deserto, e encontrando um homem que apanhava lenha no dia de sábado, apresentaram-no a Moisés, a Arão e a toda a multidão. E eles puseram-no em prisão, não sabendo o que deviam fazer dele. E o Senhor disse a Moisés: Este homem seja morto, todo o povo o apedreje fora dos acampamentos. E, tendo-o tirado para fora, apedrejaram-no e morreu, como o Senhor tinha mandado." 
  Para certos crimes havia, no Antigo Testamento, pena de morte, ordenada pelo próprio Deus. Na Igreja, isto foi abolido no Novo Testamento. 

Detalhe do quadro: explicação à direita
Em baixo do quadro, à esquerda: Vemos representado Nosso Senhor Jesus Cristo e atrás d'Ele vemos os Apóstolos colhendo espigas de trigo em dia de sábado para matar a fome. Isto não era pecado contra o 7º Mandamento (não furtar). Era permitido a pessoa apanhar e descascar com a mão o que era necessário para matar a fome. De que os Fariseus querem incriminar os Apóstolos é de fazer este trabalho em dia de sábado. Eis o que diz o Santo Evangelho: "Sucedeu que, caminhando o Senhor em dia de sábado, por entre campos de trigo, os seus discípulos, enquanto caminhavam, começaram a colher espigas. Os fariseus diziam-lhe: como é que fazem ao sábado o que não é lícito? Ele disse-lhes: Nunca lestes o que fez Davi, quando se encontrou em necessidade e teve fome, ele e os que ele estavam? Como entrou na casa de Deus sendo sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, dos quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu aos que com ele estavam? E dizia-lhes: O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Por isso o Filho do homem é senhor também do sábado" (São Marcos, II, 23-28).

Detalhe do quadro: explicação à esquerda
Em baixo do quadro, à direita: Vemos representado aos pés de Jesus Cristo, um homem que tinha uma das mãos seca, e, diante de Jesus vemos também os escribas e fariseus. Eis o que diz o Santo Evangelho: "Outra vez Jesus entrou na Sinagoga e encontrava-se lá um homem, que tinha uma das mãos seca. Observavam-no para ver se curaria em dia de sábado, a fim de o acusarem. Jesus disse ao homem, que tinha a mão seca: Vem aqui para o meio. Depois disse-lhes: É lícito em dia de sábado fazer bem ou mal? Salvar a vida ou tirá-la? Eles, porém, calavam-se. Olhando-os então em roda com indignação, contristado da cegueira de seus corações, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu, e foi-lhe restabelecida a mão.. Mas os fariseus, retirando-se, entraram logo em conselho contra ele com os herodianos, para ver como o haviam de perder" (São Marcos III, 1-6). 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O 3º MANDAMENTO PELA EXPLICAÇÃO DO QUADRO CATEQUÉTICO ( I )

Explicação do quadro: Vemos neste quadro catequético a representação de um contraste notável entre aqueles que santificam o Domingo e os que o profanam.  

No alto do quadro: Podemos ver a igreja, a casa paroquial, o cemitério, um antigo castelo e algumas mulheres. Vemos que as oficinas e as lojas estão fechadas. O carro de boi e os arados estão abandonados no campo. Outros instrumentos de trabalho servil ou manual, como enxadas, pás etc. estão encostadas nas paredes das casas.
  Vemos também representadas as crianças das escolas conduzidas pelos seus professores e professoras à igreja para assistirem e participarem da Santa Missa. 
  Pessoas de todas as condições sociais encaminham-se também para a igreja para aí assistirem à Santa Missa dominical ou de algum dia santo de guarda. Estas pessoas evitam as tabernas onde estão os beberrões, ímpios e libertinos. 
   Vemos que as pessoas piedosas que se encaminham para à igreja saúdam a cruz tirando o chapéu ao passar por ela. 

Em baixo do quadro à direita: Vemos representado o contraste terrível: Uma fábrica funcionando e muitos operários, exercendo trabalho servil proibido pelo 3º Mandamento e ao mesmo tempo, por causa deste trabalho pecaminoso, deixam de participar da Santa Missa, o que constitui outra falta grave. 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Explicação mais ampla do 3º Mandamento da Lei de Deus (parte negativa)

  P. - O que é que nos proíbe o terceiro Mandamento?
  R. - O terceiro Mandamento proíbe-nos os trabalhos servis, nos domingos e festas de guarda e qualquer oba que nos impeça o culto de Deus, nestes dias de preceito. 
  Explicação: Chamam-se trabalhos servis os trabalhos manuais próprios dos artífices e dos operários. Chamam-se trabalhos manuais, porque neles tem parte mais o corpo do que o espírito, como os que ordinariamente são próprios dos servidores, dos operários e dos artífices. 
   Estes trabalhos servis são proibidos nos dias de festa. Logo, todo aquele que, sem necessidade grave, emprega grande parte de tempo a executá-los, peca gravemente contra o terceiro Mandamento. Mas, peca apenas venialmente se o trabalho dura pouco tempo. 

 P. - Direis: nunca são permitidos os trabalhos servis nos dias santos? 
 R. - Nos dias santos (domingos e festas de guarda) são permitidos aqueles trabalhos que são necessários à vida, ou ao serviço de Deus, e os que se fazem por uma causa grave, pedindo licença, se for possível, ao próprio pároco. 
  Explicação: Quando se consegue dispensa do pároco para se fazer algum trabalho servil em dias santos, deve-se ter sempre o cuidado de evitar o escândalo. 
  Uma causa grave que dispensa deste preceito é, por exemplo, o fato de se não poder abandonar um emprego senão com grave incômodo, como seria, ter dificuldade de conseguir logo outro emprego gerando assim obstáculo para sustento próprio e/ou da família. Mesmo assim, sendo possível, deve-se pedir dispensa ao pároco. Por exemplo, alguém que trabalha numa loja e o seu patrão obriga-o a trabalhar no domingo ou em algum dia santo de guarda. Se não for trabalhar, perde o emprego. Então pede dispensa ao pároco até que for possível arranjar emprego em outro lugar. Para evitar o escândalo deve explicar para os outros o motivo de seu agir, e dizer que obteve dispensa do pároco até arranjar outro local de trabalho. 

 Nos dias de festa, procurai evitar todo o divertimento perigoso. Por que os dias de festa são também para  a gente repousar das fadigas, é claro que não é proibido entregar-se a divertimentos honestos. Por outro lado é preciso estarmos sempre lembrados de que o repouso destes dias de festa é dado para descanso do corpo, para proveito da alma, mas, especialmente, para que melhor possamos honrar e servir a Deus. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Explicação mais ampla do 3º Mandamento da Lei de Deus (parte positiva)

  P. - Que é que nos ordena o terceiro Mandamento santificar os domingos e festas de guarda?
  R. - O terceiro Mandamento ordena-nos que honremos a Deus nos domingos e festas de guarda, com atos de culto externo, dos quais para os cristãos o essencial é a Santa Missa. 

  Explicação: 1º - Temos o dever natural de honrar a Deus, porque é nosso Criador e nosso último fim. Daí este mandamento é da Lei natural, em sua parte substancial, isto é, enquanto manda o culto público de Deus. Este dever de culto precedia a qualquer lei positiva. Por isso vemos já os filhos de Adão e Eva oferecendo sacrifícios a Deus.  O terceiro artigo do Decálogo vinha apenas fixar a época em que o homem teria que prestar este culto, e o tempo que a isso consagraria. Com este mandamento, pois,  o próprio Deus no A. T. determina, em particular, o modo e tempo, com que o homem  O deve adorar e reconhecer  como verdadeiro Deus. E, no Novo Testamento, a Igreja, no seu primeiro mandamento determina como devemos honrá-Lo nos dias de festa com os atos de culto externo, dos quais para os cristãos o essencial é a Santa Missa. Na Antiga Lei, eram os sábados e outros dias particularmente solenes para o povo judeu; mas na Nova Lei, são os domingos e outras festividades estabelecidas pela Igreja. Neste sentido, ou seja enquanto determina o modo e o tempo de satisfazer este dever de culto, este mandamento pertence a lei positiva.  Veremos isto melhor quando tratarmos dos Mandamentos da Igreja. 
  Para melhor nos imprimir no espírito este dever, Deus, conforme o relato da criação, mostrou-se-nos como um operário, que trabalhou seis dias e repousou no sétimo e o abençoou. Por isso, a exemplo seu, também nós, depois de seis dias de trabalho, devemos santificar o sétimo. Deus, Nosso Senhor, deu uma importância particular a este mandamento. Com efeito enquanto intimou simplesmente os outros mandamentos com as palavras: farás ou não farás isto e aquilo; para este terceiro empregou as graves palavras: Lembra-te de... como se dissesse: considera bem, presta atenção. Esta importância particular confirmou-a ainda o Senhor com a minuciosa explicação que Ele próprio deu (Conf. Êx. XX, 9 e 10). 
   2º - Nos dias de festa de guarda: São dias de festa para os cristãos, primeiro que tudo, os domingos. A Igreja, em memória da Ressurreição de Jesus Cristo e da descida do Espírito Santo (Pentecostes) que se deram num domingo, mudou a festa do sábado para a do domingo. Além disso, acrescentou alguns outros dias de festa em memória dos mistérios principais de Jesus Cristo e de Maria Virgem e em honra dos Santos. No Brasil, atualmente, os dias de festa ou dias santos de guarda são: o Santo Natal de Nosso Senhor, a oitava do Natal, isto é, Primeiro de Janeiro, Corpus Christi e Imaculada Conceição ( nos Municípios em que 8 de dezembro é feriado). Segundo o cânon 1246 § 2, foram transferidas para os domingos, as seguintes festas: Epifania, Ascensão, Assunção de Nossa Senhora, São Pedro e São Paulo, Todos os Santos. O Breviário é o do dia da festa em curso; e a Santa Missa é a da festa, no domingo. A festa de São José não é mais dia santo: portanto não obriga sob preceito. 

   3º - Nos dias de festa devemos honrar a Deus com atos de culto externo, dos quais, para os cristãos, o essencial é a Santa Missa: Deus, tendo reservado um dia especial para o seu culto, quis que este fosse externo. Convém que o culto seja externo: a) Porque estamos sujeitos a Deus em todo o nosso ser, alma e corpo, e por isso devemos honrar a Deus, não só com a alma, mas também com o corpo. Seria bom filho o que quisesse amar e honrar os pais só com o coração e não também com a palavra e com as obras? Os que pretendem honrar a Deus sem culto externo, mas só com o interno, não querem honrá-Lo de nenhum modo; e, de fato, não o honram, nem externa, nem internamente, digam o que disserem com as palavras. Na verdade nunca pode faltar o culto interno, e é dele que emana o culto externo. O culto externo demonstra o interno. Disse Nosso Senhor Jesus Cristo: "Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para  que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus" (S. Mat. V, 16). Por exemplo, quanto edifica uma família que sempre está presente participando da Santa Missa nos domingos e dias santos de guarda! b) Justamente a outra razão é dar o bom exemplo: Em geral, os homens imitam mais do que obedecem. Por isso, Deus deseja que quem O ama e serve dê ao próximo o bom exemplo no cumprimento dos mais graves deveres, que são precisamente os que temos para com Ele. c) Porque, de outro modo, se perde o espírito religioso. O ato externo avigora os sentimentos da alma, de forma que, se se omitem os atos externos, enfraquecem-se também os sentimentos internos. A alma realiza as suas principais operações por meio do corpo; por meio dele ainda não só manifesta, mas torna mais fortes os seus sentimentos.
  Para os cristãos o ato essencial do culto é a Santa Missa, a que devem assistir (participar) todos os domingos e dias santos de guarda, que nós chamamos também festas de preceito.
   Mas, além da Santa Missa, que é o essencial, o bom cristão costuma santificar  as festas também:  assistindo ou estudando o catecismo; ouvindo as pregações, assistindo aos ofícios divinos; recebendo com frequência  e com devidas disposições, os Sacramentos da Penitência e da Eucaristia; dando-se mais à oração e às obras de caridade cristã para com o próximo, especialmente para com os doentes, pobres, aflitos e idosos.

   O primeiro mandamento da Igreja, como veremos depois, determina e especifica a Lei do Senhor: "Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm obrigação de participar da Santa Missa. Atualmente, segundo o cânon 1248, satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia de festa ou à tarde do dia anterior.
   A Santa Missa do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Missa nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor, segundo o cânon 1245. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave.